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Ibovespa cai puxado por Petrobras; CVC lidera perdas após balanço

Produção industrial chinesa e crise no Afeganistão preocupam bolsas globais; investidores locais repercutem últimas divulgações da temporada de resultados

Painel de negociações da B3, a bolsa brasileira | Foto: Germano Lüders/Exame (Germano Lüders/Exame)

Painel de negociações da B3, a bolsa brasileira | Foto: Germano Lüders/Exame (Germano Lüders/Exame)

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Beatriz Quesada

Publicado em 16 de agosto de 2021 às 09h42.

Última atualização em 16 de agosto de 2021 às 15h46.

O Ibovespa opera em forte queda nesta segunda-feira, 16, acompanhando o tom negativo das bolsas globais. Entre os principais pontos de preocupação, estão dados da economia chinesa, redução de estímulos monetários nos Estados Unidos e a crise no Afeganistão. Por aqui, o foco está no final da temporada de balanços e na agenda de Brasília. Às 15h45, o principal índice da B3 recuava 1,71%, aos 119.116 pontos.

Na China, o resultado abaixo do esperado reacendeu as preocupações sobre a retomada da atividade global e os efeitos do avanço de casos de coronavírus na Ásia. Divulgado na noite de domingo, a produção industrial chinesa teve alta anual em julho de apenas 6,4% ante expectativa de crescimento de 7,8%. A China ainda decepcionou em seus dados de vendas do varejo. 

Reagindo aos dados chineses, o índice europeu Stoxx 600 fechou em queda de 0,5%, pondo fim a uma série de dez altas seguidas. Nos Estados Unidos, os índices americanos Dow Jones e S&P 500 reduziram suas perdas, após as farmacêuticas Pfizer e BioNtech apresentaram à FDA (espécie de Anvisa americana) dados para apoiar a terceira dose da vacina. O índice de tecnologia Nasdaq apresenta a maior queda entre os três, recuando 0,40%. 

Com sinalizações de desaceleração da demanda chinesa, a ação da Usiminas (USIM5) despenca 5,2% e da CSN (CSNA3), 3%, após analistas do Itaú BBA rebaixarem a recomendação dos papéis de compra para neutra. A Gerdau (GOAU4) cai 3,22%. Já as ações da Vale (VALE3) sobem 0,4%.

Na bolsa brasileira, as ações da Petrobras (PETR3/PETR4), com o segundo maior peso do Ibovespa, caem mais de 2% o índice para baixo. A desvalorização ocorre em linha com a queda do petróleo brent, referência para a política de preços da estatal. Do mesmo setor, a PetroRio (PRIO3) cai mais de 3%.

A commodity reage à escalada da crise política no Afeganistão após o grupo fundamentalista Talibã tomar a capital, Cabul. O grupo implementou uma rápida campanha militar que conquistou diversas cidades do país após a retirada das forças americanas. “É um momento de muita incerteza para a região do Oriente Médio, que é muito influente na produção de petróleo”, afirma Luís Mollo, analista do BTG Pactual digital.

Destaques de ações

Em um pregão marcado pelo pessimismo, menos de 20 das 84 ações do Ibovespa operam em alta. O olhar dos investidores se volta para os últimos resultados da temporada de balanços do segundo trimestre, que termina amanhã.

Entre as maiores quedas estão as ações da CVC (CVCB3). Os papéis recuam mais de 8% após a empresa divulgar seu balanço do segundo trimestre na última sexta. Com fortes restrições de mobilidade no início do segundo trimestre, a empresa voltou a registrar prejuízo, registrando perdas de 176,2 milhões de reais. 

A Via, que passa a ser negociada hoje sob o ticker (VIIA3), opera em queda de 6,99%. 

Na ponta positiva, a CPFL Energia (CPFE3) sobe 1,74%. No último pregão, a companhia disparou 8,28% na bolsa após informar lucro de 1,1 bilhão de reais. 

Fora do Ibovespa, as ações da Alliar (AALR3) disparam 19,28% após a  Rede D'Or (RDOR3) anunciar oferta de 1,16 bilhão de reais pela compra da empresa de diagnósticos médicos. Os papéis da Rede D’Or caem 1,55%.

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