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Ibovespa fecha em alta após PMDB fechar questão pela Previdência

No fim da tarde, o PMDB fechou questão a favor da reforma, em reunião da Executiva Nacional do partido

B3: "Os investidores estão focadas nos partidos que querem fechar questão" (Patricia Monteiro/Bloomberg)

B3: "Os investidores estão focadas nos partidos que querem fechar questão" (Patricia Monteiro/Bloomberg)

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Reuters

Publicado em 6 de dezembro de 2017 às 18h40.

São Paulo - O principal índice da bolsa paulista terminou em alta nesta quarta-feira, com a renovação dos ânimos em torno da reforma da Previdência prevalecendo no fim dos negócios depois que o PMDB fechou questão a favor da medida.

O Ibovespa encerrou em alta de 1 por cento, a 73.268 pontos. O giro financeiro somou cerca de 8,5 bilhões de reais.

O pregão foi marcado por volatilidade, com o índice trocando de sinal algumas vezes antes de firmar-se no azul, enquanto o mercado monitorava as articulações do governo do presidente Michel Temer para tentar levar a proposta de reforma da Previdência à votação na Câmara dos Deputados em primeiro turno ainda este ano.

No fim da tarde, o PMDB fechou questão a favor da reforma, em reunião da Executiva Nacional do partido. Saindo da reunião, o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, disse acreditar que a decisão possa influenciar outros partidos da base.

O presidente da legenda e líder do governo no Senado, Romero Jucá (RR), disse que os parlamentares do partido que votarem contra a proposta serão punidos, embora a punição não tenha sido definida para "não parecer que é uma ameaça".

"Os investidores estão focadas nos partidos que querem fechar questão e em saber se a reforma vai para votação este ano ou não", disse o sócio analista da Eleven Financial, Raphael Figueredo.

O mercado segue atento às negociações em Brasília e a volatilidade deve persistir no mercado até que se tenha mais clareza sobre o avanço da reforma. Nesta quarta-feira, considerada como "Dia D", o Palácio do Planalto e aliados querem definir qual o real apoio dos deputados da base aliada para votar em primeiro turno, na próxima semana, a nova versão da reforma da Previdência na Câmara dos Deputados.

Pela manhã, após café da manhã com Temer e líderes da base aliada, o relator da proposta, deputado Arthur Oliveira Maia (PPS-BA), disse que há entre 290 e 310 votos favoráveis à reforma, enquanto o também vice-líder do governo, deputado Beto Mansur (PRB-SP), colocou o apoio à PEC em cerca de 260 votos. O governo precisa de 308 votos para aprovar a proposta na Câmara.

Destaque

- FIBRIA ON avançou 6,47 por cento, liderando a ponta positiva do índice, com uma visão mais positiva para a empresa após encontro na véspera com investidores e analistas, no qual a Fibria destacou a alta dos investimentos para aumento de capacidade e a possibilidade de fusões. Segundo analistas do BTG Pactual, que recomendam a compra do papel, a empresa ainda citou que a perspectiva segue promissora para o mercado de celulose. SUZANO PAPEL E CELULOSE ON subiu 6 por cento, na esteira das visões positivas para o setor.

- PETROBRAS PN teve alta de 1,37 por cento e PETROBRAS ON ganhou 0,5 por cento, firmando-se no azul apesar do recuo dos preços do petróleo no mercado internacional. No radar estava a aprovação pela Câmara dos Deputados da medida provisória que cria um regime tributário especial adicional para atividades de exploração, desenvolvimento e produção de petróleo e gás.

- ELETROBRAS ON subiu 0,95 por cento e ELETROBRAS PNB avançou de 2,17 por cento, revertendo as perdas observadas mais cedo e mantendo a volatilidade que tem sido frequente em razão do processo de privatização da empresa. O tom mais favorável ganhou respaldo da notícia publicada pelo jornal O Estado de S.Paulo de que a Eletrobras avalia captação externa no começo de 2018. Conforme analistas da Guide Investimentos, a captação seria positiva por contribuir para a redução do custo do endividamento.

- VALE ON recuou 0,72 por cento, acompanhando o movimento negativo dos contratos futuros do minério de ferro na China.

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