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Ibovespa fecha em queda pressionado por NY e petróleo

A Bovespa fechou em queda contaminada pelas perdas em Wall Street e da Petrobras diante do declínio do petróleo

Mulher passa em frente a logotipo da Bovespa: Ibovespa caiu 0,3 por cento, a 45.222 pontos (Nacho Doce/Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 7 de dezembro de 2015 às 17h04.

São Paulo - A Bovespa fechou em queda nesta segunda-feira, contaminada pelas perdas em Wall Street e das ações da Petrobras diante do declínio dos preços do petróleo, enquanto permanecem as apreensões com a cena política doméstica.

O noticiário corporativo também ocupou as atenções, com Hypermarcas entre os destaques na ponta positiva, após divulgar estimativa para Ebitda e recompra de ações.

O Ibovespa caiu 0,3 por cento, a 45.222 pontos. Na máxima do dia, o índice de referência do mercado acionário brasileiro avançou 1,76 por cento. O volume financeiro do pregão somou 5,14 bilhões de reais, abaixo da média diária de 2015, de 6,8 bilhões de reais, refletindo o conservadorismo dos investidores com o mercado acionário brasileiro.

Nos Estados Unidos, o índice acionário S&P 500 caía quase 1 por cento, pressionado particularmente pela queda das ações de energia, com os preços do petróleo recuando para a mínima desde 2009.

Profissionais de renda variável citaram que o mercado brasileiro segue sensível à imprevisibilidade do cenário político, em meio ao pedido de abertura do processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff.

O silêncio do vice-presidente Michel Temer sobre o impeachment foi citado por esses profissionais como mais um componente de incerteza. Temer é presidente do PMDB, mesmo partido do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (RJ), que acatou o pedido de abertura de impeachment.

DESTAQUES

=PETROBRAS fechou com queda de 4,39 por cento nas preferenciais e de 5,37 por cento nas ações ordinárias, conforme os preços do petróleo renovaram as mínimas em quase sete anos.

=OI encerrou com as preferenciais em baixa de 5,66 por cento, liderando as perdas do Ibovespa, após o Tribunal de Contas da União (TCU) barrar a assinatura do termo de ajustamento de conduta (TAC) que está sendo negociado entre a operadora de telecomunicações e a Anatel, conforme reportagem do jornal Valor Econômico.

=GOL caiu 1,43 por cento, em sessão marcada pela previsão de queda nas decolagens no mercado doméstico da empresa aérea no primeiro semestre de 2016, bem como encontro da companhia com investidores, onde listou medidas ligadas à eficiência, que devem gerar economia de 300 milhões de reais.

=HYERMARCAS subiu 3,44 por cento, após uma série de divulgações, incluindo estimativa de Ebitda para 2016 de 1,1 bilhão de reais e programa de recompra de 5 milhões de ações. Para o Goldman Sachs, a previsão do Ebitda parecia "forte" se comparada com a estimativa que vinha discutindo com investidores, da ordem de 850 milhões a 900 milhões de reais sem os negócios de cosméticos e fraldas.

=CETIP saltou 5,16 por cento, maior alta percentual do índice, após a BM&FBovespa afirmar que a recusa da maior central depositária de títulos da América Latina sobre sua proposta de união será "oportunamente avaliada" pelo Conselho de Administração.

=BTG PACTUAL, que não está no Ibovespa, caiu 9,47 por cento, fechando na mínima e renovando menor cotação de sua história, a 17,58 reais, enquanto segue a apreensão sobre o rumo do grupo financeiro após a prisão do seu ex-acionista controlador e fundador, André Esteves. Desde a fatídica quarta-feira de 25 de novembro, o papel já caiu 43 por cento. O Goldman Sachs cortou o preço-alvo dos papéis para 23,70 reais, ante 30,2 reais, citando a perspectiva incerta sobre a liquidez e a disponibilidade de financiamento à instituição.

=BRASIL PHARMA, também ausente do índice, desabou 24,57 por cento. Agentes financeiros estão atentos a desdobramentos ligados a uma oferta pública de ações com esforços restritos entre 400 milhões e 600 milhões de reais anunciada em meados de novembro pela companhia de varejo farmacêutico, que é controlada pelo BTG Pactual.

