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Ibovespa fecha no menor nível em 3 meses por PIB

Índice da bolsa recuou 1,75 por cento, a 50.348 pontos, com frustração com o Produto Interno Bruto (PIB)

Telão da Bovespa: giro financeiro do pregão desta terça foi de 6,5 bilhões de reais (Alexandre Battibugli/EXAME)
DR

Da Redação

Publicado em 3 de dezembro de 2013 às 16h53.

São Paulo - O principal índice da Bovespa fechou abaixo dos 51 mil pontos pela primeira vez em três meses nesta terça-feira, com o resultado negativo do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro no terceiro trimestre colaborando para agravar o já pessimista ambiente de negócios no mercado doméstico.

O Ibovespa recuou 1,75 por cento, a 50.348 pontos. O giro financeiro do pregão foi de 6,5 bilhões de reais.

O PIB do Brasil recuou 0,5 por cento entre julho e setembro na comparação com o segundo trimestre, no pior desempenho desde o primeiro trimestre de 2009, afetado sobretudo pela queda dos investimentos e sinalizando que a recuperação da atividade será ainda mais difícil daqui para frente. O resultado contribuiu para que a percepção de risco de investidores em relação ao país se deteriorasse ainda mais em um momento marcado pelo desconforto com a situação das contas públicas e da Petrobras.

Na sexta-feira, a estatal decepcionou investidores ao divulgar reajuste de combustíveis abaixo do esperado e decidir não detalhar sua metodologia de reajuste de preços. As ações da companhia desabaram na véspera, o que permitiu um repique técnico nesta terça-feira, quando os papéis fecharam no azul. Contudo, a decisão sobre a fórmula de precificação continuou repercutindo negativamente. "Um pouco do efeito Petrobras de ontem veio para hoje do ponto de vista da confiança do governo. Depois desse evento, o ambiente de negócios ficou prejudicado.

E hoje o PIB ainda veio abaixo do esperado, o que impacta a bolsa como um todo", afirmou o gestor da Humaitá Investimentos Rafael Barros. Operações automáticas de venda com o objetivo de limitar perdas maiores também foram responsáveis pela baixa da bolsa paulista desta terça, disse Barros. Também contribuiu para a queda do Ibovespa uma pequena realização de lucros no mercado norte-americano.

Depois de ter rompido o nível técnico dos 51.300 pontos na sessão anterior, o Ibovespa tem como próximo suporte o nível dos 49.500 pontos, disse o analista sênior do BB Investimentos, Hamilton Alves.

Dos 72 ativos que compõem o Ibovespa, apenas quatro fecharam no positivo nesta terça-feira, entre eles as preferenciais e ordinárias da Petrobras. As bolsas dos Estados Unidos recuavam em reação a dados do setor industrial e gastos com construção divulgados na segunda-feira, que foram melhores que o esperado, reforçando o argumento para que o banco central do norte-americano retire seus estímulos econômicos antes do esperado. O mercado está de olho no aguardado relatório de emprego nos EUA a ser divulgado na sexta-feira, que será escrutinado por investidores em busca de pistas sobre os próximos passos do Federal Reserve.

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São Paulo - O principal índice da Bovespa fechou abaixo dos 51 mil pontos pela primeira vez em três meses nesta terça-feira, com o resultado negativo do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro no terceiro trimestre colaborando para agravar o já pessimista ambiente de negócios no mercado doméstico.

O Ibovespa recuou 1,75 por cento, a 50.348 pontos. O giro financeiro do pregão foi de 6,5 bilhões de reais.

O PIB do Brasil recuou 0,5 por cento entre julho e setembro na comparação com o segundo trimestre, no pior desempenho desde o primeiro trimestre de 2009, afetado sobretudo pela queda dos investimentos e sinalizando que a recuperação da atividade será ainda mais difícil daqui para frente. O resultado contribuiu para que a percepção de risco de investidores em relação ao país se deteriorasse ainda mais em um momento marcado pelo desconforto com a situação das contas públicas e da Petrobras.

Na sexta-feira, a estatal decepcionou investidores ao divulgar reajuste de combustíveis abaixo do esperado e decidir não detalhar sua metodologia de reajuste de preços. As ações da companhia desabaram na véspera, o que permitiu um repique técnico nesta terça-feira, quando os papéis fecharam no azul. Contudo, a decisão sobre a fórmula de precificação continuou repercutindo negativamente. "Um pouco do efeito Petrobras de ontem veio para hoje do ponto de vista da confiança do governo. Depois desse evento, o ambiente de negócios ficou prejudicado.

E hoje o PIB ainda veio abaixo do esperado, o que impacta a bolsa como um todo", afirmou o gestor da Humaitá Investimentos Rafael Barros. Operações automáticas de venda com o objetivo de limitar perdas maiores também foram responsáveis pela baixa da bolsa paulista desta terça, disse Barros. Também contribuiu para a queda do Ibovespa uma pequena realização de lucros no mercado norte-americano.

Depois de ter rompido o nível técnico dos 51.300 pontos na sessão anterior, o Ibovespa tem como próximo suporte o nível dos 49.500 pontos, disse o analista sênior do BB Investimentos, Hamilton Alves.

Dos 72 ativos que compõem o Ibovespa, apenas quatro fecharam no positivo nesta terça-feira, entre eles as preferenciais e ordinárias da Petrobras. As bolsas dos Estados Unidos recuavam em reação a dados do setor industrial e gastos com construção divulgados na segunda-feira, que foram melhores que o esperado, reforçando o argumento para que o banco central do norte-americano retire seus estímulos econômicos antes do esperado. O mercado está de olho no aguardado relatório de emprego nos EUA a ser divulgado na sexta-feira, que será escrutinado por investidores em busca de pistas sobre os próximos passos do Federal Reserve.

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