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Ibovespa chega a perder os 100 mil, se recupera e fecha em alta

Em sessão de alta volatilidade, investidores aproveitam queda para montar posições

Bolsa: em sessão marcada por alta volatilidade, Ibovespa se recupera no período da tarde e fecha em alta (Cris Faga/NurPhoto/Getty Images)
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Guilherme Guilherme

Publicado em 4 de setembro de 2020 às 10h32.

Última atualização em 4 de setembro de 2020 às 17h32.

A bolsa brasileira fechou em alta, nesta sexta-feira, 4, em pregão marcado pela alta volatilidade dos mercados globais, em nova rodada de realização de lucros nas ações de tecnologia dos Estados Unidos. Depois de ficar abaixo dos 100.000 pontos, o Ibovespa, principal índice da B3, se recuperou e subiu 0,52%, encerrando em 101.241,73 pontos. Na semana, o índice teve alta de 1,88%.

No exterior, o índice Nasdaq voltou a tocar os 5% de queda pelo segundo dia consecutivo, com as ações da Apple, Microsoft, Amazon e Tesla sofrendo fortes perdas ainda pela manhã. Porém, o forte movimento de queda foi perdendo força ao longo do dia e o Nasdaq fechou em queda de apenas 1,27% e o S&P 500, de 0,81%. De acordo com analistas da Exame Research, a cautela com o feriado prolongado nos Estados Unidos, que celebrará o Dia do Trabalho na segunda-feira, 7, aumenta a cautela entre os investidores.

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"A nossa bolsa estava refletindo o S&P 500. Alguém começou a realizar porque o outro estava realizando, aí virou um sell-off, uma realização em massa gigantesca", afirma Jefferson Laatus, estrategista-chefe do Grupo Laatus.

Por lá, nem mesmo o payroll melhor do que o esperado serviu para atenuar o fluxo vendedor dos investidores. Divulgado nesta manhã o payroll apontou para a criação de 1,371 milhão de empregos não agrícolas nos Estados Unidos, quase em linha com as expectativas de 1,4 milhão. Mas, a taxa de desemprego veio bem melhor do que a esperada, caindo de 10,2% para 8,4%, confirmando o quarto mês seguido de melhora do mercado de trabalho americano. A mediana das projeções era de queda para 9,8%.

No Brasil, as ações das principais varejistas digitais Magazine Luiza, B2W e Via Varejo chegaram a apresentar quedas de mais de 5%, que foi revertida ao longo do pregão. "Os investidores aproveitaram a queda para montar posições", disse Gustavo Bertotti, economista da Messem. Ao fim do dia, os papéis da Magazine Luiza fecharam em alta, enquanto B2W e Via Varejo encerraram com quedas de menos de 2%.

Por aqui, o mercado segue animado com a melhora do cenário político e fiscal, após o governo ter cumprido a promessa de entregar o texto da reforma administrativa ao Congresso. "Os investidores estão atentos ao novo atrito entre o ministro da Economia, Paulo Guedes, e o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, mas é insuficiente para mudar o otimismo dos investidores com o clima político local”, afirma Régis Chinchila, analista da Terra Investimetnos. Na véspera, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, disse que não consegue mais conversar com a equipe econômica do governo por ordens de Guedes.

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