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Ibovespa avança antes de pesquisas eleitorais

Após acumular alta ao redor de 10% na segunda metade de agosto, o Ibovespa já contabilizava perda de cerca de 7% no início de setembro


	Bovespa: às 11h50, o Ibovespa avançava 0,62%, e o volume financeiro somava 3,6 bilhões de reais
 (Dado Galdieri/Bloomberg)

Bovespa: às 11h50, o Ibovespa avançava 0,62%, e o volume financeiro somava 3,6 bilhões de reais (Dado Galdieri/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 15 de setembro de 2014 às 12h05.

São Paulo - O tom positivo prevalecia na Bovespa nesta segunda-feira, em sessão marcada pelo exercício de opções sobre ações, enquanto investidores aguardam novos desdobramentos no panorama eleitoral, com pesquisas previstas para sair nos próximos dias.

Às 11h50, o Ibovespa avançava 0,62 por cento, a 57.280 pontos. O volume financeiro do pregão somava 3,6 bilhões de reais, inflado pelo exercício de opções.

O gestor na Effectus Investimentos, Joaquim Kokudai, avalia que o mercado está buscando um equilíbrio após movimentos fortes de alta e baixa nos últimos 30 dias.

Conforme observou, o mercado estava pouco posicionado para a alternância de governo no Brasil até um mês atrás e se ajustou abruptamente quando vislumbrou tal possibilidade. Quando a cena voltou a ficar incerta, muitos não conseguiram manter suas posições e houve uma forte correção, disse.

Após acumular alta ao redor de 10 por cento na segunda metade de agosto, o Ibovespa já contabilizava perda de cerca de 7 por cento nas duas primeiras semanas de setembro, sendo um declínio de 6,2 por cento apenas na semana passada.

"Todos irão olhar com atenção as pesquisas desta semana. Se Marina Silva (PSB) estabilizar com uma leve vantagem, isso pode animar o mercado", avaliou.

O site do Tribunal Superior Eleitoral traz registro de pesquisa Ibope com divulgação a partir de terça-feira (com campo entre 11 e 16) e levantamento Datafolha (com campo nos dias 17 e 18) para a partir de quarta-feria. Há também pesquisa Vox Populi com divulgação já liberada desde a véspera.

As ações da Petrobras recuperavam-se, com dados sobre produção da estatal também em foco e avaliados positivamente. Para o Credit Suisse, quando o fundamento voltar a prevalecer, esse números serão importantes.

Os papéis da Vale encontravam algum suporte na alta dos preços do minério, mas o BTG Pactual ponderou ser difícil afirmar que a recuperação nos preços é sustentável, "especialmente com mercado super ofertado e com fechamentos de capacidade mais lentos que o esperado".

Tanto Petrobras quanto Vale podem ter tendência na primeira etapa da sessão influenciadas pelo vencimento de opções, uma vez que costumam figurar entre as séries mais líquidas do exercício.

Ainda na cena corporativa, relatórios de bancos destacaram informação de que a holandesa Heineken foi abordada pela SABMiller sobre uma potencial aquisição, bem como notícia de que Anheuser-Busch InBev está conversando com bancos sobre financiamento de possível oferta de aquisição de 122 bilhões de dólares.

No Brasil, a companhia controla a Ambev, que valorizava-se 1,1 por cento.

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