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Foco em operação do BCE reaviva apetite a risco

A operação do Banco Central Europeu gera ganhos nas principais praças acionárias globais

Índice DAX, da Bolsa de Frankfurt, na Alemanha (Getty Images)
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Da Redação

Publicado em 28 de fevereiro de 2012 às 08h41.

São Paulo - A expectativa para a operação de liquidez de longo prazo do Banco Central Europeu ( BCE ) proporcionava ganhos nas principais praças acionárias globais nesta terça-feira, com a manutenção da queda nos preços do petróleo colaborando com o viés positivo, embora os ganhos fossem limitados por notícias menos animadoras, como o corte do rating da Grécia pela Standard & Poor's para "default seletivo" na véspera e a suspensão temporária pelo BCE do uso de títulos gregos como garantia.

Analistas esperam que o BCE injete cerca de 500 bilhões de euros na segunda operação de financiamento de três anos na quarta-feira. com as projeções variando de 200 bilhões de euros a 750 bilhões de euros. Mas o otimismo era cauteloso. O Banco Central Europeu (BCE) disse nesta terça-feira que estava suspendendo a elegibilidade dos títulos gregos para uso como garantia, mas que os bancos centrais nacionais poderiam fornecer liquidez aos bancos que utilizam a chamada "assistência de liquidez de emergência".

Os títulos gregos vão se tornar elegíveis novamente em princípio, uma vez que um esquema de reforço de garantia, acordado pelos governos da zona do euro no ano passado, seja ativado. "Isto é esperado para acontecer em meados de março de 2012", disse o BCE em comunicado.

O Tribunal Constitucional da Alemanha disse que a comissão parlamentar criada para aprovar medidas urgentes pelo fundo de resgate da zona do euro era "em grande parte" inconstitucional, o que pode dificultar a atuação alemã no combate à crise na região. O veredicto afirmou que o painel de nove membros poderia aprovar a compra de dívida no mercado secundário pelo fundo de resgate EFSF, mas decidiu contra outros poderes, incluindo a extensão de empréstimos ou linhas de crédito preventivas para os estados problemáticos e a recapitalização dos bancos.

Dados de confiança na zona do euro contrabalançavam do lado positivo, com um índice sobre o sentimento econômico na região e um indicador antecedente sobre a confiança do consumidor na Alemanha mostrando melhora.

Às 7h20, o MSCI para ações globais ganhava 0,29 por cento e para emergentes, 0,93 por cento. O índice europeu FTSEurofirst 300 subia 0,12 por cento e o futuro do norte-americano S&P 500 avançava 0,32 por cento - 4,40 pontos. O MSCI de ações da região Ásia-Pacífico com exceção do Japão verificava acréscimo de 1,02 por cento.

Em Tóquio, o Nikkei fechou em alta de 0,92 por cento. O índice da bolsa de Xangai terminou com elevação de 0,20 por cento.

Entre as moedas, o euro apreciava-se 0,3 por cento, a 1,3438 dólar, o que influenciava a queda de 0,22 por cento do índice DXY, que mede o valor do dólar ante uma cesta com as principais divisas globais. Em relação ao iene, o dólar subia 0,11 por cento, a 80,71 ienes.

No caso das commodities, o petróleo do tipo Brent cedia 0,52 por cento em Londres, a 123,52 dólares, enquanto o barril negociado nas operações eletrônicas em Nova York recuava 0,07 por cento, a 108,48 dólares.

No Brasil, a participação do presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, na audiência pública na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado às 11h merece ser monitorada nesta sessão, enquanto a pauta de indicadores destaca dados sobre as operações de créditos e números fiscais do governo central.

Da cena corporativa, devem repercutir balanços conhecidos desde após o fechamento do mercado local na véspera e a manhã de hoje, entre eles BR Malls, que teve lucro líquido de 288,9 milhões de reais e Ebitda ajustado de 208,2 milhões de reais no quarto trimestre.


Veja como ficaram os principais mercados financeiros nesta segunda-feira:

CÂMBIO - O dólar fechou a 1,7054 real, em leve queda de 0,06 por cento frente ao fechamento anterior.

BOVESPA - O Ibovespa caiu 1,06 por cento, para 65.241 pontos. O volume financeiro na bolsa foi de 5,804 bilhões de reais.

ADRs BRASILEIROS - O índice dos principais ADRs brasileiros caiu 0,53 por cento, a 34.368 pontos.

JUROS - No call das 16h, o DI janeiro de 2014 estava em 9,850 por cento ao ano, ante 9,770 por cento no ajuste anterior.

EURO - Às 19h06 (horário de Brasília), a moeda comum europeia era cotada a 1,3393 dólar, ante 1,3454 dólar no fechamento anterior nas operações norte-americanas.

