São Paulo - A Bovespa caminhava nesta sexta-feira para fechar a semana no azul, em meio à trégua na aversão a risco no ambiente financeiro global, com as ações da Petrobras entre os principais componentes positivos para o viés ascendente da sessão.

Às 11h46, o Ibovespa subia 0,86 por cento, a 48.910 pontos, sinalizando uma alta de cerca de 2 por cento na semana.

O volume financeiro na bolsa no dia somava 861 milhões de reais.

As ações da Petrobras avançavam quase 3 por cento cada, com o petróleo em alta somando-se às expectativas de mudanças da diretoria da estatal, que está no centro de um escândalo de corrupção. Nomes de executivos do setor privado têm sido citados como possíveis cotados para assimir a companhia. "Esta contratação seria o primeiro passo no caminho para a recuperação", escreveu em nota a clientes o ex-diretor do Banco Central Mario Mesquita, que hoje comanda a área de economia do Banco Brasil Plural.

Notícias corporativas também corroboravam o tom benigno no pregão desta sexta-feira, entre elas o anúncio de recompra da ações da BRF, que fez os papéis da empresa de alimentos disparar mais de 3 por cento na abertura. As ações de Itaú e Bradesco também retomavam os ganhos, após novas especulações sobre eventual retorno da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) justificarem realização de lucros nos papéis.

Gol experimentava nova sessão de ganhos, mesmo com a alta dos preços do petróleo e leve valorização do dólar. A recebeu melhora na recomendação pelo Credit Suisse, para "outperform", com preço-alvo em 20 reais. Já o setor de siderurgia experimentava mais uma sessão no vermelho, agora incluindo Gerdau, após ganhos fortes no início da semana, particularmente de Usiminas e CSN.

Fora do Ibovespa, as ações da Anima Educação avançavam mais de 9 por cento após anunciar acordo para unir suas operações com as da norte-americana Whitney University System no Brasil.

No exterior, o índice MSCI de mercados emergentes avançava 0,88 por cento, referenando o quadro de menor aversão a risco, após a Rússia conseguir controlar a queda do rublo com a venda de dólares de suas reservas e o Federal Reserve afirmar que será "paciente" para elevar as taxas de juros.