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Ibovespa perde força, mas permanece no azul e renova máximas

Movimento foi apoiado em manutenção de fluxo de investidores e pela ata do FED, que sinalizou que manterá ritmo gradual de aumento de juros

Ibovespa: fechou em alta pelo sexto pregão seguido nesta quarta-feira, indo acima dos 87 mil pontos pela primeira vez na história mais cedo (BM&FBovespa/Divulgação)
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Reuters

Publicado em 21 de fevereiro de 2018 às 18h18.

Última atualização em 21 de fevereiro de 2018 às 18h47.

São Paulo - O principal índice da bolsa paulista perdeu fôlego, mas conseguiu fechar em alta pelo sexto pregão seguido nesta quarta-feira, indo acima dos 87 mil pontos pela primeira vez na história mais cedo. O movimento foi apoiado em manutenção de fluxo de investidores e pela ata do Federal Reserve, banco central dos Estados Unidos, que sinalizou que manterá ritmo gradual de aumento de juros na maior economia do mundo.

O Ibovespa subiu 0,29 por cento e renovou máxima de fechamento aos 86.051 pontos, após atingir mais cedo também a maior cotação histórica intradia, aos 87.358 pontos. O giro financeiro somou 14,88 bilhões de reais.

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Segundo a ata do Fed, membros do comitê de política monetária veem a inflação rumo à meta de 2 por cento no médio prazo. Além disso, eles "concordaram que o fortalecimento na perspectiva da economia no curto prazo aumentou a probabilidade de que uma trajetória de alta gradual dos juros seria apropriada".

"Por enquanto ficam só três altas mesmo, eles não falaram que seriam mais do que três e o mercado acabou lendo isso como bom, apesar de reforçarem que a economia está crescendo", disse o diretor-geral da Fator Administração de Recursos, Paulo Gala.

Somado ao alívio com o documento, agentes de mercado citam o fluxo externo e interno de investidores para a bolsa local como motivo para manutenção do tom positivo, diante da perspectiva de retomada da recuperação econômica.

Apesar de engatar o sexto pregão no azul, o índice perdeu fôlego rumo à reta final dos negócios, depois de subir 1,81 por cento na máxima da sessão, conforme o mercado acionário norte-americano enfraqueceu.

Destaques

- ELETROBRAS PNB subiu 1,3 por cento e ELETROBRAS ON teve alta de 2,05 por cento, em dia de forte volatilidade diante das expectativas em torno do processo de privatização da estatal, com as ações preferenciais indo de alta de 9 por cento na máxima a queda de 2,67 por cento na mínima. O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), negou nesta quarta-feira ter dito que não há votos necessários para aprovar a privatização da empresa neste ano, após notícia de que ele teria feito a afirmação sobre falta de votos em uma reunião na manhã desta quarta-feira.

- ITAÚ UNIBANCO PN avançou 1,32 por cento e ajudou a sustentar o Ibovespa no azul devido a seu peso na composição do índice. O dia também foi positivo para as ações dos demais bancos que compõem o índice: BRADESCO PN subiu 0,53 por cento, SANTANDER UNIT ganhou 1,21 por cento e BANCO DO BRASIL ON teve alta de 0,78 por cento.

- TELEFÔNICA BRASIL PN fechou em queda de 1,11 por cento, após subir 0,88 por cento na máxima e cair 1,35 por cento na mínima da sessão, tendo no radar a divulgação do balanço de quarto trimestre. Analistas do Credit Suisse destacaram a desaceleração do crescimento da receita de serviços móveis da operadora. A empresa reportou alta de 30,9 por cento no lucro líquido ajustado ante igual período do ano anterior, para 1,635 bilhão de reais.

- PETROBRAS PN fechou em queda de 0,93 por cento e PETROBRAS ON recuou 1,11 por cento, em dia de fraqueza para os preços do petróleo no mercado internacional. Os papéis da petrolífera perderam a força vista mais cedo, quando as preferenciais chegaram a subir 2,15 por cento diante de melhoras em recomendações. Nesta quarta-feira, analistas do Morgan Stanley elevaram o preço-alvo dos ADRs atrelados às ações ordinárias da empresa de 14 para 15 dólares e na véspera a equipe do JPMorgan aumentou o preço-alvo para os mesmos ADRs de 13 para 16 dólares.

- CPFL ENERGIA RENOVÁVEIS, que não faz parte do Ibovespa, disparou 17,58 por cento, após a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) rejeitar o preço proposto de 12,2 reais por ação no âmbito da oferta pública de aquisições de ações (OPA) da empresa. Os papéis da sua controladora, CPFL ENERGIA ON, que figuram no Ibovespa, subiram 2,23 por cento.

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