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Ibovespa recua pressionado por ações de bancos, China e Wall Street

Às 11:32, o Ibovespa apontava desvalorização de 0,29%, a 98.494 pontos

B3: bolsa paulista recuava nesta sexta-feira (Nacho Doce/Reuters)
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Reuters

Publicado em 14 de junho de 2019 às 10h53.

Última atualização em 14 de junho de 2019 às 12h20.

São Paulo - O principal índice acionário brasileiro mostrava tendência de baixa moderada nesta sexta-feira, pressionado pela queda das ações de bancos, da influência negativa de Wall Street, em parte devido a dados decepcionantes da indústria da China.

Às 11:32, o Ibovespa apontava desvalorização de 0,29%, a 98.494 pontos. O giro financeiro da sessão era de 2,8 bilhão de reais.

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Dados econômicos do dia pesavam no ânimo dos investidores. No plano doméstico, o Banco Central informou que o Índice de Atividade Econômica (IBC-Br), uma prévia do Produto Interno Bruto (PIB), teve queda de 0,47% em ante março. O dado frustrou a expectativa de alta de 0,20% em pesquisa da Reuters.

No front internacional, um indicador que chamou a atenção foi o anúncio de que a produção industrial da China cresceu 5% em maio sobre o ano anterior, contra expectativa de alta de 5,5% e no menor nível em 17 anos.

O receio de que esse cenário possa se agravar com uma guerra comercial mais longa entre China e Estados Unidos, as duas maiores economias do mundo, empurrava os principais índices de Wall Street para o vermelho.

O que continha vendas mais acentuadas de ações na bolsa paulista era a avaliação majoritária de especialistas de que o mercado brasileiro tende a experimentar novos ingressos de recursos no médio prazo, à medida que a tramitação da reforma da Previdência evolui.

A equipe da gestora de recursos Rico comentou em relatório, após o relator da proposta de reforma, Samuel Moreira (PSDB-SP), ter apresentado na véspera seu parecer, prevendo uma economia de cerca de 1 trilhão de reais em 10 anos.

Segundo a Rico, se a reforma for aprovada, ficarão mais evidentes os "momentos diferentes de ciclo" entre Brasil e resto do mundo. "Se isso acontecer evidenciará uma grande oportunidade de investimento por aqui", disse a gestora.

 

Destaques

- BRADESCO PN cedia 0,75%. ITAÚ UNIBANCO PN recuava 0,88%, estendendo perdas do setor na véspera, após parecer da reforma da Previdência defender que alíquota da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) dos bancos siga em 20%, em vez de voltar de 15%. SANTANDER BRASIL tinha baixa de 0,32% e BANCO DO BRASIL caía 1,07%. Para a equipe da XP Investimentos, se levada adiante, a proposta terá efeito negativo, porém limitado, sobre os bancos.

- CSN tinha declínio de 2,45%. Também no setor siderúrgico, USIMINAS mostrava queda de 1,79%, acusando o maior pessimismo dos investidores com as produtoras de aço, que exportam para a China, após o país asiático revelar ter tido em maio a pior produção industrial em 17 anos.

-MAGAZINE LUIZA subia 0,99%. A Netshoes informou que seu conselho de administração afirmou não ter condições de avaliar a tempo a nova oferta de compra recebida pela dona da Centauro na véspera, mantendo a recomendação pela oferta menor do Magazine Luiza. Acionistas da Netshoes decidem o assunto em assembleia nesta sexta-feira.

- MARFRIG subia 0,50%, após a companhia ter suspendido na véspera o plano de dar férias coletivas a empregados de uma unidade no interior paulista, na esteira da retomada da importações de carne bovina do Brasil pela China. No setor, JBS ganhava 1,11%.

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