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HSBC eleva preço-alvo da TIM e companhia segue como a favorita do setor

Aumento das receitas com dados móveis sustenta melhor projeção para as ações

O BTG Pactual também elevou suas perspectivas para as ações da TIM (Lia Lubambo/EXAME)
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Da Redação

Publicado em 23 de março de 2011 às 12h36.

São Paulo – A TIM deve se beneficiar das projeções mais otimistas para as receitas de dados móveis no Brasil, avalia o HSBC em relatório. O banco elevou o preço-alvo das ações ordinárias da operadora TIM ( TCSL3 ), de 10 reais para 11 reais até o final de 2011, e também dos papéis preferenciais da empresa ( TCSL4 ), de 7,50 reais para 8,80 reais. A recomendação foi mantida em overweight (alocação acima da média do mercado).

A companhia continua sendo a preferida do banco entre as empresas do setor de telecomunicações da América Latina, principalmente devido a maior exposição às tendências positivas no mercado de telefonia móvel do Brasil. Em relatório, os analistas Richard Dineen e Sean Glickenhaus do HSBC elevaram suas estimativas de receita e Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) para a TIM, principalmente devido as projeções mais otimistas para o potencial da receita de dados móveis no Brasil.

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Segundo Dineen e Glickenhaus, ao mesmo tempo em que a penetração de voz no país ainda não está saturada, pois a mobilidade social ascendente leva os telefones celulares para os grupos de renda mais baixa, os serviços de dados móveis foram transferidos mais rápido que o esperado dos mercados desenvolvidos para os emergentes. “Esses dois ciclos poderosos se sobrepõem e se somam para gerar um crescimento mais forte que o esperado da receita total”, afirmam.

Concorrência

Os analistas do HSBC acreditam que o recente enfraquecimento e a mudança da administração da Claro no Brasil podem apresentar uma oportunidade para a TIM ser mais agressiva, especialmente na captação de assinantes de dados dentro de seu mercado alvo.

“A Claro Brasil tem hoje muitas distrações, pois tenta um projeto desafiador de integração fixo-móvel e tem uma administração relativamente nova (o CEO foi substituído no terceiro trimestre de 2010). Além disso, sua estratégia em dados móveis é obscura”, afirmam os analistas. “Acreditamos que podem ser necessários alguns trimestres para que a empresa volte aos trilhos - um período que pode representar uma oportunidade para a TIM, a nosso ver”, acrescentam.

Apesar de o segmento de dados móveis da TIM estar defasado em relação ao da Vivo e da Claro (AMX) no Brasil, a empresa redobrou seus esforços para melhorar esse quadro na segunda metade de 2010 (a receita líquida de dados da TIM cresceu cerca de 20% no durante o último trimestre de 2010 e representou cerca de 13% da receita de serviços).

“Esperamos que a receita de dados responda por aproximadamente 15% da receita total de serviços da TIM em 2011, aumentando em cerca de 400 pontos-base ao ano nos próximos cinco anos, o que representa um crescimento médio anual de aproximadamente 32% no período”, estimam os analistas do HSBC.

Eles acreditam que a ação da TIM oferece as melhores perspectivas de crescimento por conta da combinação cada vez mais atrativa de crescimento e valor, particularmente considerando que dois pares regionais, América Móvil e Vivo, já fundiram ou estão para se fundir a operações de telefonia fixa, que têm menor crescimento.

O HSBC não foi o único banco a elevar suas perspectivas para a TIM. Na manhã desta quarta-feira, o analista Carlos Sequeira do Banco BTG Pactual elevou a recomendação para as ações da operadora, de neutra para compra. Em relatório, ele reiterou o preço-alvo de 9,60 reais para o final de 2011, segundo informou a Bloomberg.

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