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Ibovespa perde fôlego com Vale e bancos privados ante cena eleitoral

Às 11:18, o Ibovespa caía 0,16 por cento, a 82.817,02 pontos

IMAGEM DE ARQUIVO: O volume financeiro no último pregão antes da votação no domingo somava 4,47 bilhões de reais (Germano Lüders/Exame)
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Reuters

Publicado em 5 de outubro de 2018 às 11h31.

Última atualização em 5 de outubro de 2018 às 11h33.

São Paulo - O Ibovespa perdia o fôlego no final da manhã desta sexta-feira, com o declínio dos papéis da Vale e fraqueza de bancos privados contrabalançando a repercussão positiva de pesquisa Datafolha na véspera, que mostrou o candidato do PSL, Jair Bolsonaro, ampliando ainda mais sua vantagem na disputa presidencial.

Às 11:18, o Ibovespa caía 0,16 por cento, a 82.817,02 pontos. Na máxima, mais cedo, subiu 1,03 por cento. O volume financeiro no último pregão antes da votação no domingo somava 4,47 bilhões de reais.

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Levantamento do Datafolha mostrou na quinta-feira à noite Bolsonaro com 35 por cento da preferência do eleitorado, enquanto o petista Fernando Haddad registrou 22 por cento. Levantamento anterior mostrava Bolsonaro com 32 por cento e Haddad com 21.

"A pesquisa confirmou a tendência de crescimento de Jair Bolsonaro. Até o momento, a maior parte desse crescimento veio de eleitores que não escolhiam nenhum candidato", destacou a equipe da corretora Brasil Plural, em nota a clientes.

"A migração de eleitores de outros candidatos do campo azul para o candidato do PSL ainda é pequena. É possível que isso aumente até domingo. A intensidade dessa migração determinará a realização ou não do segundo turno. A eleição de Bolsonaro em primeiro turno ainda não é o cenário mais provável, mas não pode mais ser descartada", acrescentou.

O fortalecimento do candidato do PSL na corrida presidencial mostrado nas últimas pesquisas deu fôlego ao Ibovespa nesta semana, que caminha para fechar no azul.

Do cenário externo, a criação de vagas de trabalho nos EUA desacelerou com força em setembro provavelmente porque o furacão Florence prejudicou os setores de restaurantes e varejo, mas a taxa de desemprego caiu para perto da mínima de 49 anos de 3,7 por cento.

Em Wall Street, o S&P 500 exibia estabilidade.

Destaques

- VALE recuava 1,55 por cento, em linha com o declínio de mineradora no exterior e pesando no Ibovespa dada a relevante fatia que detém no índice.

- PETROBRAS PN subia 0,33 por cento, reagindo ao noticiário eleitoral e respondendo por uma das principais contribuições positivas ao Ibovespa, apesar da fraqueza dos preços do petróleo no exterior.

- BANCO DO BRASIL tinha alta de 0,85 por cento, também sensível a expectativas com a corrida presidencial, enquanto ITAÚ UNIBANCO PN cedia 0,13 por cento e BRADESCO PN caía 0,25 por cento. SANTANDER BRASIL UNIT subia 0,35 por cento.

- ELETROBRAS PNB valorizava-se 1,9 por cento, acompanhando o movimento mais positivo de papéis de empresas de controle estatal na esteira de apostas sobre o resultado da eleição presidencial.

- CEMIG PN valorizava-se 5,8 por cento, também influenciada por expectativas eleitorais, com pesquisa Datafolha divulgada na véspera mostrando o candidato do PSDB, Antonio Anastasia, à frente na disputa pelo governo de Minas Gerais, que controla a elétrica.

- CVC BRASIL avançava 2,3 por cento, após divulgar que as reservas confirmadas somaram 3,48 bilhões de reais no terceiro trimestre. Em totais, o número representa um aumento de 30,8 por cento ante mesma etapa de 2017. Na comparação pró-forma, que desconsidera eventos não recorrentes, o aumento foi de 10,8 por cento, também ano a ano.

- JBS caía 1,6 por cento, reduzindo fortemente as perdas que chegaram a 7,58 por cento mais cedo, na mínima, tendo no radar notícia de que o Ministério Público Federal encaminhou à Justiça quatro denúncias separadas referentes às investigações sobre um esquema supostamente criminoso de concessão de crédito na Caixa Econômica Federal para empresas, envolvendo a holding que controla o grupo, a J&F.Para ver as maiores altas do Ibovespa, clique em

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