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Ibovespa sobe 2% com visão otimista para andamento de reformas

O mercado também ajustou-se aos ganhos de ADRs (recibos de ações nos Estados Unidos) negociados em Nova York na segunda-feira

B3: a percepção geral no mercado é que a greve na sexta e as manifestações realizadas no feriado não tiveram adesão forte o suficiente para atrasar o andamento das reformas (Facebook/B3/Reprodução)
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Reuters

Publicado em 2 de maio de 2017 às 18h18.

São Paulo - O principal índice da Bovespa fechou em alta nesta terça-feira, com a percepção de que as recentes manifestações não tiraram força do governo federal para avançar com as reformas no Congresso, incluindo a da Previdência .

O mercado também ajustou-se aos ganhos de ADRs (recibos de ações nos Estados Unidos) negociados em Nova York na segunda-feira, quando a bolsa brasileira não operou devido ao feriado do Dia do Trabalho.

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O índice também se ajustou ao desempenho do mercado acionário norte-americano na véspera, quando os mercados no Brasil permaneceram fechados, devido ao feriado de 1º de Maio.

O Ibovespa subiu 2,02 por cento, a 66.721 pontos, maior patamar em dois meses. O giro financeiro somou 9,16 bilhões de reais, acima da média diária verificada no mês passado, de 8,11 bilhões de reais.

A percepção geral no mercado é que a greve na sexta-feira e as manifestações realizadas no feriado do Dia do Trabalho não tiveram adesão forte o suficiente para atrasar o andamento das reformas trabalhista e previdenciária.

Essa percepção foi corroborada após o presidente da comissão especial da Previdência na Câmara dos Deputados, Carlos Marun (PMDB-MS), dizer que a votação da reforma na comissão está mantida para quarta-feira, e que a estratégia do governo é acelerar a aprovação do texto.

As declarações do deputado vieram após o presidente Michel Temer reunir-se na véspera com ministros e parlamentares da base aliada para discutir estratégias para aprovação das reformas trabalhista e da Previdência. Além disso, segundo reportagens na mídia, Temer decidiu retaliar deputados infiéis ao governo.

Destaques

- JBS ON subiu 8,02 por cento, liderando os ganhos do Ibovespa. No radar estava a conclusão da aquisição da Plumrose nos Estados Unidos, em um negócio que permitirá que a companhia brasileira eleve sua participação no segmento de produtos preparados e de alto valor agregado. Apesar dos ganhos neste pregão, o papel ainda acumula perdas de 7,5 por cento desde a deflagração da operação Carne Fraca, em meados de março.

- LOJAS AMERICANAS PN teve alta de 7,36 por cento, também entre os destaques positivos do índice. A mesa de negócios do Credit Suisse para América Latina afirmou estar mais positiva em relação a ações de empresas brasileiras ligadas ao mercado doméstico, caso da rede de comércio.

- BRADESCO PN avançou 2,7 por cento e ITAÚ UNIBANCO PN ganhou 2,06 por cento, reforçando o tom favorável do Ibovespa devido ao peso desses papéis na composição do índice, em sessão amplamente favorável para o setor bancário como um todo.

- PETROBRAS ON fechou estável e PETROBRAS PN teve variação positiva de 0,14 por cento. Após passarem a maior parte do pregão em alta, os papéis perderam fôlego diante de forte queda dos preços do petróleo no mercado internacional. No melhor momento do dia, os papéis preferenciais da petroleira brasileira subiram 2,65 por cento, tendo no radar as declarações do presidente Pedro Parente, que segundo reportagem do jornal Folha de S.Paulo, teria afirmado que a estatal planeja relançar "nas próximas semanas" o plano de venda de ativos.

- VALE PNA avançou 2,25 por cento e VALE ON ganhou 2,15 por cento, em linha com os futuros do minério de ferro na China. Além disso, na segunda-feira, os ADRs dos papéis preferenciais da mineradora avançaram 0,85 por cento, e dos ordinários subiram 1,17 por cento.

- CSN ON teve alta de 2,32 por cento, GERDAU PN avançou 2,55 por cento e USIMINAS PNA ganhou 3,52 por cento, refletindo o avanço dos contratos futuros do aço e do minério de ferro na China.

- EMBRAER ON caiu 3,91 por cento, liderando as poucas baixas do Ibovespa, após divulgação do balanço do primeiro trimestre, com queda de 65 por cento no lucro líquido, para 134,9 milhões de reais.

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