Exame Logo

Ibovespa acumula queda de 3,35% na semana e fecha abaixo dos 95 mil pontos

Bolsa fechou a sexta-feria com baixa de mais de 1% em véspera de feriado prolongado

Ibovespa: Bolsa fechou em queda nesta sexta-feira (Patricia Monteiro/Bloomberg)
R

Reuters

Publicado em 1 de março de 2019 às 18h13.

Última atualização em 1 de março de 2019 às 18h30.

O Ibovespa fechou em queda nesta sexta-feira, descolado de praças acionárias no exterior, tendo Petrobras entre as maiores pressões de baixa na esteira do recuo do petróleo e refletindo posições mais cautelosas antes de fim de semana prolongado no Brasil pelo Carnaval .

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa caiu 1,03 por cento, a 94.603,75 pontos, conforme dados preliminares. O volume financeiro somava 13,44 bilhões de reais.

Veja também

Na semana, acumulou declínio de 3,35 por cento, também de acordo com números antes do ajuste de fechamento.

"A bolsa segue enfraquecida por um certo desânimo com o andamento da reforma da Previdência", observou o gestor Marco Tulli, da mesa de Bovespa da corretora Coinvalores. "As declarações recentes do presidente, a perspectiva de prorrogação no prazo de tramitação, tudo reduz o apetite de investidores."

Na expectativa de algum progresso da reforma, estrategistas preferiram adotar um tom mais conservador em portfólios para março, uma vez que veem o processo adicionando volatilidade e incerteza da direção do Ibovespa, embora sigam otimistas no curto e médio prazos.

Fevereiro encerrou com o Ibovespa em queda de 1,86 por cento, em mês marcado por saída líquida de estrangeiros do segmento Bovespa, de 1,77 bilhão de reais até o dia 27.

No exterior, o ânimo desta sexta-feira encontrou suporte em expectativas positivas sobre as negociações comerciais entre os Estados Unidos e a China e números melhores sobre a economia chinesa. Em Wall Street, o S&P 500 subiu 0,69 por cento, em movimento alinhado a pregões na Europa e Ásia.

Destaques

- PETROBRAS PN caiu 1,33 por cento e PETROBRAS ON recuou 2,21 por cento, tendo como pano de fundo a queda dos preços do petróleo no exterior, além de contínua repercussão dos números da empresa sobre o último trimestre de 2018 e perspectivas à frente, bem como definições sobre o leilão de excedentes da cessão onerosa.

- VALE encerrou com decréscimo de 0,76 por cento, tendo no radar que autoridades brasileiras investigarão a companhia sobre a possibilidade de corrupção em questões relacionadas à segurança da barragem que colapsou em Brumadinho (MG), podendo resultar em multa de até 20 por cento da receita bruta da mineradora de 2018. As ações chegaram a cair mais de 5 por cento após a divulgação das investigações pela Bloomberg, que foram confirmadas depois pelo governo.

- BRADESCO PN recuou 1,66 por cento, também pesando do lado negativo, assim como ITAÚ UNIBANCO PN, que fechou em baixa de 1,05 por cento. BANCO DO BRASIL destoou e encerrou com valorização de 1,4 por cento.

- MRV avançou 2,13 por cento, entre os destaques positivos, após divulgar balanço trimestral e planos de ampliar os lançamentos em 2019, além de manter um crescimento de dois dígitos nas receitas.

- JBS encerrou com acréscimo de 5,14 por cento, em sessão positiva para o setor de carnes, com MARFRIG em alta de 1,64 por cento, além da valorização do dólar frente ao real.

- ELETROBRAS PNB e ELETROBRAS ON cederam 3,80 e 3,62 por cento, respectivamente, após notícia da venda pela estatal de sua distribuidora de eletricidade Amazonas Energia para um consórcio formado pela empresa de geração Oliveira Energia e pelo grupo de combustíveis Atem's, a ser analisada pelo tribunal do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).

- B3 caiu 2,78 por cento, entre as maiores quedas, no terceiro pregão de baixa, após fechar na máxima histórica no começo da semana, a 33,85 reais. Dados disponibilizados pela B3 mostraram que o volume financeiro médio diário no segmento Bovespa somou 16,97 bilhões de reais em fevereiro, um acréscimo de 0,7 por cento ante mês anterior.

Acompanhe tudo sobre:Ibovespa

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Mercados

Mais na Exame