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Fundo de melhor desempenho não tem ações para comprar

“Não estamos à vontade com as avaliações atuais, que limitam nossa capacidade de estabelecer posições com um tamanho razoável”, disse um dos administradores

Bolsas: “não estamos à vontade com as avaliações atuais, que limitam nossa capacidade de estabelecer posições com um tamanho razoável”, disse um dos administradores (Thinkstock)
DR

Da Redação

Publicado em 31 de agosto de 2016 às 20h58.

O fundo de ações de melhor desempenho do mundo está descobrindo o lado ruim do sucesso.

Após gerarem um retorno de 275 por cento em três anos, mais do que qualquer outro fundo de ações com pelo menos US$ 500 milhões, os administradores do DSP BlackRock Micro Cap Fund dizem que as pechinchas estão sumindo em seu nicho de mercado, as empresas indianas de baixa capitalização.

A falta de ações baratas ficou tão grave que o fundo tomou a medida incomum de limitar os fluxos de entrada de clientes, porque o índice de referência de empresas de baixa capitalização da Índia pulou para o valor mais alto da história neste mês.

A decisão, quase inédita em um momento em que gestores de ativos do mundo inteiro estão lutando para evitar retiradas, reflete a crescente apreensão em relação a uma das grandes histórias de investimentos dos últimos três anos: a revitalização econômica da Índia sob o comando do primeiro-ministro Narendra Modi.

Embora poucos discordem de que as empresas menores tenham se beneficiado com o maior crescimento do mundo, o DSP BlackRock e outros descrentes, como Ativo Capital Management e Auerbach Grayson & Co., afirmam que os preços das ações subiram muito, e muito rápido.

“Não estamos à vontade com as avaliações atuais, que limitam nossa capacidade de estabelecer posições com um tamanho razoável”, disse Vinit Sambre, um dos administradores do fundo Micro Cap da DSP BlackRock, que tem sede em Mumbai e é uma joint venture entre a maior gestora de recursos do mundo e a indiana DSP Group, por e-mail. “As avaliações não levam em conta grande parte dos acontecimentos positivos de curto prazo”.

Limite ao fluxo de entrada

O fundo Micro Cap, cujos ativos se multiplicaram por 11 nos últimos três anos, começou a restringir os fluxos de entrada diários para 100.000 rúpias (US$ 1.491) por investidor a partir de 10 de agosto, ajustando o limite de 200.000 rúpias na segunda tentativa de esfriar as novas subscrições em dois anos.

Exceto pela SBI Funds Management, que interrompeu as vendas de seu fundo de empresas de pequena e média capitalização em outubro, foram raras as tentativas dos gestores de recursos indianos de limitar os fluxos de entrada desde a crise financeira mundial de 2008.

O mais recente relatório de ativos do DSP BlackRock Micro Cap Fund mostra o quanto a avaliação de algumas empresas de baixa capitalização se tornou elevada.

Embora as posições do fundo fossem negociadas a uma média de 3,25 vezes os ativos líquidos e 24 vezes os resultados, algumas estão notavelmente mais caras.

A JK Lakshmi Cement está avaliada no dobro da média de cinco anos depois que as ações subiram 39 por cento e atingiram um recorde.

A Maharashtra Seamless, fabricante de canos, tem uma razão entre preço e lucro de 39, contra um múltiplo médio de 26 nos últimos cinco anos. Ambas as ações estavam entre os ativos divulgados pelo fundo Micro Cap no fim de julho.

“Está difícil encontrar pechinchas”, disse Nikhil Bhatnagar, vice-presidente sênior em Nova York para ações asiáticas da Auerbach Grayson, corretora especializada em comércio internacional. “O mercado parece superficial”.

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O fundo de ações de melhor desempenho do mundo está descobrindo o lado ruim do sucesso.

Após gerarem um retorno de 275 por cento em três anos, mais do que qualquer outro fundo de ações com pelo menos US$ 500 milhões, os administradores do DSP BlackRock Micro Cap Fund dizem que as pechinchas estão sumindo em seu nicho de mercado, as empresas indianas de baixa capitalização.

A falta de ações baratas ficou tão grave que o fundo tomou a medida incomum de limitar os fluxos de entrada de clientes, porque o índice de referência de empresas de baixa capitalização da Índia pulou para o valor mais alto da história neste mês.

A decisão, quase inédita em um momento em que gestores de ativos do mundo inteiro estão lutando para evitar retiradas, reflete a crescente apreensão em relação a uma das grandes histórias de investimentos dos últimos três anos: a revitalização econômica da Índia sob o comando do primeiro-ministro Narendra Modi.

Embora poucos discordem de que as empresas menores tenham se beneficiado com o maior crescimento do mundo, o DSP BlackRock e outros descrentes, como Ativo Capital Management e Auerbach Grayson & Co., afirmam que os preços das ações subiram muito, e muito rápido.

“Não estamos à vontade com as avaliações atuais, que limitam nossa capacidade de estabelecer posições com um tamanho razoável”, disse Vinit Sambre, um dos administradores do fundo Micro Cap da DSP BlackRock, que tem sede em Mumbai e é uma joint venture entre a maior gestora de recursos do mundo e a indiana DSP Group, por e-mail. “As avaliações não levam em conta grande parte dos acontecimentos positivos de curto prazo”.

Limite ao fluxo de entrada

O fundo Micro Cap, cujos ativos se multiplicaram por 11 nos últimos três anos, começou a restringir os fluxos de entrada diários para 100.000 rúpias (US$ 1.491) por investidor a partir de 10 de agosto, ajustando o limite de 200.000 rúpias na segunda tentativa de esfriar as novas subscrições em dois anos.

Exceto pela SBI Funds Management, que interrompeu as vendas de seu fundo de empresas de pequena e média capitalização em outubro, foram raras as tentativas dos gestores de recursos indianos de limitar os fluxos de entrada desde a crise financeira mundial de 2008.

O mais recente relatório de ativos do DSP BlackRock Micro Cap Fund mostra o quanto a avaliação de algumas empresas de baixa capitalização se tornou elevada.

Embora as posições do fundo fossem negociadas a uma média de 3,25 vezes os ativos líquidos e 24 vezes os resultados, algumas estão notavelmente mais caras.

A JK Lakshmi Cement está avaliada no dobro da média de cinco anos depois que as ações subiram 39 por cento e atingiram um recorde.

A Maharashtra Seamless, fabricante de canos, tem uma razão entre preço e lucro de 39, contra um múltiplo médio de 26 nos últimos cinco anos. Ambas as ações estavam entre os ativos divulgados pelo fundo Micro Cap no fim de julho.

“Está difícil encontrar pechinchas”, disse Nikhil Bhatnagar, vice-presidente sênior em Nova York para ações asiáticas da Auerbach Grayson, corretora especializada em comércio internacional. “O mercado parece superficial”.

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