Invest

Ibovespa cai para mínima do ano e fica no vermelho pelo 5º mês consecutivo

Índice acompanhou quedas nas bolsas internacionais após fala de Powell e ameça da ômicron

Ibovespa recuou ao menor patamar do ano | Foto: Ricardo Moraes/Reuters (Ricardo Moraes/Reuters)

Ibovespa recuou ao menor patamar do ano | Foto: Ricardo Moraes/Reuters (Ricardo Moraes/Reuters)

BQ

Beatriz Quesada

Publicado em 30 de novembro de 2021 às 18h34.

Última atualização em 30 de novembro de 2021 às 19h09.

O Ibovespa encerrou novembro no pior patamar do ano de 2021. O principal índice da B3 fechou o último pregão em queda de 0,87%, aos 101.917 pontos, e chegou a retornar ao patamar dos 100.000 pontos na mínima da sessão.

Com o resultado de hoje, o índice acumula queda de 1,52% em novembro. Esta é a quinta queda mensal consecutiva do Ibovespa, que passa a registrar a maior sequência de meses no vermelho desde o primeiro semestre de 2013. No ano, o índice recua 14,4%.

Com o sobe e desce do mercado, seu dinheiro não pode ficar exposto. Aprenda como investir melhor.

O dia já começou negativo, com investidores temerosos com o avanço da variante ômicron, que, a propósito, acaba de ser identificada no Brasil. No entanto, o que realmente derrubou o Ibovespa foi a virada dos índices americanos, que fecharam o dia em fortes quedas de quase 2%. O Dow Jones caiu 1,86%, o S&P 500 recuou 1,9% e o Nasdaq fechou em baixa de 1,55%. 

O motivo da queda acentuada foi o depoimento de Jerome Powell, presidente do Federal Reserve (Fed, banco central dos Estados Unidos), ao Senado americano. Powell admitiu que os riscos de alta da inflação aumentaram e disse que era hora de parar de usar a palavra “transitório” para descrever o aumento generalizado de preços. O presidente do Fed também disse que seria adequado acelerar o processo de redução de compra de ativos (tapering).

As iniciativas devem enxugar a liquidez global e aumentar o sentimento de aversão a risco, pressionando as bolsas ao redor do mundo e castigando ainda mais os mercados emergentes.

A bolsa brasileira só não caiu mais porque contou com um alívio na última hora de pregão: a notícia de que a PEC dos Precatórios será votada ainda hoje. O texto abre espaço para o pagamento do Auxílio Brasil, e — embora os novos gastos sejam prejudiciais para as contas públicas — a aprovação da PEC é vista como positiva pelo mercado, que teme alternativas ainda piores caso a proposta não seja aprovada.

Destaques da bolsa

Espelhando o movimento no exterior, as maiores quedas do dia ficaram com os papéis que mais podem ser prejudicados com um cenário global de alta das taxas de juro. Locaweb (LWSA3) e Méliuz (CASH3) lideraram as perdas com respectivas quedas de 10,09% e 9,12%. 

No terreno positivo, o destaque ficou com a alta de 4,35% da Yduqs (YDUQ3) que acompanhou a disparada de 26,36% das ações da concorrente Ânima (ANIM3), que opera fora do Ibovespa. Os papéis da Ânima reagiram ao acordo da companhia para vender 25% de sua subsidiária Inspiralli, vertical de educação médica da companhia, por 1 bilhão de reais para a DNA Capital.

Acompanhe tudo sobre:AçõesIbovespa

Mais de Invest

PIS/Pasep 2024 pode ser sacado até sexta-feira; veja quem tem direito

Airbnb lida com regulamentações de aluguel para expandir operação em diversos continentes

Mega da Virada: a um mês do sorteio, saiba como apostar e concorrer ao maior prêmio da loteria

Receita Federal libera consulta ao último lote residual de restituição do IRPF em 2024