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Ibovespa fecha em alta com Bradesco e Vale

O principal índice da Bovespa fechou em alta com as ações de Bradesco e Vale entre os maiores suportes

Bovespa: Ibovespa subiu 3,11 por cento, a 40.821 pontos (Paulo Fridman/Bloomberg News)
DR

Da Redação

Publicado em 4 de fevereiro de 2016 às 17h51.

São Paulo - O principal índice da Bovespa fechou em alta de 3 por cento nesta quinta-feira, no segundo pregão consecutivo no azul, com as ações do banco Bradesco e da mineradora Vale entre os maiores suportes.

O Ibovespa subiu 3,11 por cento, a 40.821 pontos. Na máxima da sessão, o índice chegou a avançar 4,7 por cento, superando os 41 mil pontos. O volume financeiro somou 7,34 bilhões de reais.

Profissionais do mercado financeiro citaram alguma entrada de estrangeiros, mas atribuíram o movimento principalemente a ajustes técnicos, com empresas e setores que vinham sofrendo bastante na bolsa apresentando forte recuperação. "Os ativos de risco estão no meio de um processo acentuado e agressivo de ajuste de posições. A dinâmica dos ativos locais, na nossa visão, é o maior exemplo disso", destacou a Icatu Vanguarda.

"A qualidade da alta do Ibovespa, por exemplo, é uma outra indicação desse ajuste técnico, com empresas e setores menos favorecidos pelo cenário econômico --e, portanto, pelo mercado-- apresentando forte recuperação" acrescentou Para a equipe da gestora não há mudanças significativas de fundamentos que justifiquem o tamanho desse movimento, "mas parece cedo para afirmar até onde irá este ajuste".

Profissionais ouvidos pela Reuters também destacam que, dada a elevada exposição vendida de investidores no mercado acionário brasileiro, mesmo movimentos de zeragem de posições têm um impacto significativo no pregão.

Como pano de fundo estão ainda especulações de manutenção da oferta de dinheiro e de manutenção de juro perto de mínimas históricas no exterior, o que favoreceria o refinanciamento a custos menores e estimularia o apetite a risco.

DESTAQUES

- VALE fechou com as preferenciais de classe A com valorização de 11,35 por cento, maior ganho percentual desde novembro de 2008, enquanto as ações ordinárias saltaram 14,76 por cento, maior ganho desde janeiro de 1999. O movimento foi favorecido por nova alta dos preços do minério de ferro na China, bem como recomendação da mesa de negociações do Credit Suisse para reduzir a posição vendida nas ações. No ano, porém, a queda nas duas classes da papéis ainda supera 20 por cento. - GERDAU avançou 10,48 por cento, capitaneando os expresivos ganhos do setor siderúrgico como um todo. As empresas do segmento têm elevado nível de endividamento e poderiam se beneficiar de recursos externos a preços mais baratos, dada a oferta maior de dinheiro se confirmadas as expectativas de manutenção de juros nos Estados Unidos e na Europa perto das mínimas históricas. CSN subiu 9,76 por cento.

- PETROBRAS acompanhou a melhora do humor e encerrou com as preferenciais em alta de 5,35 por cento e as ordinárias avançando 7,93 por cento, apesar da volatilidade dos preços do petróleo no exterior, que fecharam em queda. O JPMorgan cortou a recomendação para as ações da companhia para "underweight", ante "neutra", e reduziu os preços-alvos, preferindo aguardar clareza sobre a dívida da companhia.

- KROTON avançou 7,14 por cento e ESTÁCIO subiu 4,1 por cento, em nova sessão de ganhos para ações do setor de educação, beneficiado por acordo do governo sobre créditos em atraso do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) de 2015. Fora do Ibovespa, ANIMA saltou 17,14 por cento.

- BRADESCO foi o principal suporte para a alta do Ibovespa, com as preferenciais ganhando 5,45 por cento, ainda reagindo ao anúncio de cancelamento de operação de aumento de capital de 3 bilhões de reais por meio de subscrição particular de ações. Na véspera, o Conselho de Administração propôs aumento de capital social com reservas de lucros e bonificação de ações. As ações ordinárias dispararam 6,68 por cento, na maior alta desde outubro de 2014. ITAÚ UNIBANCO subiu apenas 1,45 por cento, ainda afetado pela avaliação negativa de agentes financeiros sobre as perspectivas divulgas pelo banco nesta semana. - TIM PARTICIPAÇÕES ganhou 4,43 por cento antes da divulgação do resultado trimestral, previsto para esta quinta-feira.

