Grupo de detentores de bônus da Gol rejeita troca de títulos
O grupo argumentou que a proposta da empresa busca concessões significativas, mas não fornece informações suficientes sobre a aérea
Da Redação
Publicado em 6 de maio de 2016 às 09h44.
São Paulo - Grupo de detentores de bônus da aérea Gol rejeitou proposta da empresa para troca dos títulos denominados em dólar, em plano que busca uma redução de até 70% no valor de face de alguns deles, recomendando que demais detentores de notas também recusem a proposta.
O grupo argumentou que a proposta da empresa busca concessões significativas, mas não fornece informações suficientes sobre a aérea.
Em comunicado nesta sexta-feira, a Gol, cuja situação financeira tem se complicado diante da recessão brasileira e da queda na demanda por transporte aéreo no país, disse que pode alterar os parâmetros da oferta se as circunstâncias exigirem.
O grupo é composto por diversas instituições financeiras e detém cerca de 25% do saldo de todas as notas em aberto, sendo mais de 50% das notas com vencimento em 2022 --que somam um total principal de aproximadamente 325 milhões de dólares.
As instituições são representadas pela White & Case LLP e pela Pinheiro Guimarães - Advogados.
Sob os termos da proposta, divulgada na terça-feira, a Gol sugeriu trocar até 780 milhões de dólares em bônus sem garantias no mercado norte-americano e com vencimentos que vão de 2017 a 2023, além de um bônus perpétuo, por títulos novos com garantia e vencimentos em 2018, 2022 e 2028.
O plano envolve o chamado "haircut", ou perdas que os investidores vão incorrer na troca dos títulos.
Sob os termos propostos, a Gol planeja pagar 70% do valor de face dos bônus que vencem em 2017, 35% no caso dos títulos que vencem em 2020, 2022 e 2023 e 30% aos detentores do bônus perpétuo.
O grupo de detentores de bônus disse que a proposta "busca concessões significativas pelos detentores de notas, mas é desprovida de informações financeiras e operacionais suficientes sobre a Gol, inclusive no que diz respeito a negociações com outros interessados importantes", segundo comunicado da White & Case LLP divulgado na noite de quinta-feira.
O grupo argumentou que foi formado para trabalhar em conjunto com a Gol e seus assessores para tratar as questões enfrentadas pela aérea diante dos desafios econômicos do país, tendo se oferecido para ajudar a empresa a explorar alternativas.
Porém a Gol teria rejeitado anteriormente "repetidas solicitações do grupo de detentores de notas para iniciar discussões significativas", segundo o comunicado.
"O grupo de detentores de notas lamenta a apresentação, pela Gol, da proposta de oferta de substituição sem o apoio ou contribuição de nenhum representante de detentores de notas", afirmou.
O grupo, no entanto, disse que ainda se mantém aberto para iniciar "discussões construtivas" a fim de tratar da situação da Gol.
Em comunicado nesta sexta-feira, a Gol disse acreditar "firmemente" que a oferta é "boa e justa, e a melhor que a Gol pode prover".
"Esperamos que os detentores de bônus compreendam que é do interesse deles trocar esses papéis. Os parâmetros foram firmados pela companhia, e nós podemos alterá-los se as circunstâncias exigirem", disse o vice-presidente financeiro da Gol, Edmar Lopes.
São Paulo - Grupo de detentores de bônus da aérea Gol rejeitou proposta da empresa para troca dos títulos denominados em dólar, em plano que busca uma redução de até 70% no valor de face de alguns deles, recomendando que demais detentores de notas também recusem a proposta.
O grupo argumentou que a proposta da empresa busca concessões significativas, mas não fornece informações suficientes sobre a aérea.
Em comunicado nesta sexta-feira, a Gol, cuja situação financeira tem se complicado diante da recessão brasileira e da queda na demanda por transporte aéreo no país, disse que pode alterar os parâmetros da oferta se as circunstâncias exigirem.
O grupo é composto por diversas instituições financeiras e detém cerca de 25% do saldo de todas as notas em aberto, sendo mais de 50% das notas com vencimento em 2022 --que somam um total principal de aproximadamente 325 milhões de dólares.
As instituições são representadas pela White & Case LLP e pela Pinheiro Guimarães - Advogados.
Sob os termos da proposta, divulgada na terça-feira, a Gol sugeriu trocar até 780 milhões de dólares em bônus sem garantias no mercado norte-americano e com vencimentos que vão de 2017 a 2023, além de um bônus perpétuo, por títulos novos com garantia e vencimentos em 2018, 2022 e 2028.
O plano envolve o chamado "haircut", ou perdas que os investidores vão incorrer na troca dos títulos.
Sob os termos propostos, a Gol planeja pagar 70% do valor de face dos bônus que vencem em 2017, 35% no caso dos títulos que vencem em 2020, 2022 e 2023 e 30% aos detentores do bônus perpétuo.
O grupo de detentores de bônus disse que a proposta "busca concessões significativas pelos detentores de notas, mas é desprovida de informações financeiras e operacionais suficientes sobre a Gol, inclusive no que diz respeito a negociações com outros interessados importantes", segundo comunicado da White & Case LLP divulgado na noite de quinta-feira.
O grupo argumentou que foi formado para trabalhar em conjunto com a Gol e seus assessores para tratar as questões enfrentadas pela aérea diante dos desafios econômicos do país, tendo se oferecido para ajudar a empresa a explorar alternativas.
Porém a Gol teria rejeitado anteriormente "repetidas solicitações do grupo de detentores de notas para iniciar discussões significativas", segundo o comunicado.
"O grupo de detentores de notas lamenta a apresentação, pela Gol, da proposta de oferta de substituição sem o apoio ou contribuição de nenhum representante de detentores de notas", afirmou.
O grupo, no entanto, disse que ainda se mantém aberto para iniciar "discussões construtivas" a fim de tratar da situação da Gol.
Em comunicado nesta sexta-feira, a Gol disse acreditar "firmemente" que a oferta é "boa e justa, e a melhor que a Gol pode prover".
"Esperamos que os detentores de bônus compreendam que é do interesse deles trocar esses papéis. Os parâmetros foram firmados pela companhia, e nós podemos alterá-los se as circunstâncias exigirem", disse o vice-presidente financeiro da Gol, Edmar Lopes.