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Ibovespa cai após melhor semana desde outubro de 2011

O giro financeiro do pregão foi de 13,3 bilhões de reais, inflado pelo vencimento de opções sobre ações, que movimentou 4,8 bilhões de reais


	Sede da Bovespa: o giro financeiro do pregão foi de 13,3 bilhões de reais, inflado pelo vencimento de opções sobre ações,
 (Reuters)

Sede da Bovespa: o giro financeiro do pregão foi de 13,3 bilhões de reais, inflado pelo vencimento de opções sobre ações, (Reuters)

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Da Redação

Publicado em 17 de setembro de 2012 às 18h43.

São Paulo - A <strong><a href="https://exame.com.br/topicos/bovespa" target="_blank">Bovespa</a></strong> encerrou os negócios desta segunda-feira em queda, com investidores realizando lucros após um rali que fez o principal índice brasileiro de ações registrar sua maior alta semanal desde outubro de 2011.</p>

Numa sessão instável, o Ibovespa se firmou em queda na etapa final do pregão e fechou em baixa de 0,48 por cento, a 61.805 pontos. No intradia, o índice oscilou entre alta de 0,94 por cento e queda de 0,89 por cento.

O giro financeiro do pregão foi de 13,3 bilhões de reais, inflado pelo vencimento de opções sobre ações, que movimentou 4,8 bilhões de reais --dos quais 4,4 bilhões de reais em opções de compra.

"A tendência de longo prazo para a Bovespa é de alta, mas vemos hoje uma correção técnica, com o mercado embolsando parte dos lucros após sete pregões de ganhos", disse o analista gráfico da Ativa Corretora no Rio de Janeiro, Gilberto Coelho.

Segundo ele, o Ibovespa pode registrar novos movimentos de realização nos próximos pregões, para patamar próximo de 60 mil pontos, para então voltar a subir.

Na semana passada, o Ibovespa acumulou alta de 6,5 por cento, no maior avanço semanal desde o fim de outubro de 2011, depois que o lançamento de nova rodada de estímulos monetários nos Estados Unidos reforçou o apetite por ativos de risco.


Mesmo antes disso, os mercados já reagiam bem ao sinal verde dado pela corte alemã ao plano de compra de títulos pelo Banco Central Europeu e a um pacote de estímulos na China.

"Uma avalanche de boas notícias na semana passada pegou o mercado sobrevendido", disse o superintendente da CGD Securities em São Paulo, Raffi Dokuzian. "Agora essas coisas precisam se materializar para consolidar essa alta recente." Nesta sessão, pesaram no Ibovespa o recuo das ações ordinárias da PDG Realty, com queda de 6,9 por cento, a 3,91 reais, e dos papéis preferenciais da Usiminas, que recuaram 3,53 por cento, a 11,49 reais.

Dentre as petroleiras, OGX caiu 0,62 por cento, a 6,46 reais, e a preferencial da Petrobras teve queda de 0,21 por cento, a 23,25 reais, em sessão em que os futuros de petróleo caíram mais de 2 por cento em Nova York.

Já a preferencial da mineradora Vale fechou em alta de 0,93 por cento, a 38,05 reais.

O setor de energia elétrica também ajudou a segurar o recuo do Ibovespa na sessão, mostrando recuperação após o forte tombo da semana passada, quando o governo anunciou as novas regras de renovação das concessões. Destaque para Cteep, que subiu 7,84 por cento, a 34,65 reais.

Nos mercados externos, o dia também foi de realização de lucros após o forte rali recente. Em Wall Street, o índice Dow Jones caiu 0,3 por cento. Mais cedo, o principal índice europeu de ações fechou em baixa de 0,32 por cento.

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