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Garantias da Biosev mostram fase difícil para IPOs na bolsa

A unidade da Louis Dreyfus Holding BV prometeu um reembolso a investidores que comprarem papéis em seu IPO para tentar elevar a demanda pela operação

Bovespa: no ano passado, somente três IPOs ocorreram no país (REUTERS/Nacho Doce)
DR

Da Redação

Publicado em 7 de março de 2013 às 19h34.

O volume de ofertas iniciais de ações no País caiu tanto que a Louis Dreyfus Holding BV, segunda maior processadora de cana-de-açúcar do mundo, ofereceu uma garantia de reembolso aos investidores que adquirirem ações em seu IPO.

A Biosev SA, unidade da Dreyfus, divulgou o atrativo para elevar a demanda sete meses depois que sua primeira tentativa de levantar US$ 579 milhões fracassou. Somente três companhias realizaram IPOs em 2012, menor número em nove anos, das quais duas com preços abaixo do alvo. O México teve seis aberturas de capital no mesmo período, primeira vez desde 2003 em que o Brasil não liderou o número de IPOs na América Latina.

A garantia oferecida pela Biosev é inédita no País, segundo a Comissão de Valores Mobiliários. David Menlow, presidente do IPOFinancial.com, disse que ele nunca viu acordo como esse nos 24 anos em que acompanha ofertas iniciais em mercados globais. A Biosev tenta conquistar um mercado acionário que tem o quinto pior desempenho do mundo este ano, derrubado principalmente por intervenções do governo em setores como energia elétrica, petróleo e financeiro.

“Parece um pouco de desespero vindo de uma empresa que quer fazer um IPO num momento que claramente não é favorável”, disse Saulo Sabba, que ajuda a administrar R$ 350 milhões na Faros Investimentos, em entrevista por telefone do Rio de Janeiro. “Eu nunca ouvi falar em nada parecido.”

Sabba disse não ter planos de comprar ações no IPO.

A Biosev e a Louis Dreyfus não quiseram comentar o acordo.

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O volume de ofertas iniciais de ações no País caiu tanto que a Louis Dreyfus Holding BV, segunda maior processadora de cana-de-açúcar do mundo, ofereceu uma garantia de reembolso aos investidores que adquirirem ações em seu IPO.

A Biosev SA, unidade da Dreyfus, divulgou o atrativo para elevar a demanda sete meses depois que sua primeira tentativa de levantar US$ 579 milhões fracassou. Somente três companhias realizaram IPOs em 2012, menor número em nove anos, das quais duas com preços abaixo do alvo. O México teve seis aberturas de capital no mesmo período, primeira vez desde 2003 em que o Brasil não liderou o número de IPOs na América Latina.

A garantia oferecida pela Biosev é inédita no País, segundo a Comissão de Valores Mobiliários. David Menlow, presidente do IPOFinancial.com, disse que ele nunca viu acordo como esse nos 24 anos em que acompanha ofertas iniciais em mercados globais. A Biosev tenta conquistar um mercado acionário que tem o quinto pior desempenho do mundo este ano, derrubado principalmente por intervenções do governo em setores como energia elétrica, petróleo e financeiro.

“Parece um pouco de desespero vindo de uma empresa que quer fazer um IPO num momento que claramente não é favorável”, disse Saulo Sabba, que ajuda a administrar R$ 350 milhões na Faros Investimentos, em entrevista por telefone do Rio de Janeiro. “Eu nunca ouvi falar em nada parecido.”

Sabba disse não ter planos de comprar ações no IPO.

A Biosev e a Louis Dreyfus não quiseram comentar o acordo.

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