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Ibovespa sobe com ajuste, mas cautela com política permanece

Às 11:32, o índice da bolsa brasileira subia 0,43 por cento, a 62.592 pontos, após ter recuado 0,92 por cento na semana passada

B3: mercado tem monitorado de perto os impactos da crise no andamento das reformas (Germano Lüders/Exame)
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Reuters

Publicado em 10 de julho de 2017 às 12h13.

São Paulo - O principal índice da bolsa paulista operava no azul nesta segunda-feira, buscando uma recuperação após a fraqueza recente, mas com investidores ainda evitando grandes movimentos à espera de desdobramentos da crise política e seus impactos no andamento das reformas no Congresso Nacional.

Às 11:32, o Ibovespa subia 0,43 por cento, a 62.592 pontos, após ter recuado 0,92 por cento na semana passada. O giro financeiro era de 1,24 bilhão de reais.

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As preocupações com o quadro político foram intensificadas desde a denúncia contra o presidente Michel Temer por corrupção passiva. Nesta segunda-feira, o relator da denúncia, deputado Sergio Zveiter (PMDB-RJ), apresentará seu parecer na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados. O texto posteriormente será votado no colegiado, que conta com 66 deputados e terá resultado por maioria simples, antes de seguir para o plenário.

"Durante todo o final de semana, o Planalto se mobilizou para ganhar essa votação, que pode ser simbólica para a tendência do plenário", escreveram analistas da corretora Lerosa Investimentos em nota a clientes.

O mercado tem monitorado de perto os impactos da crise no andamento das reformas. Neste sentido, a expectativa segue pela votação da reforma trabalhista pelo plenário do Senado, prevista para acontecer na terça-feira.

Destaques

- Vale PNA subia 0,37 por cento e Vale ON tinha variação positiva de 0,35 por cento, acompanhando a nova alta dos contratos futuros do minério de ferro na China.

- JBS ON avançava 1,1 por cento, tendo no radar notícias sobre vendas de ativos da empresa e da sua holding controladora J&F. A superintendência-geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou a aquisição das operações de carne bovina da JBS na Argentina, Paraguai e Uruguai pela Minerva, apesar da suspensão da operação pela Justiça Federal. Os papéis da Minerva, que não fazem parte do Ibovespa, recuavam 0,16 por cento.

Também no radar estava a notícia publicada pela Reuters, de que a J&F encerrou as conversas para a venda de sua participação majoritária na Alpargatas para o grupo formado por Cambuhy Investimentos e Itaúsa por diferenças em relação ao preço. Os papéis da Alpargatas, que não figuram no Ibovespa, caíam 1,65 por cento.- Bradesco PN tinha alta de 0,86 por cento e Itaú Unibanco PN ganhava 0,47 por cento, ajudando o tom positivo do Ibovespa devido ao peso dos papéis em sua composição.

- Braskem PNA subia 2,8 por cento, liderando os ganhos do Ibovespa, após cair nos dois pregões anteriores, período em que acumulou perda de quase 2,3 por cento.

- Petrobras PN caía 0,5 por cento e Petrobras ON tinha baixa de 0,95 por cento, em linha com o movimento dos preços do petróleo no mercado internacional. [O/R]

- Gol PN, que não faz parte do Ibovespa, subia 3,24 por cento, após divulgar dados de tráfego referentes a junho, com analistas da corretora Coinvalores destacando o crescimento na taxa de ocupação, apesar da queda da demanda.

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