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Ibovespa reverte para o positivo com reforma ministerial

Às 11h53, o Ibovespa tinha variação positiva de 0,5 por cento, a 45.540 pontos, tendo caído 0,75 por cento no pior momento da manhã


	Entrada da Bovespa: a situação política instável está entre os principais fatores de pressão para as ações brasileiras
 (Hugo Arce/Fotos Públicas)

Entrada da Bovespa: a situação política instável está entre os principais fatores de pressão para as ações brasileiras (Hugo Arce/Fotos Públicas)

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Da Redação

Publicado em 2 de outubro de 2015 às 12h49.

São Paulo - A bolsa brasileira passou ao terreno positivo nesta sexta-feira na sequência do anúncio de reforma ministerial e administrativa pela presidente Dilma Rousseff, enquanto os principais índices acionários norte-americanos reduziram quedas registradas mais cedo.

Às 11h53, o Ibovespa tinha variação positiva de 0,5 por cento, a 45.540 pontos, tendo caído 0,75 por cento no pior momento da manhã. O giro financeiro do pregão totalizava 1,57 bilhão de reais.

A presidente Dilma anunciou redução do total de ministérios em oito pastas, como parte de uma reforma administrativa e ministerial que deve gerar uma economia de 20 por cento nos gastos de custeio e contratação de serviços de terceiros e de 10 por cento na remuneração de ministros.

A situação política instável está entre os principais fatores de pressão para as ações brasileiras.

No exterior, o foco eram os dados de emprego divulgados pela manhã mostrando que o setor privado norte-americano, excluindo o setor agrícola, criou 142 mil postos de trabalho no mês passado, enquanto os dados para agosto foram revisados para mostrar ganho de apenas 136 mil vagas. Foi o menor avanço em dois meses em mais de um ano.

Em um prazo mais longo, os dados alimentavam temores de que a desaceleração do crescimento econômico global, influenciada pela China, esteja enfraquecendo os EUA.

Mas, no curto prazo, eram positivos para mercados emergentes devido à possibilidade de que o banco central norte-americano decida elevar os juros somente em 2016, disse o operador de renda variável Luiz Roberto Monteiro, da Renascença DTVM.

O índice norte-americano S&P 500 perdia 0,87 por cento, distanciando-se das mínimas do dia, o que conferia algum alívio à Bovespa.

Destaques 

Petrobras operava em alta de 1,6 nas preferenciais, apesar da baixa dos preços do petróleo, que mostravam volatilidade na esteira dos dados de emprego dos EUA.

A estatal deve realizar apenas 20 bilhões dos 29 bilhões de dólares de investimentos programados para este ano, segundo reportagem publicada no jornal Valor Econômico nesta sexta-feira.

Marfrig ganhava 3,7 por cento, destaque entre as altas, em movimento de recuperação na sequência da baixa de 10 por cento na quinta-feira.

Na véspera, a Polícia Federal cumpriu mandato de busca e apreensão na companhia, em investigação de suposto esquema de lavagem de dinheiro e irregularidades na campanha do governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel.

Via Varejo recuava cerca de 3,75 por cento diante da notícia de que seu presidente, Líbano Barroso, deixará o cargo para ocupar a recém-criada vice-presidência de operações do Grupo Pão de Açúcar, cujas ações caíam 1,1 por cento.

Cesp subia 2,46 por cento. O governo federal propôs pagar 51 milhões de reais em indenizações às empresas que operavam hidrelétricas que tiveram a concessão encerrada e serão levadas a leilão em 6 de novembro, sendo 2 milhões de reais para a estatal paulista.

BRF tinha leve alta de 0,9 por cento depois de anunciar na quinta-feira a compra de marcas de salsicha, hámburguer de carne e margarina na Argentina por 43,5 milhões de dólares.

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