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Ibovespa avança após abertura de processo de impeachment

A sessão na bolsa paulista tinha como pano de fundo o exterior favorável e bateria de balanços corporativos locais


	Bovespa: a sessão na bolsa paulista tinha como pano de fundo o exterior favorável e bateria de balanços corporativos locais
 (Nacho Doce/Reuters)

Bovespa: a sessão na bolsa paulista tinha como pano de fundo o exterior favorável e bateria de balanços corporativos locais (Nacho Doce/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 12 de maio de 2016 às 11h01.

São Paulo - O principal índice da Bovespa avançava nesta quinta-feira, após o Senado aprovar a abertura do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff e afastá-la do cargo, com o vice Michel Temer assumindo interinamente.

A sessão na bolsa paulista tinha como pano de fundo o exterior favorável e uma bateria de balanços e notícias corporativas locais.

Às 10:36 no horário de Brasília, o Ibovespa subia 1,46%, a 53.534 pontos.

O volume financeiro era de 694 milhões de reais.

Os senadores deram aval à abertura do processo por 55 votos a favor e 22 contra. Com o resultado, Dilma fica afastada da Presidência da República por até 180 dias, enquanto é julgada, o que pode resultar no seu afastamento definitivo.

"A votação, com 55 votos a favor, sinaliza que Temer terá apoio no Congresso e que a probabilidade de Dilma voltar é muito remota", disse a Guide Investimentos.

O entendimento no mercado é de que, apesar dos desafios ainda significativos para a economia brasileira, a mudança do comando do país abre espaço para perspectivas mais favoráveis no longo prazo.

Um dos políticos mais próximos a Temer disse à Reuters que ele anunciará nesta tarde medidas para equilibrar as contas públicas e criar novos empregos.

No exterior, Wall Street abriu em alta, com o S&P 500 valorizando-se 0,42%.

Destaques

PETROBRAS tinha as preferenciais em alta de 1,27%, apesar da volatilidade dos preços do petróleo e diante de perspectivas relacionadas ao afastamento da presidente Dilma.

BANCO DO BRASIL tinha variação negativa de 0,39%, reduzindo perdas iniciais provocadas pelo resultado trimestral fraco, com saldo em provisões.

A pressão vendedora era limitada pela decisão do Senado de afastar Dilma. ITAÚ UNIBANCO e BRADESCO subiam 1,5 e 1,12%, respectivamente.

JBS subia 14,35%, mesmo após divulgar prejuízo líquido de 2,741 bilhões de reais no primeiro trimestre devido a perdas com proteção cambial, com as atenções também voltadas para planos de reorganização corporativa anunciados na quarta-feira à noite.

KROTON avançava 1,33%, após reportar resultado trimestral com alta anual de mais de 60% no lucro líquido e estimar aumento de 5,9% do Ebitda ajustado pró-forma em 2016 sobre 2015.

ESTÁCIO se beneficiava do movimento, com alta de 2,11%.

SMILES avançava 2,65%, na esteira do salto de 12,5% nas ações da sua controladora Gol , que não está no Ibovespa, após a companhia aérea divulgar o primeiro lucro trimestral após quatro anos de prejuízos consecutivos.

O presidente da Gol, Paulo Kakinoff, disse ainda que a oferta de troca de bônus denominados em dólar feita pela empresa é "não negociável".

CSN tinha acréscimo de 2,11%, em sessão positiva para o setor siderúrgico, tendo no radar balanço com prejuízo e alta de alavancagem, além de decisão judicial suspendendo reunião do Conselho de Administração da rival Usiminas e eleição de conselheiros da CSN na empresa.

QUALICORP ganhava 1,93%, após informar lucro de 198,3 milhões de reais no primeiro trimestre, acima do resultado positivo de 44,7 milhões obtido no mesmo período do ano passado.

TIM mostrava acréscimo de 2,47%, apesar da queda de 60% no lucro líquido no primeiro trimestre, para 128 milhões de reais.

VIA VAREJO, que não faz parte do Ibovespa, subia 7,65%, após celebrar memorando de entendimentos com os termos e condições para a potencial integração da varejista de eletrônicos, eletrodomésticos e móveis com os negócios de comércio eletrônico da Cnova Brasil.

Matéria atualizada às 11h01

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