Investidores querem soluções digitais, mas gestores recusam
Executivos das principais gestoras de fortunas dos EUA afirmam que precisam de mais tecnologia, mas as empresas não estão correspondendo à demanda
Da Redação
Publicado em 23 de junho de 2014 às 16h59.
Nova York - Executivos das principais gestoras de fortunas dos Estados Unidos afirmam que precisam de mais tecnologia para se manter na liderança do setor, em um momento em que investidores mais jovens buscam manter seu dinheiro no mundo digital, mas pesquisas mostram que as empresas não estão correspondendo à demanda.
Gestores de recursos se sentem mais confortáveis em se encontrar pessoalmente com clientes. Mas a preferência por videoconferências por meio de serviços como o Skype está começando a prevalecer, especialmente entre investidores abaixo de 40 anos.
"Na medida em que as pessoas começaram a usar outras aplicações cheias de recursos para outros propósitos, elas começaram a esperar esse nível de sofisticação de todos, inclusive de seus fornecedores de serviços (de gestão de recursos", disse Brent Beardsley, líder de gestão de ativos e fortunas do Boston Consulting Group, em entrevista.
Entre 40 e 60 por cento dos clientes de gestão de fortunas querem contato direto com seu gestor por videoconferência, mas menos de 20 por cento dos bancos oferecem esses serviços, segundo a pesquisa global de fortunas de 2014 do BGC.
Mais de 60 por cento dos clientes querem receber recomendações de investimentos e análise de porfólio pela Internet, tanto no navegador quanto em aplicativos móveis. Mas somente metade das empresas de gestão de fortunas oferece esses recursos, disse o relatório.
O grupo de investidores chamado de "milennial investors", que têm normalmente menos de 40 anos, é responsável pela maior parte dessa demanda.
Quase 77 por cento dos indivíduos com alto patrimôno líquido abaixo de 40 anos exercem a maior parte ou todas as suas atividades de gestão por meio de canais digitais, segundo a relatório global sobre fotunas de 2014 da Capgemini e da RBC Wealth Management. Em cinco anos, espera-se que esse percentual salte para 82,5 por cento.