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Ibovespa sobe com exterior e maior otimismo doméstico

A bolsa brasileira subiu pelo quarto pregão seguido com o mercado ainda à espera de medidas de estímulo de bancos centrais

Bovespa: o Ibovespa ganhou 1,37 por cento, a 52.233 pontos (Dado Galdieri/Bloomberg)
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Da Redação

Publicado em 1 de julho de 2016 às 18h05.

São Paulo - A bolsa brasileira subiu pelo quarto pregão seguido nesta sexta-feira, com o mercado ainda à espera de medidas de estímulo de bancos centrais ao redor do mundo ante a decisão do Reino Unido de sair da União Europeia , e mostrando mais otimismo com o cenário doméstico.

O Ibovespa ganhou 1,37 por cento, a 52.233 pontos, superando importante barreira técnica aos 52 mil pontos. Na semana, o índice ganhou 4,25 por cento.

O giro financeiro somou 7,4 bilhões de reais.

Sinais de que grandes bancos centrais afrouxarão ainda mais as condições monetárias mantiveram os mercados acionários no exterior em alta, assim como a Bovespa, embora a bolsa paulista já tenha acumulado ganho de 6,3 por cento em junho.

A percepção de que o Federal Reserve, o banco central dos Estados Unidos, irá postergar uma alta dos juros tem impulsionado a demanda por ativos de risco.

"Apesar do Brexit (saída do Reino Unido da União Europeia), os atuais fundamentos, o preço das ações e o Federal Reserve (banco central norte-americano) mais 'dovish', ou seja, menos propício a aumentar os juros, continuam sustentando um bom desempenho do Ibovespa", escreveram analistas do Bradesco em seu relatório com recomendação de ações para julho.

O economista-chefe da Modalmais, Álvaro Bandeira, avalia que há a sensação de que os países emergentes ficaram baratos para os desenvolvidos e isso pode ampliar o fluxo de recursos, disse em nota.

DESTAQUES

--JBS perdeu 5 por cento, maior baixa do Ibovespa, pressionada pela notícia de que a Polícia Federal deflagrou operação no âmbito da Lava Jato tendo entre os alvos a Eldorado Celulose, do mesmo grupo que controla a JBS, a holding J&F. A JBS informou em comunicado que não é alvo da operação das autoridades.

--KROTON e ESTÁCIO subiram 5 e 1,47 por cento, respectivamente, beneficiadas por anúncio das empresas de que o Conselho de Administração da Estácio aceitou novos termos financeiros melhorados para ser adquirida pela Kroton, em uma operação avaliada em cerca de 5,5 bilhões de reais. O Conselho da Estácio se reúne em 8 de julho para avaliar todas as condições da proposta.

--SER EDUCACIONAL, que também apresentou proposta pela Estácio, subiu 0,24 por cento. Ainda no noticiário do setor de educação, o BTG Pactual ressaltou que, como acertado, o governo emitiu 25 por cento dos certificados do Fies não acertados em 2015. "Seis ciclos bem sucedidos e o cumprimento do acordo de emitir um quarto da quantia não acertada em 2015 nos deixa (e investidores em geral) mais confortáveis de que problemas com pagamentos do Fies são agora algo do passado". Os analistas do banco afirmaram que novos ciclos com sucesso devem assegurar geração forte de fluxo de caixa para as companhias listadas no segundo semestre.

--ENEVA avançou 2,59 por cento, com a continuidade do noticiário positivo para a companhia. A empresa iniciou nesta sexta-feira a operação comercial da usina termelétrica Parnaíba II, no Maranhão. Na véspera, havia informado que foi encerrado seu processo de recuperação judicial, o que lhe permitirá iniciar "nova fase" de crescimento. O papel não integra o Ibovespa.

--FIBRIA, KLABIN e SUZANO, do setor de papel e celulose, ganharam todas mais de 5 por cento. A perspectiva de que o Banco Central deve continuar intervindo no mercado cambial para amortecer a queda do dólar ante o real favoreceu papéis de exportadoras neste pregão.

