Ibovespa cai mais de 3% após notícias sobre impeachment
O pregão brasileiro já vinha pressionado desde a abertura devido à queda nos preços de commodities
Da Redação
Publicado em 9 de maio de 2016 às 12h37.
São Paulo - O principal índice da Bovespa chegou a recuar mais de 3% nesta segunda-feira, pressionado pela decisão do presidente interino da Câmara dos Deputados de anular o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff.
O pregão brasileiro já vinha pressionado desde a abertura pela queda nos preços de commodities no exterior após dados fracos sobre comércio exterior na China no fim de semana.
Às 12h31, o Ibovespa caía 2,48%, a 50.433,53 pontos. Na mínima até momento, caiu 3,5%, abaixo de 50 mil pontos. O volume financeiro do pregão somava 3,19 bilhões de reais.
"Todo mundo já estava discutindo a equipe de um governo de Michel Temer e agora voltamos ao ponto de largada. É um retrocesso", disse o chefe da mesa de renda variável da corretora de um banco estrangeiro em São Paulo.
Mais cedo, a equipe da corretora Coinvalores ponderou em nota a clientes que o afastamento da presidente já estava, em boa medida, precificado pelo mercado, chamando atenção justamente para a formação da equipe de Temer.
Nesta semana, considerada decisiva para a política brasileira, o Senado deveria começar a votar na quarta-feira a abertura do processo de impeachment de Dilma.
Destaques
PETROBRAS tinha as preferenciais caindo 8,2%, na esteira do noticiário político e também pressionada pelo recuo dos preços do petróleo.
BANCO DO BRASIL desabava 3,6%, também contaminada pela notícia de anulação do impachment na Câmara, com banco scomo um todo recuando na Bovespa.
VALE tinha as ações ordinárias derretendo 9,4% e as preferenciais em baixa de 7,8%, após queda do minério de ferro e dados piores do que o esperado de exportações e importações na China.
USIMINAS perdia 11,2%, com siderúrgicas em geral também afetadas pelo noticiário da China, que ainda mostrou queda nos preços do aço diante de preocupações com a demanda da segunda maior economia do mundo.
JBS caía 5,1%, afetada pelo noticiário do fim de semana, quando o jornal O Globo publicou que a mulher do marqueteiro João Santana, Monica Moura, afirmou a procuradores que a JBS pagou caixa dois à campanha de reeleição de Dilma Rousseff. A JBS negou as informações.
SUZANO PAPEL E CELULOSE subia 1,9%, amparada na disparada do dólar ante o real, que também beneficiava FIBRIA, em alta de 1,7%. A Suzano ainda elevou o preço de celulose branqueada de eucalipto na Ásia para 540 dólares na sexta-feira.
BB SEGURIDADE caía 1,6% na esteira do recuo do Banco do Brasil, antes da divulgação de resultado trimestral, após o fechemnto do pregão nesta segunda-feira. O papel acumula em maio queda de quase 8%.
ELETROPAULO, que não está no Ibovespa, caía 4% após divulgar queda anual de quase 35% no lucro do primeiro trimestre, para 30,5 milhões de reais.
Matéria atualizada às 12h37
São Paulo - O principal índice da Bovespa chegou a recuar mais de 3% nesta segunda-feira, pressionado pela decisão do presidente interino da Câmara dos Deputados de anular o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff.
O pregão brasileiro já vinha pressionado desde a abertura pela queda nos preços de commodities no exterior após dados fracos sobre comércio exterior na China no fim de semana.
Às 12h31, o Ibovespa caía 2,48%, a 50.433,53 pontos. Na mínima até momento, caiu 3,5%, abaixo de 50 mil pontos. O volume financeiro do pregão somava 3,19 bilhões de reais.
"Todo mundo já estava discutindo a equipe de um governo de Michel Temer e agora voltamos ao ponto de largada. É um retrocesso", disse o chefe da mesa de renda variável da corretora de um banco estrangeiro em São Paulo.
Mais cedo, a equipe da corretora Coinvalores ponderou em nota a clientes que o afastamento da presidente já estava, em boa medida, precificado pelo mercado, chamando atenção justamente para a formação da equipe de Temer.
Nesta semana, considerada decisiva para a política brasileira, o Senado deveria começar a votar na quarta-feira a abertura do processo de impeachment de Dilma.
Destaques
PETROBRAS tinha as preferenciais caindo 8,2%, na esteira do noticiário político e também pressionada pelo recuo dos preços do petróleo.
BANCO DO BRASIL desabava 3,6%, também contaminada pela notícia de anulação do impachment na Câmara, com banco scomo um todo recuando na Bovespa.
VALE tinha as ações ordinárias derretendo 9,4% e as preferenciais em baixa de 7,8%, após queda do minério de ferro e dados piores do que o esperado de exportações e importações na China.
USIMINAS perdia 11,2%, com siderúrgicas em geral também afetadas pelo noticiário da China, que ainda mostrou queda nos preços do aço diante de preocupações com a demanda da segunda maior economia do mundo.
JBS caía 5,1%, afetada pelo noticiário do fim de semana, quando o jornal O Globo publicou que a mulher do marqueteiro João Santana, Monica Moura, afirmou a procuradores que a JBS pagou caixa dois à campanha de reeleição de Dilma Rousseff. A JBS negou as informações.
SUZANO PAPEL E CELULOSE subia 1,9%, amparada na disparada do dólar ante o real, que também beneficiava FIBRIA, em alta de 1,7%. A Suzano ainda elevou o preço de celulose branqueada de eucalipto na Ásia para 540 dólares na sexta-feira.
BB SEGURIDADE caía 1,6% na esteira do recuo do Banco do Brasil, antes da divulgação de resultado trimestral, após o fechemnto do pregão nesta segunda-feira. O papel acumula em maio queda de quase 8%.
ELETROPAULO, que não está no Ibovespa, caía 4% após divulgar queda anual de quase 35% no lucro do primeiro trimestre, para 30,5 milhões de reais.
Matéria atualizada às 12h37