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Ibovespa recua em dia de noticiário corporativo intenso

Às 12:17, o índice da bolsa brasileira caía 0,87 por cento, a 67.085 pontos. O giro financeiro era de 2,85 bilhões de reais

B3: cenário político local também não trazia alívio para os investidores (Germano Lüders/Exame)

B3: cenário político local também não trazia alívio para os investidores (Germano Lüders/Exame)

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Reuters

Publicado em 10 de agosto de 2017 às 12h38.

São Paulo - O principal índice da bolsa paulista operava em queda nesta quinta-feira, com investidores de olho no noticiário corporativo movimentado e nas tensões geopolíticas internacionais.

Às 12:17, o Ibovespa caía 0,87 por cento, a 67.085 pontos. O giro financeiro era de 2,85 bilhões de reais.

A Coreia do Norte reagiu aos alertas do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e divulgou planos detalhados para um ataque com mísseis perto de Guam, território norte-americano no oceano Pacífico.

O cenário político local também não trazia alívio, com a crescente preocupação em relação à situação fiscal do país e as atenções voltadas às negociações dentro do governo sobre a possibilidade de mudar a meta para este ano.

Destaques

- Ultrapar ON caía 2,31 por cento, reagindo ao resultado mais fraco do segundo trimestre, que mostrou queda de 33 por cento lucro líquido na comparação anual. Analistas do Credit Suisse cortaram a recomendação para as ações da empresa para "neutra", ante "outperform" e reduziram também o preço-alvo.

- Rumo ON perdia 1,86 por cento, após a empresa de logística reportar prejuízo de 30,2 milhões de reais no segundo trimestre, impactado por elevação de despesas financeiras, por maior custo da dívida e por depreciação e amortização.

- MRV ON recuava 1,70 por cento. No radar estavam os dados do segundo trimestre da empresa que, segundo analistas, não trouxeram surpresas. A empresa reportou um aumento de 2,3 por cento no lucro líquido do período, para 141 milhões de reais. No período de abril a junho, as despesas comerciais subiram 14 por cento no comparativo ano a ano, enquanto as despesas gerais e administrativas cresceram 9 por cento.

- Banco do Brasil ON tinha leve alta de 0,23 por cento, tendo no radar o balanço do segundo trimestre que, segundo analistas mostram tendência mista. O banco reportou alta de 47 por cento no lucro líquido ajustado ante igual período do ano passado, para 2,65 bilhões de reais. No entanto, um dos pontos negativos do balanço foi o aumento do índice de inadimplência acima de 90 dias, chegando a 4,11 por cento, ante 3,89 por cento do trimestre anterior e 3,26 por cento da mesma etapa de 2016.

- Itaú Unibanco PN perdia 0,88 por cento e Bradesco PN cedia 1 por cento, ajudando a pressionar o Ibovespa devido ao peso dessas ações em sua composição.

- Petrobras PN tinha queda de 0,81 por cento e Petrobras ON perdia 0,86 por cento, em sessão de leve alta para os preços do petróleo no mercado internacional.- Vale PNA recua 0,31 por cento, enquanto Vale ON tinha baixa de 0,66 por cento, apesar da alta dos contratos futuros do minério de ferro na China nesta sessão.

- Cosan ON tinha alta de 0,25 por cento. Como pano de fundo estava o com prejuízo líquido de 76 milhões de reais no segundo trimestre. Em termos ajustados por efeitos não recorrentes, no entanto, a empresa de energia e infraestrutura teve lucro de 24,5 milhões de reais. Para analistas do UBS, os números ajustados foram razoáveis, apesar do ambiente difícil.

- Oi ON perdia 4,38 por cento e Oi PN cedia 4,48 por cento, após a empresa de telecomunicações reportar prejuízo líquido de 3,3 bilhões de reais no segundo trimestre, ante perda de 200 milhões de reais nos três meses imediatamente anteriores e do prejuízo de 822 milhões de reais um ano antes. As ações não fazem parte do Ibovespa.

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