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Ibovespa fecha em queda contaminado por EUA e petróleo

Índice de referência do mercado acionário brasileiro caiu 0,47%, a 85.269,29 pontos

Ibovespa: ações da Petrobras tiveram as maiores pressões diante do forte declínio dos preços do petróleo no exterior (Paulo Whitaker/Reuters)
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Reuters

Publicado em 20 de dezembro de 2018 às 18h16.

Última atualização em 20 de dezembro de 2018 às 19h03.

São Paulo - A bolsa paulista fechou em queda nesta quinta-feira, sucumbindo ao viés negativo dos pregões em Wall Street , com as ações da Petrobras entre as maiores pressões diante do forte declínio dos preços do petróleo no exterior.

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa caiu 0,47 por cento, a 85.269,29 pontos, após subir 1,06 por cento na máxima, no começo da sessão. O volume financeiro somou 16,247 bilhões de reais.

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Em Nova York, o S&P 500 perdia mais de 1 por cento, ainda reflexo da frustração no mercado com a decisão do Federal Reserve na véspera de seguir com o plano de alta adicional dos juros nos próximos dois anos, além de balanços.

"Os ajustes no comunicado (do Fed)... não foram suficientes para o mercado", destacou o analista Jasper Lawler, do London Capital Group, em nota a clientes, ressaltando que agentes no mercados aguardavam uma sinalização "muito mais dovish".

Na véspera, o banco central norte-americano elevou o juro para a faixa de 2,25 a 2,5 por cento, mas reduziu o número de altas esperadas para 2019 e estimou desaceleração da economia norte-americana, embora ainda a considere saudável.

Destaques

- PETROBRAS PN caiu 3,42 por cento, maior peso negativo no Ibovespa, conforme os preços do petróleo recuaram cerca de 5 por cento no mercado externo, em meio a preocupações sobre excesso de oferta e demanda de energia. PETROBRAS ON cedeu 2,42 por cento.

- USIMINAS PNA e GERDAU PN recuaram 4,64 e 3,96 por cento, respectivamente, com papéis de siderúrgicas também na ponta negativa do Ibovespa, enquanto receios sobre o ritmo do crescimento global abrem espaço para vendas no setor. CSN caiu 3,35 por cento.

- CIELO fechou em baixa de 4,54 por cento, anulando a recuperação no mês, conforme permanecem as preocupações sobre o efeito do aumento da competição e de novos entrantes nos resultados da maior empresa de meios de pagamentos do país. Em 2018, os papéis acumulam perda de 57,4 por cento.

- ITAÚ UNIBANCO PN fechou com variação negativa de 0,03 por cento e BRADESCO PN valorizou-se 0,53 por cento, abandonando o tom mais positivo dado o recuo nas bolsas em Nova York.

- VALE cedeu 0,4 por cento, também revertendo os ganhos do começo da sessão, conforme o cenário externo negativo prevaleceu.

- CEMIG PN fechou em alta de 3,92 por cento, tendo alcançado máxima intradia desde agosto de 2014 no melhor momento da sessão, a 13,87 reais. No ano, o ganho alcança 109,3 por cento, com os papéis apoiados principalmente em expectativa de privatização da elétrica pelo novo governo de Minas Gerais.

- B2W subiu 3,12 por cento, um dia após a varejista realizar encontro com analistas. Betina Roxo, analista da XP Investimentos, reiterou recomendação de compra após o evento, com preço-alvo de 43 reais. No setor, VIA VAREJO cedeu 1,72 por cento e MAGAZINE LUIZA subiu 0,53 por cento.

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