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Ibovespa fecha em queda guiado por recuo de 4,5% de Itaú após balanço

O desfecho da reunião do banco central dos Estados Unidos não teve efeito significativo na direção dos negócios, uma vez que ficou dentro das expectativas

Ibovespa: índice caiu 1,82 por cento, a 84.547 pontos (Patricia Monteiro/Bloomberg)

Ibovespa: índice caiu 1,82 por cento, a 84.547 pontos (Patricia Monteiro/Bloomberg)

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Reuters

Publicado em 2 de maio de 2018 às 17h23.

Última atualização em 2 de maio de 2018 às 17h35.

São Pauo - O principal índice de ações da B3 fechou em queda nesta quarta-feira na volta do feriado, com o declínio de quase 5 por cento de Itaú Unibanco respondendo pela maior pressão de baixa após resultado trimestral, que não entusiasmou o mercado.

O Ibovespa caiu 1,82 por cento, a 84.547 pontos. O volume financeiro do pregão somou 11,633 bilhões de reais.

O amplamente monitorado desfecho da reunião do banco central dos Estados Unidos não teve efeito significativo na direção dos negócios, uma vez que ficou dentro das expectativas, de acordo com profissionais da área de renda variável.

O Fed manteve a taxa de juros nesta quarta-feira e expressou confiança de que o recente aumento da inflação para nível próximo à meta de 2 por cento será sustentado, mantendo o curso para elevar os custos de empréstimo em junho.

"Não houve alterações relevantes na redação do comunicado do Federal Reserve quanto ao cenário, quando comparado ao texto da reunião em março, quando subiu o juro", disse o gestor Marco Tulli Siqueira, da mesa de operações de Bovespa da Coinvalores.

O mercado está atento à inflação norte-americana e declarações do Fed nesse sentido, dado o seu potencial efeito no aperto monetário nos Estados Unidos, que poderia afetar o fluxo de recursos destinados a mercados emergentes, como o Brasil.

Incertezas sobre a trajetória dos preços nos EUA e seu efeito no ritmo de alta dos juros norte-americanos estão entre os fatores citados por estrategistas para um tom mais cauteloso para as ações brasileiras em maio.

A sessão também foi marcada por ajustes ao movimento de ADRs (recibo de ação negociado nos Estados Unidos) brasileiros na véspera, quando Wall Street operou normalmente, mas a B3 ficou fechada em razão do Dia do Trabalho.

Destaques

- ITAÚ UNIBANCO PN caiu 4,49 por cento, mesmo após lucro líquido recorrente de 6,419 bilhões de reais no primeiro trimestre. Para analistas, o desempenho ficou, de modo geral, dentro das expectativas, mas foi ajudado pela performance de tesouraria, o que "tirou um pouco o brilho" do resultado. Ao mesmo tempo, a carteira de grandes empresas mostrou piora na inadimplência e executivos não descartaram dar mais crédito a companhias que acertarem leniência. No ano, contudo, a ação do Itaú sobe quase 20 por cento.

- PETROBRAS PN caiu 1,61 por cento e PETROBRAS ON encerrou com variação negativa de 0,24 por cento, respectivamente, após queda de mais de 2 por cento de seus ADRs na véspera, tendo ainda como pano de fundo o comportamento sem viés definido dos preços do petróleo no mercado internacional nesta sessão.

- RD ON perdeu 4,04 por cento, após analistas do JPMorgan cortarem a recomendação das ações para 'neutra' e reduzirem o preço-alvo para 73 reais ante 86 reais anteriormente. A rede de varejo farmacêutico divulga resultado nesta quarta-feira, após o fechamento do mercado, e a expectativa de analisas é de números relativamente fracos.

- CSN ON subiu 1,48 por cento, enquanto USIMINAS PNA caiu 0,64 por cento, revertendo os ganhos do começo da sessão, e GERDAU PN caiu 2,46 por cento, tendo no radar novos desdobramentos sobre a imposição de sobretaxas nas importações norte-americanas de aço e alumínio, com o governo brasileiro negando acordo com os EUA sobre a questão e lamentando a decisão unilateral de Washington de criar cotas de exportação ao país.

- VALE ON fechou com variação positiva de 0,08 por cento, ajudada pelo avanço do preço do minério de ferro à vista na China.

- SUZANO ON subiu 3,39 por cento, entre as poucas altas da sessão. Analistas do Santander elevaram a recomendação das ações da fabricante de papel e celulose para 'compra'. "A incorporação da Fibria elevou a Suzano a um patamar de competitividade acima de seus pares", escreveram em relatório a clientes Renato Maruichi e equipe.

- ELETROBRAS ON avançou 4,46 por cento e ELETROBRAS PNB subiu 2,19 por cento, após declaração do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), de que aguarda o "sinal verde" da base governista para colocar em votação projeto que trata da privatização da companhia, conforme noticiado pelo site de notícias G1. A Eletrobras também assinou memorando para encerrar ação coletiva nos EUA.

 

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