=VIA VAREJO, que também não faz parte do Ibovespa, disparou 14,41 por cento, após aditamento de contrato com o Bradesco para pagamento de 550 milhões de reais pelo banco à varejista de móveis e eletroeletrônicos para antecipação de comissões.

Texto atualizado às 18h04

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São Paulo - A Bovespa fechou em queda nesta segunda-feira, contaminada pelas perdas em Wall Street e das ações da Petrobras diante do declínio dos preços do petróleo, enquanto permanecem as apreensões com a cena política doméstica.

O noticiário corporativo também ocupou as atenções, com Hypermarcas entre os destaques na ponta positiva, após divulgar estimativa para Ebitda e recompra de ações.

O Ibovespa caiu 0,3 por cento, a 45.222 pontos. Na máxima do dia, o índice de referência do mercado acionário brasileiro avançou 1,76 por cento. O volume financeiro do pregão somou 5,14 bilhões de reais, abaixo da média diária de 2015, de 6,8 bilhões de reais, refletindo o conservadorismo dos investidores com o mercado acionário brasileiro.

Nos Estados Unidos, o índice acionário S&P 500 caía quase 1 por cento, pressionado particularmente pela queda das ações de energia, com os preços do petróleo recuando para a mínima desde 2009.

Profissionais de renda variável citaram que o mercado brasileiro segue sensível à imprevisibilidade do cenário político, em meio ao pedido de abertura do processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff.

O silêncio do vice-presidente Michel Temer sobre o impeachment foi citado por esses profissionais como mais um componente de incerteza. Temer é presidente do PMDB, mesmo partido do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (RJ), que acatou o pedido de abertura de impeachment.

DESTAQUES

=PETROBRAS fechou com queda de 4,39 por cento nas preferenciais e de 5,37 por cento nas ações ordinárias, conforme os preços do petróleo renovaram as mínimas em quase sete anos.

=OI encerrou com as preferenciais em baixa de 5,66 por cento, liderando as perdas do Ibovespa, após o Tribunal de Contas da União (TCU) barrar a assinatura do termo de ajustamento de conduta (TAC) que está sendo negociado entre a operadora de telecomunicações e a Anatel, conforme reportagem do jornal Valor Econômico.

=GOL caiu 1,43 por cento, em sessão marcada pela previsão de queda nas decolagens no mercado doméstico da empresa aérea no primeiro semestre de 2016, bem como encontro da companhia com investidores, onde listou medidas ligadas à eficiência, que devem gerar economia de 300 milhões de reais.

=HYERMARCAS subiu 3,44 por cento, após uma série de divulgações, incluindo estimativa de Ebitda para 2016 de 1,1 bilhão de reais e programa de recompra de 5 milhões de ações. Para o Goldman Sachs, a previsão do Ebitda parecia "forte" se comparada com a estimativa que vinha discutindo com investidores, da ordem de 850 milhões a 900 milhões de reais sem os negócios de cosméticos e fraldas.

=CETIP saltou 5,16 por cento, maior alta percentual do índice, após a BM&FBovespa afirmar que a recusa da maior central depositária de títulos da América Latina sobre sua proposta de união será "oportunamente avaliada" pelo Conselho de Administração.

=BTG PACTUAL, que não está no Ibovespa, caiu 9,47 por cento, fechando na mínima e renovando menor cotação de sua história, a 17,58 reais, enquanto segue a apreensão sobre o rumo do grupo financeiro após a prisão do seu ex-acionista controlador e fundador, André Esteves. Desde a fatídica quarta-feira de 25 de novembro, o papel já caiu 43 por cento. O Goldman Sachs cortou o preço-alvo dos papéis para 23,70 reais, ante 30,2 reais, citando a perspectiva incerta sobre a liquidez e a disponibilidade de financiamento à instituição.

=BRASIL PHARMA, também ausente do índice, desabou 24,57 por cento. Agentes financeiros estão atentos a desdobramentos ligados a uma oferta pública de ações com esforços restritos entre 400 milhões e 600 milhões de reais anunciada em meados de novembro pela companhia de varejo farmacêutico, que é controlada pelo BTG Pactual.

=VIA VAREJO, que também não faz parte do Ibovespa, disparou 14,41 por cento, após aditamento de contrato com o Bradesco para pagamento de 550 milhões de reais pelo banco à varejista de móveis e eletroeletrônicos para antecipação de comissões.

Texto atualizado às 18h04
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