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Ganhos com swap cambial somam R$ 11,405 bi em outubro

No ano até a mesma data, o rombo do BC com essas operações soma R$ 101,460 bilhões pelo resultado caixa

Sede do Banco Central: em setembro, as perdas somaram R$ 38,6 bilhões (resultado caixa), o maior volume mensal de prejuízo da instituição com esse tipo de operação desde que começou a usar a ferramenta, em 2002 (REUTERS/Ueslei Marcelino)
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Da Redação

Publicado em 28 de outubro de 2015 às 16h18.

Brasília - O Banco Central registra lucro de US$ 11,405 bilhões com operações de swap cambial em outubro até o dia 23, pelo resultado caixa, conforme divulgou nesta quarta-feira, 28.

Já pelo resultado competência, o ganho está em R$ 9,443 bilhões. No ano até a mesma data, o rombo do BC com essas operações soma R$ 101,460 bilhões pelo resultado caixa.

Em setembro, as perdas somaram R$ 38,6 bilhões (resultado caixa), o maior volume mensal de prejuízo da instituição com esse tipo de operação desde que começou a usar a ferramenta, em 2002.

Em setembro, o dólar havia registrado alta de 9,39%. O resultado das operações de swap por competência inclui ganhos e perdas ocorridos no mês, independentemente da data de liquidação financeira. A liquidação financeira desse resultado (caixa) ocorre no dia seguinte, em D+1.

Além de manter as rolagens de swap em 100%, o BC decidiu voltar a atuar neste mercado com recursos novos.

Desde o dia 23 de setembro, foram cinco novas operações do tipo, com oferta total no valor equivalente a US$ 5 bilhões. Na liquidação, o volume comercializado efetivamente foi de US$ 4,131 bilhões.

O BC preferiu utilizar como primeira ferramenta para conter a alta do dólar o leilão de linha e o de swaps, e não atuar diretamente no mercado à vista, como defende parte do mercado financeiro.

A última vez em que se desfez de parte das reservas internacionais foi em 3 de fevereiro de 2009. Ao longo de 2014, o BC teve perdas de R$ 17,329 bilhões com a oferta desse hedge ao mercado.

Em 2013, o BC acabou registrando prejuízo com os leilões de swap da ordem de R$ 1,315 bilhões. Já em 2012, entraram para o caixa da autarquia R$ 1,098 bilhão.

Reservas

Em contrapartida a esses lucros, causados efetivamente pela alta do dólar, o BC obteve uma perda de rentabilidade com a administração das reservas internacionais de R$ 24,465 bilhões nos primeiros 23 dias de outubro pelo mesmo motivo.

Entram nesse cálculo ganhos e prejuízos com a correção cambial, a marcação a mercado e os juros. No ano, o lucro da instituição com as reservas é de R$ 453,379 bilhões.

O resultado líquido das reservas, que é a rentabilidade menos o custo de captação, ficou negativo em R$ 29,579 bilhões em outubro até o dia 23. No ano, o saldo segue positivo em R$ 293,391 bilhões.

Com isso, para o BC, o resultado das operações cambiais ficou no vermelho neste mês até agora em R$ 20,136 bilhões. Em setembro, havia ficado no azul em R$ 66,595 bilhões.

No ano, essa soma está positiva em R$ 189,586 bilhões. O BC sempre destaca que, tanto em relação às operações de swap cambial quanto à administração das reservas internacionais, a autarquia não visa ao lucro, mas fornecer hegde ao mercado em tempos de volatilidade e manter um colchão de liquidez para momentos de crise.

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Brasília - O Banco Central registra lucro de US$ 11,405 bilhões com operações de swap cambial em outubro até o dia 23, pelo resultado caixa, conforme divulgou nesta quarta-feira, 28.

Já pelo resultado competência, o ganho está em R$ 9,443 bilhões. No ano até a mesma data, o rombo do BC com essas operações soma R$ 101,460 bilhões pelo resultado caixa.

Em setembro, as perdas somaram R$ 38,6 bilhões (resultado caixa), o maior volume mensal de prejuízo da instituição com esse tipo de operação desde que começou a usar a ferramenta, em 2002.

Em setembro, o dólar havia registrado alta de 9,39%. O resultado das operações de swap por competência inclui ganhos e perdas ocorridos no mês, independentemente da data de liquidação financeira. A liquidação financeira desse resultado (caixa) ocorre no dia seguinte, em D+1.

Além de manter as rolagens de swap em 100%, o BC decidiu voltar a atuar neste mercado com recursos novos.

Desde o dia 23 de setembro, foram cinco novas operações do tipo, com oferta total no valor equivalente a US$ 5 bilhões. Na liquidação, o volume comercializado efetivamente foi de US$ 4,131 bilhões.

O BC preferiu utilizar como primeira ferramenta para conter a alta do dólar o leilão de linha e o de swaps, e não atuar diretamente no mercado à vista, como defende parte do mercado financeiro.

A última vez em que se desfez de parte das reservas internacionais foi em 3 de fevereiro de 2009. Ao longo de 2014, o BC teve perdas de R$ 17,329 bilhões com a oferta desse hedge ao mercado.

Em 2013, o BC acabou registrando prejuízo com os leilões de swap da ordem de R$ 1,315 bilhões. Já em 2012, entraram para o caixa da autarquia R$ 1,098 bilhão.

Reservas

Em contrapartida a esses lucros, causados efetivamente pela alta do dólar, o BC obteve uma perda de rentabilidade com a administração das reservas internacionais de R$ 24,465 bilhões nos primeiros 23 dias de outubro pelo mesmo motivo.

Entram nesse cálculo ganhos e prejuízos com a correção cambial, a marcação a mercado e os juros. No ano, o lucro da instituição com as reservas é de R$ 453,379 bilhões.

O resultado líquido das reservas, que é a rentabilidade menos o custo de captação, ficou negativo em R$ 29,579 bilhões em outubro até o dia 23. No ano, o saldo segue positivo em R$ 293,391 bilhões.

Com isso, para o BC, o resultado das operações cambiais ficou no vermelho neste mês até agora em R$ 20,136 bilhões. Em setembro, havia ficado no azul em R$ 66,595 bilhões.

No ano, essa soma está positiva em R$ 189,586 bilhões. O BC sempre destaca que, tanto em relação às operações de swap cambial quanto à administração das reservas internacionais, a autarquia não visa ao lucro, mas fornecer hegde ao mercado em tempos de volatilidade e manter um colchão de liquidez para momentos de crise.

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