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Ibovespa avança em linha com as altas em NY; Sabesp dispara 10%

Novo secretário do estado de São Paulo, Rodrigo Maia reacende esperança de privatização da companhia paulista de saneamento

Bolsa de valores | Foto: Paulo Whitaker/Reuters (Paulo Whitaker/Reuters)

Bolsa de valores | Foto: Paulo Whitaker/Reuters (Paulo Whitaker/Reuters)

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Guilherme Guilherme

Publicado em 20 de agosto de 2021 às 10h32.

Última atualização em 20 de agosto de 2021 às 16h26.

O Ibovespa avança nesta sexta-feira, 20, acompanhando as altas do mercado americano, e deixando de lado as novas tensões políticas entre Planalto e o Supremo Tribunal Federal (STF). Às 16h20, o principal índice da B3 sobe sobe 0,74%, aos 111.090 pontos.

No mercado americano, o S&P 500 sobe 0,75% e o Nasdaq, 1,07%, se recuperando das perdas desencadeadas pelo maior apoio à redução de estímulos monetários dentro do Federal Reserve. Na Europa, onde as bolsas vinham em queda desde o fim da madrugada, o Stoxx 600 entrou no campo positivo, acompanhando a melhora do mercado americano.

No radar dos investidores, ainda seguem as preocupações com a variante delta e seus potenciais efeitos econômicos. Outro ponto de atenção é o aperto regulatório da China. Nesta madrugada, o governo local aprovou nova lei de proteção de dados sobre empresas privadas, o que foi interpretado como mais uma punição ao ascendente setor de tecnologia chinês. Na bolsa de Hong Kong, o Alibaba, um dos maiores símbolos da nova economia chinesa, caiu 2,6%.

No Brasil, investidores também ficam atentos às últimas movimentações do presidente Jair Bolsonaro, que, na última noite, entrou com pedido no STF para proibir a corte de abrir investigações sem o aval do Ministério Público. No mercado, a concepção é de que esses atritos são desnecessários e contraproducentes diante do tamanho dos problemas fiscais. "Há um atrito cada vez maior entre o Bolsonaro e o STF. Os três poderes estão cada vez mais separados", diz Davi Lelis, especialista da Valor Investimentos.

Destaques de ações

Na bolsa, as ações da Vale (VALE3), com a maior participação do Ibovespa, contribuem para o leve movimento de alta, subindo 0,51%. A valorização é impulsionada pela recuperação do minério de ferro, que subiu 6% em Singapura, após ter afundado mais de 10% na madrugada anterior.

Apesar da desvalorização do minério de ferro, analistas do BTG Pactual Digital veem o patamar atual de 138 dólares por tonelada como muito saudável para as projeções de longo prazo da Vale. "Nosso preço para a Vale é de um minério de ferro perto de 70 dólares para o longo prazo. Ou seja, ainda tem lenha para queimar", disse Vitor Melo, analista do BTG Pactual Digital, na “Abertura de Mercado” desta sexta. 

Na liderança do Ibovespa, a Sabesp (SBSP3) dispara 10,8%, após Rodrigo Maia, novo secretário de Projetos e Ações Estratégicas do estado de São Paulo, afirmar que pretende deixar encaminhada uma possível concessão ou privatização da companhia. 

Com a melhora do ambiente externo, investidores passaram a aumentar posições em algumas das ações que mais sofreram com as recentes quedas da bolsa. Cogna (COGN3) e CVC (CVCB3), que vinham de fortes baias, sobem mais de 4% e 3%, respectivamente.

Na ponta negativa, a Petrobras (PETR3/PETR4) é a principal pressão negativa do índice, com as ações caindo 0,7% e 1,01%, respectivamente. O papel acompanha a sétima queda consecutiva do petróleo no mercado internacional, com investidores temerosos que a variante delta afete a demanda pela commodity. Nesta sexta-feira, o petróleo Brent recua 2,06% enquanto o WTI tem quedas de 2,26%.

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