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Ibovespa fecha estável e não acompanha alta em NY após ata do Fed

Documento trouxe alívio para investidores do exterior ao indicar manutenção do ritmo de alta dos juros

Painel de negociações da B3 (Germano Lüders/Exame)
BQ

Beatriz Quesada

Publicado em 25 de maio de 2022 às 17h26.

Última atualização em 25 de maio de 2022 às 19h32.

Ibovespa hoje: o principal índice da bolsa brasileira fechou nesta quarta-feira, 25, no zero a zero, com investidores reagindo de forma mista à divulgação da ata da última reunião de política monetária do Federal Reserve (Fed, banco central americano), realizada em 4 de maio.O dia foi de forte volatilidade, com o Ibovespa caindo pela manhã e subindo na parte da parte, acompanhando o mercado americano. Nos últimos minutos do pregão, no entanto, o índice se descolou do exterior e apagou os ganhos.

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A ata do Fed não trouxe muitas novidades em relação ao que foi dito na última reunião, que aumentou a taxa em 0,5 ponto percentual (p.p.). O tom foi duro, porém em linha com o esperado por investidores do exterior, que reagiram positivamente à divulgação. Nos Estados Unidos, os três principais índices fecharam o dia em alta.

O documento mostrou que as autoridades do Fed veem a necessidade de aumentar rapidamente a taxa de juro para conter as recentes pressões inflacionárias. Porém, as elevações devem manter o ritmo de 0,5 p.p., afastando a preocupação de um ajuste mais apertado, de 0,75 p.p., já na próxima reunião.

A expectativa de Gustavo Cruz, estrategista da RB Investimentos, é que ocorram novas altas de 0,5 p.p. em todas as reuniões do ano, encerrando 2022 na faixa de 3,5%. “É um ritmo que fica bem claro após essa ata, alinhando as expectativas”, afirmou.

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O dólar, que caiu por dois dias no mundo após falas da presidente do Banco Central Europeu, Christine Lagarde, voltou a subir ante as moedas desenvolvidas. O Índice Dólar (DXY), que compara o desempenho do dólar ante outras moedas fortes, avançou 0,3%. Ante o real, a moeda americana encerrou o dia em leve alta, após oscilar durante o pregão, chegando a R$ 4,864 na máxima.

Destaques da bolsa

As ações da Petrobras se recuperaram das perdas do último pregão, marcado pela reação de investidores à nova troca de comando na estatal. A alta, no entanto, foi insuficiente para impulsionar o Ibovespa.

Na ponta negativa, as ações de empresas financeiras superam 5% de queda. Grandes bancos, com grande peso no índice, também exerceram pressão contrária neste pregão.

Entre as maiores altas, os destaques ficaram com as ações da Via e da MRV. No caso da construtora, os papéis saltaram após recomendação do Credit Suisse. Os analistas do banco decidiram ainda um novo preço-alvo para a ação, passando de R$ 15 para R$ 16, o que representa um potencial de valorização (upside) de 12%. O valor considera o preço de fechamento da véspera, quando a ação era negociada a R$ 9,40.

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