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Ibovespa devolve alta por bancos, que ofuscam ganhos da Vale

Índice devolvia ganhos nesta quarta-feira, após o Morgan Stanley rebaixar a recomendação de bancos brasileiros

Operadores na Bovespa: às 13h04, o Ibovespa caía 0,54 por cento, a 55.673 pontos (Germano Lüders/EXAME)
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Da Redação

Publicado em 16 de julho de 2014 às 14h12.

São Paulo - O principal índice da Bovespa não resistia à pressão de ações do setor financeiro e devolvia ganhos nesta quarta-feira, após o Morgan Stanley rebaixar a recomendação de bancos brasileiros, embora Vale avançasse influenciada por dados da China.

Às 13h04, o Ibovespa caía 0,54 por cento, a 55.673 pontos. O giro financeiro do pregão era de cerca de 3,16 bilhões de reais.

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Bradesco e Itaú Unibanco caíam mais de 2 por cento. Em relatório o Morgan Stanley cortou a recomendação dos papéis do Bradesco de "overweight" para "underweight", e Itaú passou de "equalweight" para "underweight".

O Morgan disse que chegou "a hora de vender ações de bancos" brasileiros, já que espera uma mudança no cenário para os resultados do setor nos próximos 12 meses, num momento em que as provisões das instituições crescem e a taxa básica do juro deve permanecer estável.

Assim, o avanço firme das ações da Vale, que tem na China o principal mercado de suas exportações, era ofuscado.

O PIB da China cresceu 7,5 por cento no segundo trimestre ante mesma etapa de 2013, ligeiramente acima das expectativas, após alta de 7,4 por cento no primeiro trimestre. Segundo o economista Silvio Campos, da Tendências Consultoria, o cenário externo está positivo nesta quarta, mas os últimos ganhos da Bovespa impedem uma alta maior.

"Os dados (da China) foram bons. O cenário externo é positivo, mas aqui já tivemos valorizações (na bolsa) com expectativas por pesquisas eleitorais. Com a alta dos últimos dias, é normal a acomodação", disse ele.

Nos dois primeiros dias da semana, o Ibovespa acumulou ganho superior a 2 por cento.

Outro destaque positivo era Oi, registrando a maior alta do índice, após acordo anunciado mais cedo para revisão dos termos da fusão com a Portugal Telecom.

A Portugal Telecom foi forçada a aceitar um corte de sua fatia na fusão com a Oi, após uma holding da família Espírito Santo ter falhado em pagar mais de 1 bilhão de dólares que devia à empresa portuguesa. A revisão dos termos da fusão com a Oi reflete os crescentes problemas do clã Espírito Santo, outrora uma das principais dinastias de negócios da Europa.

Para analistas do Itaú BBA, o anúncio é positivo para os acionistas da Oi. "A Portugal Telecom irá assumir todo o risco relacionado à dívida da Rioforte e os acionistas da Oi serão protegidos. Então, acreditamos que esse acordo é mais benéfico para os acionistas da Oi do que para os da Portugal Telecom", afirmaram em nota a clientes.

ALL tinha a maior queda do Ibovespa, após a empresa de ferrovias divulgar que teve geração de caixa praticamente estável no segundo trimestre, com as operações ferroviárias afetadas por cenário de difícil demanda, o que prejudicou os volumes transportados.

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