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Ibovespa vira para queda com PEC e exterior no radar; Magalu tomba 10%

Preocupações com aprovação da PEC e novas falas de Jerome Powell pioram humor no mercado

Painel de cotações da B3 | Foto: Germano Lüders/EXAME (Germano Lüders/Exame)

Painel de cotações da B3 | Foto: Germano Lüders/EXAME (Germano Lüders/Exame)

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Beatriz Quesada

Publicado em 1 de dezembro de 2021 às 09h15.

Última atualização em 1 de dezembro de 2021 às 17h56.

Após passar a maior parte do pregão em alta, o Ibovespa entrou em terreno negativo no fim da tarde desta quarta-feira, 1, refletindo preocupações sobre a PEC dos Precatórios e novas falas do presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell. Às 16h, o principal índice da B3 caía 0,42% para 101.483 pontos. Já o dólar salta 0,47% , a 5,664 reais.

A piora da bolsa ocorreu pouco antes do início da sessão que deve marcar a votação da PEC dos Precatórios no Senado. Entre investidores, reinam as incertezas sobre a aprovação ou rejeição da proposta, dadas as expectativas de um placar apertado.

A proposta libera espaço fiscal em 2022 para o pagamento do novo programa social do governo, o Auxílio Brasil, por meio de uma manobra no cálculo da regra do teto de gastos. A aprovação é vista como positiva pelo mercado, que teme opções piores para as contas públicas caso a PEC não seja aprovada. Segundo o Estadão, o governo ainda negocia possíveis alterações no texto da PEC dos precatórios. 

O revés com a aprovação da PEC dos Precatórios estressou a curva de juros, que cobra seu preço nesses papéis, especialmente os ligados ao varejo e com perspectivas de forte crescimento já embutidas no preço. 

Nesse cenário, as ações da Magazine Luiza (MGLU3) sofrem duras perdas, caindo 10% e liderando as perdas do Ibovespa. Méliuz (CASh3), Locaweb (LWSA3) e Via (VIIA3) caem mais de 9%, 7% e 7%, respectivamente.

Nos Estados Unidos, os principais índices de ações também perderam força, depois de chegarem a subir mais de 1% pela manhã. No radar dos investidores estiveram as falas de Jerome Powell que poderá encerrar as compras de ativos "alguns meses antes" do previsto, abrindo o caminho para altas de juros. Segundo Powell, o movimento seria adequado, já que "a economia está muito forte e as pressões inflacionárias estão mais altas".

Na véspera, Powell já havia causado pressão negativa sobre o preço dos ativos ao afirmar que deveríamos abandonar a palavra "transitória" para falar sobre a inflação.

Dados divulgados nesta manhã também contribuíram para a visão sobre a força da economia americana. Conhecidos como "prévia do payroll", o relatório oficial de empregos não agrícolas, os dados do ADP mostraram a criação de 534.000 empregos privados nos Estados Unidos, em novembro, acima das expectativas de 570.000 novos postos de trabalho.

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