--CSN subiu 12 por cento e Usiminas ganhou 5,58 por cento. Por conta do beta elevado, as ações normalmente oscilam com mais intensidade na comparação com o Ibovespa.

Texto atualizado às 18h05

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São Paulo - A bolsa brasileira subiu pelo quarto pregão seguido nesta sexta-feira, com o mercado ainda à espera de medidas de estímulo de bancos centrais ao redor do mundo ante a decisão do Reino Unido de sair da União Europeia , e mostrando mais otimismo com o cenário doméstico.

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O giro financeiro somou 7,4 bilhões de reais.

Sinais de que grandes bancos centrais afrouxarão ainda mais as condições monetárias mantiveram os mercados acionários no exterior em alta, assim como a Bovespa, embora a bolsa paulista já tenha acumulado ganho de 6,3 por cento em junho.

A percepção de que o Federal Reserve, o banco central dos Estados Unidos, irá postergar uma alta dos juros tem impulsionado a demanda por ativos de risco.

"Apesar do Brexit (saída do Reino Unido da União Europeia), os atuais fundamentos, o preço das ações e o Federal Reserve (banco central norte-americano) mais 'dovish', ou seja, menos propício a aumentar os juros, continuam sustentando um bom desempenho do Ibovespa", escreveram analistas do Bradesco em seu relatório com recomendação de ações para julho.

O economista-chefe da Modalmais, Álvaro Bandeira, avalia que há a sensação de que os países emergentes ficaram baratos para os desenvolvidos e isso pode ampliar o fluxo de recursos, disse em nota.

DESTAQUES

--JBS perdeu 5 por cento, maior baixa do Ibovespa, pressionada pela notícia de que a Polícia Federal deflagrou operação no âmbito da Lava Jato tendo entre os alvos a Eldorado Celulose, do mesmo grupo que controla a JBS, a holding J&F. A JBS informou em comunicado que não é alvo da operação das autoridades.

--KROTON e ESTÁCIO subiram 5 e 1,47 por cento, respectivamente, beneficiadas por anúncio das empresas de que o Conselho de Administração da Estácio aceitou novos termos financeiros melhorados para ser adquirida pela Kroton, em uma operação avaliada em cerca de 5,5 bilhões de reais. O Conselho da Estácio se reúne em 8 de julho para avaliar todas as condições da proposta.

--SER EDUCACIONAL, que também apresentou proposta pela Estácio, subiu 0,24 por cento. Ainda no noticiário do setor de educação, o BTG Pactual ressaltou que, como acertado, o governo emitiu 25 por cento dos certificados do Fies não acertados em 2015. "Seis ciclos bem sucedidos e o cumprimento do acordo de emitir um quarto da quantia não acertada em 2015 nos deixa (e investidores em geral) mais confortáveis de que problemas com pagamentos do Fies são agora algo do passado". Os analistas do banco afirmaram que novos ciclos com sucesso devem assegurar geração forte de fluxo de caixa para as companhias listadas no segundo semestre.

--ENEVA avançou 2,59 por cento, com a continuidade do noticiário positivo para a companhia. A empresa iniciou nesta sexta-feira a operação comercial da usina termelétrica Parnaíba II, no Maranhão. Na véspera, havia informado que foi encerrado seu processo de recuperação judicial, o que lhe permitirá iniciar "nova fase" de crescimento. O papel não integra o Ibovespa.

--FIBRIA, KLABIN e SUZANO, do setor de papel e celulose, ganharam todas mais de 5 por cento. A perspectiva de que o Banco Central deve continuar intervindo no mercado cambial para amortecer a queda do dólar ante o real favoreceu papéis de exportadoras neste pregão.

--CSN subiu 12 por cento e Usiminas ganhou 5,58 por cento. Por conta do beta elevado, as ações normalmente oscilam com mais intensidade na comparação com o Ibovespa.

Texto atualizado às 18h05
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