Governo usa previdência para barrar vício do mercado em LFTs
As Letras Financeiras do Tesouro consistem em papéis pós-fixados que são um legado da hiperinflação dos anos 1990
Da Redação
Publicado em 11 de janeiro de 2013 às 07h50.
São Paulo - O governo brasileiro está intensificando os esforços para acabar com o vício do mercado em Letras Financeiras do Tesouro, papéis pós-fixados que são um legado da hiperinflação dos anos 1990.
Um dos mecanismos para isso é fazer os fundos de pensão investirem em títulos de longo prazo. O Tesouro reduziu a parcela da dívida atrelada à Selic para o piso histórico de 22 por cento, dos 61 por cento de uma década atrás, e o prazo médio da dívida local aumentou 13 meses, para 3,85 anos.
O México, classificado um nível acima, em Baa1, pela Moody’s Investors Service, tem um prazo médio de 7,5 anos para a dívida doméstica. Nos EUA, o prazo é de 5,4 anos.
Os planos de previdência abertos, que têm mais de metade dos seus US$ 150 bilhões em dívida com taxa pós-fixada, terão que aumentar a chamada duração média de seus ativos para três anos até o fim de 2015, segundo uma regra publicada na semana passada.
Os títulos normalmente têm duração de um dia e se tornaram predominantes no começo dos anos 1990, quando a inflação subiu acima de 1.000 por cento.
Agora, com a taxa básica de juros em 7,25 por cento, a medida vai ajudar o Brasil a estimular a procura por dívida local de longo prazo, disse a Moody’s. “Eles fizeram mais progressos com relação à taxa flutuante do que quanto ao vencimento”, disse Mauro Leos, analista-sênior da Moody’s, por telefone, de Nova York. “Uma vez que isso está resolvido, deve ajudar o perfil de crédito do governo.”
São Paulo - O governo brasileiro está intensificando os esforços para acabar com o vício do mercado em Letras Financeiras do Tesouro, papéis pós-fixados que são um legado da hiperinflação dos anos 1990.
Um dos mecanismos para isso é fazer os fundos de pensão investirem em títulos de longo prazo. O Tesouro reduziu a parcela da dívida atrelada à Selic para o piso histórico de 22 por cento, dos 61 por cento de uma década atrás, e o prazo médio da dívida local aumentou 13 meses, para 3,85 anos.
O México, classificado um nível acima, em Baa1, pela Moody’s Investors Service, tem um prazo médio de 7,5 anos para a dívida doméstica. Nos EUA, o prazo é de 5,4 anos.
Os planos de previdência abertos, que têm mais de metade dos seus US$ 150 bilhões em dívida com taxa pós-fixada, terão que aumentar a chamada duração média de seus ativos para três anos até o fim de 2015, segundo uma regra publicada na semana passada.
Os títulos normalmente têm duração de um dia e se tornaram predominantes no começo dos anos 1990, quando a inflação subiu acima de 1.000 por cento.
Agora, com a taxa básica de juros em 7,25 por cento, a medida vai ajudar o Brasil a estimular a procura por dívida local de longo prazo, disse a Moody’s. “Eles fizeram mais progressos com relação à taxa flutuante do que quanto ao vencimento”, disse Mauro Leos, analista-sênior da Moody’s, por telefone, de Nova York. “Uma vez que isso está resolvido, deve ajudar o perfil de crédito do governo.”