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Ibovespa fecha em queda com exterior, balanços, pesquisa e vencimentos

O principal índice da B3 caiu 1,94 por cento, a 77.077,99 pontos, após alta nas duas sessões anteriores

Ibovespa: giro financeiro do pregão somou 23,2 bilhões de reais (Patricia Monteiro/Bloomberg)
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Reuters

Publicado em 15 de agosto de 2018 às 17h08.

Última atualização em 15 de agosto de 2018 às 17h51.

São Paulo - O Ibovespa fechou em queda de quase 2 por cento nesta quarta-feira, pressionado pelo viés negativo no mercado internacional, com nova bateria de resultados corporativos e pesquisa eleitoral também ocupando a atenção dos investidores na bolsa paulista.

O principal índice da B3 caiu 1,94 por cento, a 77.077,99 pontos, após alta nas duas sessões anteriores. O giro financeiro do pregão somou 23,2 bilhões de reais, em sessão com vencimentos de opções sobre o Ibovespa e do índice futuro.

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"Os movimentos são reflexos do quadro externo desfavorável para ativos de risco, além do mau humor das commodities nesta sessão", afirmou a Guide Investimento, em nota a clientes.

Preocupações com o fortalecimento do dólar, a crise na Turquia e tensões comerciais globais voltaram o apetite dos investidores nas praças financeiras ao redor do mundo nesta sessão. Em Wall Street, o S&P 500 recuou 0,76 por cento.

O índice MSCI de ações de mercados emergentesentrou em um patamar técnico considerado baixista, com a queda acumulada desde a máxima intradia no ano no final de janeiro alcançando cerca de 20 por cento nesta quarta-feira.

O noticiário doméstico, por sua vez, além de balanços, trouxe pesquisa eleitoral mostrando o candidato do PSDB, Geraldo Alckmin, de perfil que mais agrada o mercado, ainda patinando na disputa eleitoral, o que endossou o viés mais defensivo nos negócios.

A campanha eleitoral começa oficialmente nesta quinta-feira, com os programas na televisão e rádio tendo início a partir do próximo dia 31. Para alguns analistas, a partir de agora será possível ter visão melhor sobre a disputa.

Destaques

- KROTON recuou 7,08 por cento, após queda de 12,8 por cento no lucro líquido ajustado do segundo trimestre ante igual período de 2017, refletindo mais gastos operacionais e despesas com vendas e marketing, bem como provisões maiores com inadimplência. A empresa vê um cenário macroeconômico ainda desafiador no segundo semestre e em 2019, o que deve seguir influenciando negativamente os indicadores de evasão e as provisões de perdas com inadimplência de alunos (PDD).

- ESTÁCIO caiu 6,99 por cento, apesar de divulgar alta de 42,5 por cento no lucro do segundo trimestre em relação ao mesmo intervalo de 2017. Em teleconferência, executivos do grupo de ensino afirmaram ver dificuldades macroeconômicas, mas que a companhia deve colher resultados de eficiência operacional no segundo semestre.

- MARFRIG perdeu 6,42 por cento, mesmo após o desempenho operacional das operações continuadas medido pelo Ebitda ajustado subir 199 por cento, para 461 milhões de reais de abril e junho, com analistas considerando o resultado confuso e chamando atenção para o endividamento, além da ausência de anúncio sobre a Keystone. Executivos afirmaram que a venda da unidade deve ser anunciada no máximo nas próximas semanas.

- QUALICORP cedeu 5,07 por cento, mesmo após a administradora de planos de saúde divulgar na véspera que teve lucro consolidado de 88,6 milhões de reais no segundo trimestre, 24 por cento maior do que o de um ano antes. A empresa afirmou que vê um segundo semestre melhor com oferta de planos mais baratos.

- BB SEGURIDADE avançou 4,35 por cento, tendo de pano de fundo melhora na recomendação por analistas do Credit Suisse, de "neutra" para "outperform".

- JBS subiu 2,8 por cento, após o grupo de alimentos divulgar Ebitda ajustado de 4,24 bilhões de reais no segundo trimestre, alta de 12,8 por cento ano a ano. O grupo afirmou que sua unidade Seara deve seguir repassando aumentos de custos de grãos para os preços no terceiro trimestre, bem como sinalizou expectativa otimista sobre margens da operação de carne bovina no Brasil.

- PETROBRAS PN recuou 4,65 por cento, na esteira do declínio dos preços do petróleo após dados do governo norte-americano mostraram alta semanal inesperado nos estoques domésticos do produto.

- VALE cedeu 4,45 por cento, com os contratos futuros de minério de ferro caindo na China ao piso em mais de uma semana, em meio a receios sobre efeito na demanda a partir de limites na produção de aço naquele país. O preço do minério de ferro à vista recuou.

- BRADESCO PN e ITAÚ UNIBANCO PN caíram 1,2 e 0,67 por cento, respectivamente.

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