Bolsa oscila entre leves altas e quedas após duas baixas seguidas
Às 11:53, o Ibovespa subia 0,49 %, a 106.575,89 pontos
Reuters
Publicado em 14 de novembro de 2019 às 10h50.
Última atualização em 14 de novembro de 2019 às 12h07.
São Paulo — O Ibovespa arriscava uma sessão de ajuste positivo nesta quinta-feira, após duas quedas consecutivas, em semana encurtada por feriado nacional, com balanços trimestrais ditando o ritmo dos negócios enquanto as negociações comerciais entre EUA e China continuam no radar dos investidores.
Às 11:53, o Ibovespa subia 0,49 %, a 106.575,89 pontos. No acumulado das duas sessões anteriores, o índice recuou 2,13%. O volume financeiro somava 3,854 bilhões de reais.
O setor de consumo sustentava a leve alta do Ibovespa nesta manhã, guiado por bons resultados das empresas da área e uma perspectiva boa para o último trimestre do ano.
A Cielo informou que as vendas do varejo no país avançaram 5,2% em outubro, contra o ano anterior, já descontada a inflação.
"Os indicadores de comércio apontam para um movimento de recuperação cada vez mais disseminado entre os setores", apontou a XP Investimentos em nota, acrescentando que a recuperação das vendas de produtos duráveis continuará sendo um dos principais vetores de crescimento do comércio nos próximos meses.
Nesse sentido, o mercado teve mais ânimo com dados da atividade econômica brasileira, que teve em setembro a segunda alta mensal consecutiva e o melhor desempenho em quatro meses, fechando o trimestre com o resultado mais forte em um ano, conforme sinalizado pelo Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br).
Ainda no cenário nacional, o presidente Jair Bolsonaro afirmou em Brasília que não vai entrar em guerra comercial, em referência às disputas entre Estados Unidos e China, e destacou que o Brasil não tem restrições de parceiros no comércio internacional.
Na mais recente notícia do embate comercial entre as duas maiores economias do mundo, a alfândega da China informou nesta quinta-feira que suspendeu restrições à importação de carne de aves dos Estados Unidos, com efeito imediato.
Mais cedo, o Ministério do Comércio chinês afirmou que o país asiático e os EUA estão mantendo discussões "profundas" sobre a primeira fase de um acordo comercial, e o cancelamento de tarifas é uma condição importante para se chegar a um pacto.
Destaques
- JBS ON perdia 1,8%, após forte início de sessão. A processadora de carne divulgou nesta quinta-feira lucro líquido de 356,7 milhões de reais para o terceiro trimestre, também informando que poderá pagar dividendos extraordinários no longo prazo.
- MAGAZINE LUIZA ON subia 3,3%, em sessão de ajustes após a forte queda da véspera. A varejista tem registrado movimentos bruscos nas últimas sessões. B2W GLOBAL ON ganhava 1,6%.
- ITAÚ UNIBANCO PN tinha alta de 0,6%, com o setor financeiro amparando sobre o índice. BRADESCO PN tinha estabilidade. SANTANDER BR UNT avançava 0,9%.
- MRV ON caía 2,8%, maior queda do índice, marcando sua oitava sessão seguida de baixa. As ações da empresa acumulam desvalorização de 7,85% nos sete pregões anteriores.
- VIA VAREJO ON subia 1,4%, apesar de ter registrado prejuízo operacional líquido de 244 milhões de reais no terceiro trimestre, ampliando resultado negativo de 38 milhões sofrido um ano antes.
- BR MALLS ON ganhava 3%, com a empresa informando que vê tendência de continuidade na demanda dos consumidores nos próximos trimestres com um mês de outubro "muito bom", após reportar lucro ajustado 51% maior no 3º tri.
- NATURA ON valorizava-se 0,3%. A fabricante de comésticos anunciou que seu lucro líquido somou 68,6 milhões de reais no período, queda de 48,4% ante mesma etapa de 2018 e bem abaixo da previsão média de analistas compilada pela Refinitiv, de 145,6 milhões de reais.
- VIVARA NM subia 1,9%, após seu primeiro balanço trimestral como companhia listada. A rede de joalherias teve lucro líquido ajustado de 43 milhões de reais no terceiro trimestre, crescimento de 8,2% na comparação anual.