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Ibovespa cai 0,34% e dólar renova maior valor desde maio

Ação da Via Varejo voltou a ter forte queda e já acumula perdas de 20,25% desde quarta-feira passada

Ibovespa apresentava alta pela manha, mas movimento se inverteu ao longo do dia (Amanda Perobelli/Reuters)
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Guilherme Guilherme

Publicado em 19 de agosto de 2019 às 17h46.

Última atualização em 19 de agosto de 2019 às 18h35.

Com os principais indicadores das bolsas asiáticas em alta e sinais de estímulos econômicos por parte daAlemanha e da China, a expectativa era de melhora para os mercados. Na manhã desta segunda-feira (19) o dólar amanheceu em baixa e o Ibovespa abriu com ganhos, ultrapassando a marca dos 100 mil pontos. A situação, no entanto, virou ao longo do dia.

O Ibovespa fechou em queda de 0,34%, a 99.468,67 pontos, pressionado pela baixa dos bancos. Já o dólar avançou 1,599% e foi a 4,0677 reais, o valor mais alto desde maio, após ter alcançado 4,07 reais na máxima do dia.

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No campo das ações, os papéis da Via Varejo caíram pelo quarto dia seguido, em baixa de 5,48%. Desde quarta-feira (14), a empresa já perdeu 20,45% de seu valor de mercado. O movimento de queda teve início na véspera da divulgação do balanço do 2º trimestre, em que a Via Varejo registrou prejuízo líquido de 154 milhões de reais.

Os papéis da Petrobras , por outro lado, subiram de 0,5% em dia de alta do preço do petróleo no cenário internacional. Analistas têm pontuado que o sinal de menor tensão comercial entre Estados Unidos e China pode aumentar o consumo da commodity, o que se reflete no preço do petróleo.

Assim como na sexta-feira (16), a ação da empresa responsável pela bolsa de valores de São Paulo, a B3, subiu 2,25%. O movimento de alta ocorreu após a empresa informar maior volume de negociação em sua plataforma.

No exterior, bolsas da Europa e dos Estados Unidos fecharam o dia no verde, com os principais índices das bolsas de Frankfurt e Londres subindo 1,32% e 1,02%, respectivamente. Nos Estados Unidos, os índices S&P 500, Dow Jones e Nasdaq Composite tiveram respectivas altas de 1,21%,  0,96% e 1,35%.

Para economistas contatados pela Reuters, os comentários de uma autoridade do Federal Reserve podem ter feito com que o cenário positivo externo não tenha influenciado positivamente o principal índice do mercado brasileiro.

Em Nova York, o presidente do Fed de Boston, Eric Rosengren, disse que as condições econômicas dos EUA ainda são boas e que uma política de estímulo monetário (corte de juros) poderia encorajar um endividamento preocupante.

"O comentário colocou um ponto de interrogação sobre a continuidade da política de corte. Com a continuidade sendo posta em dúvida, a chance dos capitais estrangeiros virem para nossa bolsa se torna mais diminuta" disse à Reuters o analista Ilan Arbetman, da Ativa Investimentos.

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