- LOJAS RENNER, que divulga balanço do quarto trimestre também nesta quinta, perdeu 1,6 por cento, entre as poucas quedas do Ibovespa.

Texto atualizado às 18h50

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São Paulo - O principal índice da Bovespa fechou em alta de 3 por cento nesta quinta-feira, no segundo pregão consecutivo no azul, com as ações do banco Bradesco e da mineradora Vale entre os maiores suportes.

O Ibovespa subiu 3,11 por cento, a 40.821 pontos. Na máxima da sessão, o índice chegou a avançar 4,7 por cento, superando os 41 mil pontos. O volume financeiro somou 7,34 bilhões de reais.

Profissionais do mercado financeiro citaram alguma entrada de estrangeiros, mas atribuíram o movimento principalemente a ajustes técnicos, com empresas e setores que vinham sofrendo bastante na bolsa apresentando forte recuperação. "Os ativos de risco estão no meio de um processo acentuado e agressivo de ajuste de posições. A dinâmica dos ativos locais, na nossa visão, é o maior exemplo disso", destacou a Icatu Vanguarda.

"A qualidade da alta do Ibovespa, por exemplo, é uma outra indicação desse ajuste técnico, com empresas e setores menos favorecidos pelo cenário econômico --e, portanto, pelo mercado-- apresentando forte recuperação" acrescentou Para a equipe da gestora não há mudanças significativas de fundamentos que justifiquem o tamanho desse movimento, "mas parece cedo para afirmar até onde irá este ajuste".

Profissionais ouvidos pela Reuters também destacam que, dada a elevada exposição vendida de investidores no mercado acionário brasileiro, mesmo movimentos de zeragem de posições têm um impacto significativo no pregão.

Como pano de fundo estão ainda especulações de manutenção da oferta de dinheiro e de manutenção de juro perto de mínimas históricas no exterior, o que favoreceria o refinanciamento a custos menores e estimularia o apetite a risco.

DESTAQUES

- VALE fechou com as preferenciais de classe A com valorização de 11,35 por cento, maior ganho percentual desde novembro de 2008, enquanto as ações ordinárias saltaram 14,76 por cento, maior ganho desde janeiro de 1999. O movimento foi favorecido por nova alta dos preços do minério de ferro na China, bem como recomendação da mesa de negociações do Credit Suisse para reduzir a posição vendida nas ações. No ano, porém, a queda nas duas classes da papéis ainda supera 20 por cento. - GERDAU avançou 10,48 por cento, capitaneando os expresivos ganhos do setor siderúrgico como um todo. As empresas do segmento têm elevado nível de endividamento e poderiam se beneficiar de recursos externos a preços mais baratos, dada a oferta maior de dinheiro se confirmadas as expectativas de manutenção de juros nos Estados Unidos e na Europa perto das mínimas históricas. CSN subiu 9,76 por cento.

- PETROBRAS acompanhou a melhora do humor e encerrou com as preferenciais em alta de 5,35 por cento e as ordinárias avançando 7,93 por cento, apesar da volatilidade dos preços do petróleo no exterior, que fecharam em queda. O JPMorgan cortou a recomendação para as ações da companhia para "underweight", ante "neutra", e reduziu os preços-alvos, preferindo aguardar clareza sobre a dívida da companhia.

- KROTON avançou 7,14 por cento e ESTÁCIO subiu 4,1 por cento, em nova sessão de ganhos para ações do setor de educação, beneficiado por acordo do governo sobre créditos em atraso do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) de 2015. Fora do Ibovespa, ANIMA saltou 17,14 por cento.

- BRADESCO foi o principal suporte para a alta do Ibovespa, com as preferenciais ganhando 5,45 por cento, ainda reagindo ao anúncio de cancelamento de operação de aumento de capital de 3 bilhões de reais por meio de subscrição particular de ações. Na véspera, o Conselho de Administração propôs aumento de capital social com reservas de lucros e bonificação de ações. As ações ordinárias dispararam 6,68 por cento, na maior alta desde outubro de 2014. ITAÚ UNIBANCO subiu apenas 1,45 por cento, ainda afetado pela avaliação negativa de agentes financeiros sobre as perspectivas divulgas pelo banco nesta semana. - TIM PARTICIPAÇÕES ganhou 4,43 por cento antes da divulgação do resultado trimestral, previsto para esta quinta-feira.

- LOJAS RENNER, que divulga balanço do quarto trimestre também nesta quinta, perdeu 1,6 por cento, entre as poucas quedas do Ibovespa.

Texto atualizado às 18h50
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