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Ibovespa se aproxima de novo recorde puxado por valorização da Vale

Minério de ferro voltou a se valorizar, após governo chinês tentar frear rali; feriado nos Estados Unidos reduz liquidez no mercado global

Painel de cotações da B3 | Foto: Germano Lüders/Exame (Germano Lüders/Exame)

Painel de cotações da B3 | Foto: Germano Lüders/Exame (Germano Lüders/Exame)

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Guilherme Guilherme

Publicado em 31 de maio de 2021 às 13h11.

Última atualização em 31 de maio de 2021 às 16h02.

O Ibovespa opera em alta nesta segunda-feira, subindo 0,25% para 125.850 pontos, às 16h. O pregão é marcado pelo baixo volume de negociação devido ao feriado nos Estados Unidos. 

No mercado local, a alta de quase de 3% das ações da Vale (VALE3), que possui a maior participação do índice, dá o tom positivo. Os papéis são puxados pela valorização do minério de ferro na China, que também favorece as ações das siderúrgicas CSN (CSNA3), Gerdau (GGBR4) e Usiminas (USIM5).

A apreciação do metal ocorreu após ter passado por forte desvalorização nas últimas semanas,  quando o governo chinês intensificou as medidas para tentar controlar seu preço. Nem mesmo os novos sinais de desaceleração da indústria chinesa contiveram a alta do minério de ferro.

Divulgado na última noite, o índice de gerente de compras (PMI, na sigla em inglês) industrial da China de maio para 51 pontos ante os 51,1 pontos registrados em abril. Ainda que acima da linha dos 50 pontos que divide a expansão da contração da atividade econômica, este foi o segundo mês consecutivo de declínio da pontuação. 

Além do minério de ferro, o petróleo sobe nesta segunda, com investidores à espera da reunião da OPEP+, que será realizada nesta terça-feira, 1. Apesar da valorização da commodity, as ações da Petrobras (PETR3/PETR4) são negociadas em queda, com investidores realizando lucros, após os papéis terem subido mais de 5% no último pregão, com a melhora de recomendação por parte de analistas do JPMorgan.

Cosan 

Na bolsa, as ações da Cosan (CSAN3) lideram as altas do Ibovespa, subindo mais de 7%, após a empresa ter informado, por meio de fato relevante, que fechou um acordo de 810 milhões de reais por sua fatia na Compass.

Crise hídrica

Empresas mais dependentes das hidroelétricas, como CESP (CESP6) e AES Brasil (AESB3) são negociadas em queda, com investidores preocupados com o nível da crise hídrica no país. Por outro lado, as ações da Eneva (ENEV3) sobem pouco mais de 4%. A empresa tem grande exposição a termoelétricas, que devem ser mais requisitadas, enquanto as hidrelétricas devem ser as mais atingidas.

Ilan Arbetman, analista da Ativa, porém, pondera que a situação pode levar ao encarecimento de insumos das termoelétricas, apesar da maior demanda esperada. "Ainda não se sabe quanto ao custo do carvão ou do gás natural. Pode ter um aumento expressivo", diz.

Assim como no último pregão, o maior destaque negativo do índice são os papéis da Sabesp (SBSP3), que recuam mais de 3% após uma queda de 4,74% na sexta-feira. As ações recuam com a crise hídrica e ainda repercutem a notícia de que o governo de São Paulo não deve priorizar a privatização ou capitalização da empresa. Ao Valor, o secretário de Infraestrutura e Meio Ambiente do Estado, Marcos Penido, disse que a prioridade da gestão agora é a universalização de serviços.

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