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Investidor embolsa lucros e Bovespa cai 0,53%

Por Sueli Campo São Paulo - Após ter começado novembro com o pé no acelerador e flertado ontem com recorde histórico de 73 mil pontos, a Bolsa de Valores de São Paulo pisou no freio hoje para que os investidores tivessem a oportunidade de embolsar lucros. Nem a criação de vagas de trabalho nos EUA […]

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Da Redação

Publicado em 5 de novembro de 2010 às 17h41.

Por Sueli Campo

São Paulo - Após ter começado novembro com o pé no acelerador e flertado ontem com recorde histórico de 73 mil pontos, a Bolsa de Valores de São Paulo pisou no freio hoje para que os investidores tivessem a oportunidade de embolsar lucros. Nem a criação de vagas de trabalho nos EUA em outubro bem melhor do que o previsto (151 mil vagas ante estimativa de 60 mil) foi suficiente para evitar uma realização de lucros. O índice Bovespa (Ibovespa) manteve-se o dia todo no vermelho, encerrando o pregão em baixa de 0,53%, a 72.606,58 pontos, minado também pelo fraco desempenho das ações da Vale, da Petrobras e das siderúrgicas. Na mínima do pregão, o Ibovespa cedeu 0,63%. Mas na semana, o Ibovespa subiu 2,74%. O volume negociado hoje na Bolsa diminuiu para R$ 5,9 bilhões, abaixo da média da semana, que foi de R$ 6,6 bilhões.

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A correção de preços no mercado acionário brasileiro, assim como o desempenho contido em Nova York, onde as bolsas vêm de um rali recente, reflete também a cautela com a reunião do G-20, em Seul, na Coreia do Sul, nos dias 11 e 12 de novembro, na próxima semana. As discussões devem esquentar após a decisão do Federal Reserve (Fed, banco central americano) de irrigar a economia com US$ 600 bilhões nos próximos oito meses por meio de um programa de compra de títulos ter desagradado os principais parceiros comerciais dos EUA, como Europa, China e Brasil. O maior medo é o de formação de bolhas especialmente nos países emergentes.

Nos EUA, o índice Dow Jones fechou em leve alta de 0,08%, o S&P 500 avançou 0,39% e o Nasdaq, +0,06%.

As ações da Vale, que passaram a manhã de lado, ensaiaram leve melhora no período da tarde, alinhadas com a alta dos preços das commodities, mas no final das contas tiveram um fechamento lateral. Vale PNA recuou 0,06% e Vale ON subiu 0,20%. Os papéis da maior produtora de minério do mundo vêm sendo penalizados por rumores sobre eventual saída do seu principal executivo, Roger Agnelli. "Por causa das dúvidas sobre uma troca de comando na Vale é melhor operar apostando na venda do papel do que na compra", disse um operador.

Depois de sangrar por meses a fio, Petrobras finalmente teve uma semana de alívio (a ação preferencial subiu mais de 7% e a ordinária quase 6%) e passa por uma correção de preços. "Estava na hora de colocar alguma coisa no bolso", disse um operador, referindo-se à via-crúcis do papel em razão das incertezas sobre a capitalização. Petrobras ON caiu 0,83% e a PN recuou 0,91%.

O destaque negativo ficou por conta de Gerdau, que liderou desde a abertura a lista de piores desempenhos do Ibovespa hoje, espelhando a decepção dos investidores com o balanço divulgado pela manhã, em especial com o resultado operacional da empresa. Gerdau PN tombou 3,59%, respondendo pelo terceiro maior giro financeiro do pregão, e Metalúrgica Gerdau PN registrou perda de 3,42%.

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