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Ibovespa fecha em queda com NY e cautela eleitoral

Perdas nas bolsas de Nova York reduziu boa parte dos ganhos durante a semana; mercado brasileiro continua de olho em Bolsonaro

Ibovespa: mercado encerrou em baixa de 0,77%, a 83.031,27 pontos, conforme dados preliminares (Paulo Whitaker/Reuters)
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Reuters

Publicado em 11 de outubro de 2018 às 17h19.

Última atualização em 11 de outubro de 2018 às 18h10.

São Paulo - O Ibovespa fechou em queda nesta quinta-feira, contaminado mais uma vez por fortes perdas nas bolsas em Nova York, movimento que reduziu boa parte dos ganhos da semana, que foram apoiados particularmente na percepção do mercado de que Jair Bolsonaro , do PSL, é o candidato favorito no segundo turno da eleição presidencial.

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa encerrou em baixa de 0,91 por cento, a 82.921,08 pontos. O volume financeiro no pregão somou 15 bilhões de reais.

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Na semana mais curta pelo feriado de Nossa Senhora Aparecida, o índice acumulou alta de 0,73 por cento.

Na máxima desta sessão, o Ibovespa chegou a subir 1,3 por cento, em meio à repercussão positiva de pesquisas que endossaram apostas de favoritismo de Bolsonaro na disputa, notadamente a do Datafolha, em ele aparece com 58 por cento dos votos válidos, contra 42 por cento de Fernando Haddad (PT).

A deterioração em Wall Street e alguma cautela diante do feriado no Brasil na sexta-feira, quando os mercados globais funcionam normalmente, porém, acabaram minando a tentativa de melhora local, após o Ibovespa recuar 2,8 por cento na véspera.

"Os últimos dias foram de forte oscilação tanto no mercado brasileiro como em Nova York. Dado o feriado no país amanhã e algum risco do noticiário político, o mercado acaba adotando um ritmo mais defensivo", afirmou o operador Alexandre Soares, da BGC Liquidez DTVM.

Profissionais da área de renda variável também citaram influência no pregão de operações relacionadas ao vencimento de opções sobre ações na segunda-feira na bolsa paulista, uma vez que papéis com relevante peso no Ibovespa figuram entre as séries mais líquidas do exercício.

Nos Estados Unidos, o índice acionário S&P 500 encerrou em baixa de 2,06 por cento, com investidores preocupados com o aumento dos juros e na expectativa de impacto negativo dos conflitos comerciais sobre os resultados corporativos, dando continuidade à forte correção negativa já registrada na véspera.

Destaques

- PETROBRAS PN fechou em queda de 2,92 por cento, conforme os preços do petróleo ampliaram a queda no exterior, em meio a forte aversão a risco nos mercados globais na parte da tarde. O Brent encerrou o pregão em queda de 3,41 por cento, 80,26 dólares o barril. Apesar da queda, as ações preferenciais da petroleira ainda acumulam alta de quase 20 por cento no mês.

- BANCO DO BRASIL recuou 0,4 por cento, ITAÚ UNIBANCO PN perdeu 1,19 por cento e BRADESCO PN recuou 0,59 por cento, contaminados pela piora generalizada no mercado. SANTANDER BRASIL UNIT também sentiu a piora do humor e cedeu 1,03 por cento.

- ELETROBRAS ON caiu 4,78 por cento e ELETROBRAS PNB recuou 2,28 por cento, em sessão volátil para os papéis. Na véspera, Bolsonaro reiterou em entrevista à TV Record ser contrário a privatizações no setor elétrico. No mês, os papéis ON e PNB da elétrica estatal acumulam respectivamente ganhos de 27,1 e 28,8 por cento.

- MAGAZINE LUIZA valorizou-se 4,91 por cento, com papéis do setor de varejo entre as maiores altas, após dados mais fortes do que o esperado nas vendas do varejo em agosto, que subiram 1,3 por cento frente a julho e 4,1 por cento em relação a agosto de 2017.

- VALE valorizou-se 1,06 por cento, ajudando a atenuar a pressão vendedora sobre o Ibovespa, uma vez que tem sido considerada um 'hedge' para o recente período de volatilidade política. O presidente-executivo da mineradora, Fabio Schvartsman, também afirmou ao jornal Financial Times que conseguiu reduzir a dívida e irá focar no aumento do retorno dos acionistas.

- RD caiu 5,98 por cento liderando as perdas do Ibovespa. A companhia realiza encontro com investidores nesta quinta-feira. Na véspera, estrategistas do UBS excluíram as ações da rede de varejo farmacêutico de seu portfólio para América Latina.

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