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Da Redação
Publicado em 15 de junho de 2011 às 14h21.
São Paulo – Após fechar a véspera em leve alta, o Ibovespa apresenta sinal negativo nesta quarta-feira (15), seguindo a cena externa. Na mínima do dia, o principal índice da bolsa caía 0,9%, aos 61.617 pontos. No ano, a queda chega a 10,5%.
Lá fora não é diferente. As bolsas de valores dos Estados Unidos também operam em queda, afetadas por preocupações de que a crise de dívida da Grécia possa aumentar.
O mercado externo ainda reage aos dados de manufatura americanos. A inflação ao consumidor dos EUA subiu mais que o esperado em maio, impulsionada pelos preços de veículos motorizados e roupas.
Pressionando as ações do setor financeiro, a agência de classificação de risco Moody's disse que pode cortar a nota de grandes bancos franceses, citando sua exposição à dívida da Grécia.
Os bancos da França têm exposição líquida geral de 65 bilhões de dólares, ante 40 bilhões da Alemanha e 41 bilhões dos EUA, de acordo com o Banco de Compensações Internacionais.
Brasil Foods
Desde os primeiros minutos de pregão, as ações ordinárias da BR Foods (BRFS3) assumiam a ponta positiva do Ibovespa. Os papéis da companhia chegaram a valorizar 4,7%, negociados a 25,64 reais, a maior alta em cinco meses.
O avanço acontece após o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) anunciar oficialmente que decidiu postergar o julgamento da fusão entre a Sadia e Perdigão que, por sua vez, estava marcado para hoje. Uma nova sessão poderá ocorrer a partir do dia 29 de junho, embora uma data específica não tenha sido confirmada.
Brasil Ecodiesel
A ponta negativa do Ibovespa é representa pelas ações ordinárias da Brasil Ecodiesel (ECOD3). Na mínima do dia, os papéis caíam 2,8%, valendo 0,68 real. O conselho de administração da companhia decidiu constituir um comitê interno para analisar a proposta de incorporação das ações de emissão da Vanguarda. A proposta de fusão foi feita pelo grupo Vanguarda em abril – e recusada pela Brasil Ecodiesel em maio.
O comitê interno terá até 90 dias, contados a partir de ontem (14) para analisar a operação e submetê-la à apreciação do conselho de administração. Após a análise do comitê, se o conselho aprovar a operação, ele deverá convocar uma assembleia geral extraordinária.
Mundial
As ações preferenciais da Mundial (MNDL4) dispararam 40,00% (máxima do dia) no pregão desta quarta-feira (15), atingindo a cotação de 1,26 real, embora nenhum motivo tenha sido justificado para a alta.
Em resposta a questionamento da BM&FBovespa, a Mundial enviou um comunicado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) afirmando que “não há fato de nosso conhecimento, e ainda não divulgado, que possa justificar uma movimentação anômala dos preços das ações da companhia”.