Ibovespa cai 2,74%, com investidores realizando lucros
O Ibovespa fechou em queda de 2,74 por cento, a 55.038 pontos
Da Redação
Publicado em 22 de maio de 2012 às 18h29.
São Paulo - A Bovespa caiu forte nesta terça-feira, em dia de realização de lucros, após dois pregões seguidos de alta, com investidores reagindo a um pacote de medidas de estímulo ao consumo no Brasil e as incertezas sobre o futuro da zona do euro.
O Ibovespa fechou em queda de 2,74 por cento, a 55.038 pontos. O giro financeiro do pregão foi de 7,54 bilhões de reais. Com isso, o índice acumula queda de 11 por cento em maio e caminha para registrar o pior desempenho mensal desde outubro de 2008, quando o Ibovespa encolheu 25 por cento.
"Além de realização após a forte alta do índice e das incertezas no cenário externo, as medidas anunciadas ontem pelo governo geraram desconforto e azedaram o humor do investidores", disse Sérgio Machado, sócio-gestor na Vetorial Asset. O mercado antecipou na segunda-feira as medidas de estímulo, o que ajudou o Ibovespa a subir 3,8 por cento na sessão.
Mas o pacote anunciado na véspera pelo ministro da Fazenda Guido Mantega, após o fechamento do mercado, ficou aquém do esperado por alguns agentes, segundo operadores, principalmente por deixar de fora o setor de construção civil. A ação da PDG Realty despencou 11,34 por cento, a 2,97 reais, liderando as perdas do índice, seguida por Gafisa , que caiu 9,9 por cento, a 2,64 reais.
Rossi teve queda de 9,31 por cento, a 5,16 reais. O pacote inclui medidas para estimular o consumo e os setores de bens de capital e automotivo, por meio da redução de Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para automóveis e acordos com bancos para reduzir os juros e ampliar o prazo dos financiamentos. Localiza recuou 7,66 por cento, a 29,66 reais.
O diretor financeiro e de relações com investidores da companhia, Roberto Mendes, afirmou que a redução do IPI não terá impacto sobre o caixa da Localiza. Em relatório, o Itaú BBA avaliou o pacote como negativo para a empresa, pois as vendas de carros usados devem ser afetadas pelas medidas. O comportamento das commodities, com o índice referencial recuando 1,14 por cento na sessão, pesou sobre o desempenho das blue chips. OGX desabou 9,4 por cento, a 11,18 reais.
A preferencial da Petrobras recuou 3,38 por cento, a 19,71 reais, enquanto a preferencial da Vale caiu 1,14 por cento, a 36,43 reais. Em sentido oposto, Sabesp teve a maior alta do Ibovespa, com avanço de 1,96 por cento, a 71,22 reais, seguida pela transmissora de energia Cteep, que subiu 1,71 por cento, a 63,50 reais.
Em Wall Street, o Dow Jones fechou praticamente estável, com variação negativa de 0,01 por cento, após passar a maior parte do pregão no azul. Mais cedo, o índice que reúne as principais ações da Europa fechou com alta de 1,91 por cento.
"As eleições na Grécia, que ocorrerão dia 17, são uma incógnita, temos um impasse muito grande e enquanto isso não se resolver, a volatilidade continuará sendo a tônica dos mercados", disse Machado. (Por Danielle Assalve; Edição de Aluísio Alves)
São Paulo - A Bovespa caiu forte nesta terça-feira, em dia de realização de lucros, após dois pregões seguidos de alta, com investidores reagindo a um pacote de medidas de estímulo ao consumo no Brasil e as incertezas sobre o futuro da zona do euro.
O Ibovespa fechou em queda de 2,74 por cento, a 55.038 pontos. O giro financeiro do pregão foi de 7,54 bilhões de reais. Com isso, o índice acumula queda de 11 por cento em maio e caminha para registrar o pior desempenho mensal desde outubro de 2008, quando o Ibovespa encolheu 25 por cento.
"Além de realização após a forte alta do índice e das incertezas no cenário externo, as medidas anunciadas ontem pelo governo geraram desconforto e azedaram o humor do investidores", disse Sérgio Machado, sócio-gestor na Vetorial Asset. O mercado antecipou na segunda-feira as medidas de estímulo, o que ajudou o Ibovespa a subir 3,8 por cento na sessão.
Mas o pacote anunciado na véspera pelo ministro da Fazenda Guido Mantega, após o fechamento do mercado, ficou aquém do esperado por alguns agentes, segundo operadores, principalmente por deixar de fora o setor de construção civil. A ação da PDG Realty despencou 11,34 por cento, a 2,97 reais, liderando as perdas do índice, seguida por Gafisa , que caiu 9,9 por cento, a 2,64 reais.
Rossi teve queda de 9,31 por cento, a 5,16 reais. O pacote inclui medidas para estimular o consumo e os setores de bens de capital e automotivo, por meio da redução de Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para automóveis e acordos com bancos para reduzir os juros e ampliar o prazo dos financiamentos. Localiza recuou 7,66 por cento, a 29,66 reais.
O diretor financeiro e de relações com investidores da companhia, Roberto Mendes, afirmou que a redução do IPI não terá impacto sobre o caixa da Localiza. Em relatório, o Itaú BBA avaliou o pacote como negativo para a empresa, pois as vendas de carros usados devem ser afetadas pelas medidas. O comportamento das commodities, com o índice referencial recuando 1,14 por cento na sessão, pesou sobre o desempenho das blue chips. OGX desabou 9,4 por cento, a 11,18 reais.
A preferencial da Petrobras recuou 3,38 por cento, a 19,71 reais, enquanto a preferencial da Vale caiu 1,14 por cento, a 36,43 reais. Em sentido oposto, Sabesp teve a maior alta do Ibovespa, com avanço de 1,96 por cento, a 71,22 reais, seguida pela transmissora de energia Cteep, que subiu 1,71 por cento, a 63,50 reais.
Em Wall Street, o Dow Jones fechou praticamente estável, com variação negativa de 0,01 por cento, após passar a maior parte do pregão no azul. Mais cedo, o índice que reúne as principais ações da Europa fechou com alta de 1,91 por cento.
"As eleições na Grécia, que ocorrerão dia 17, são uma incógnita, temos um impasse muito grande e enquanto isso não se resolver, a volatilidade continuará sendo a tônica dos mercados", disse Machado. (Por Danielle Assalve; Edição de Aluísio Alves)