GLOBAL 40 - O título de referência dos mercados emergentes, o Global 40, permanecia estável em 132,938 por cento do valor de face, oferecendo rendimento de 1,247 por cento ao ano.

RISCO-PAÍS - O risco Brasil subia 3 pontos, para 205 pontos-básicos. O EMBI+ avançava 4 pontos, a 328 pontos-básicos.

BOLSAS DOS EUA - O índice Dow Jones teve variação negativa de 0,01 por cento, a 12.981 pontos, o S&P 500 teve alta de 0,14 por cento, a x pontos, e o Nasdaq ganhou 0,08 por cento, aos 2.966 pontos.

PETRÓLEO - Na Nymex, o contrato de petróleo mais curto fechou em queda de 1,21 dólar, ou 1,1 por cento, a 108,56 dólares por barril.

TREASURIES DE 10 ANOS - O preço dos títulos do Tesouro norte-americano de 10 anos, referência do mercado, subia, oferecendo rendimento de 1,9255 por cento, frente a 1,977 por cento no fechamento anterior.

São Paulo - A expectativa para a operação de liquidez de longo prazo do Banco Central Europeu ( BCE ) proporcionava ganhos nas principais praças acionárias globais nesta terça-feira, com a manutenção da queda nos preços do petróleo colaborando com o viés positivo, embora os ganhos fossem limitados por notícias menos animadoras, como o corte do rating da Grécia pela Standard & Poor's para "default seletivo" na véspera e a suspensão temporária pelo BCE do uso de títulos gregos como garantia.

Analistas esperam que o BCE injete cerca de 500 bilhões de euros na segunda operação de financiamento de três anos na quarta-feira. com as projeções variando de 200 bilhões de euros a 750 bilhões de euros. Mas o otimismo era cauteloso. O Banco Central Europeu (BCE) disse nesta terça-feira que estava suspendendo a elegibilidade dos títulos gregos para uso como garantia, mas que os bancos centrais nacionais poderiam fornecer liquidez aos bancos que utilizam a chamada "assistência de liquidez de emergência".

Os títulos gregos vão se tornar elegíveis novamente em princípio, uma vez que um esquema de reforço de garantia, acordado pelos governos da zona do euro no ano passado, seja ativado. "Isto é esperado para acontecer em meados de março de 2012", disse o BCE em comunicado.

O Tribunal Constitucional da Alemanha disse que a comissão parlamentar criada para aprovar medidas urgentes pelo fundo de resgate da zona do euro era "em grande parte" inconstitucional, o que pode dificultar a atuação alemã no combate à crise na região. O veredicto afirmou que o painel de nove membros poderia aprovar a compra de dívida no mercado secundário pelo fundo de resgate EFSF, mas decidiu contra outros poderes, incluindo a extensão de empréstimos ou linhas de crédito preventivas para os estados problemáticos e a recapitalização dos bancos.

Dados de confiança na zona do euro contrabalançavam do lado positivo, com um índice sobre o sentimento econômico na região e um indicador antecedente sobre a confiança do consumidor na Alemanha mostrando melhora.

Às 7h20, o MSCI para ações globais ganhava 0,29 por cento e para emergentes, 0,93 por cento. O índice europeu FTSEurofirst 300 subia 0,12 por cento e o futuro do norte-americano S&P 500 avançava 0,32 por cento - 4,40 pontos. O MSCI de ações da região Ásia-Pacífico com exceção do Japão verificava acréscimo de 1,02 por cento.

Em Tóquio, o Nikkei fechou em alta de 0,92 por cento. O índice da bolsa de Xangai terminou com elevação de 0,20 por cento.

Entre as moedas, o euro apreciava-se 0,3 por cento, a 1,3438 dólar, o que influenciava a queda de 0,22 por cento do índice DXY, que mede o valor do dólar ante uma cesta com as principais divisas globais. Em relação ao iene, o dólar subia 0,11 por cento, a 80,71 ienes.

No caso das commodities, o petróleo do tipo Brent cedia 0,52 por cento em Londres, a 123,52 dólares, enquanto o barril negociado nas operações eletrônicas em Nova York recuava 0,07 por cento, a 108,48 dólares.

No Brasil, a participação do presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, na audiência pública na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado às 11h merece ser monitorada nesta sessão, enquanto a pauta de indicadores destaca dados sobre as operações de créditos e números fiscais do governo central.

Da cena corporativa, devem repercutir balanços conhecidos desde após o fechamento do mercado local na véspera e a manhã de hoje, entre eles BR Malls, que teve lucro líquido de 288,9 milhões de reais e Ebitda ajustado de 208,2 milhões de reais no quarto trimestre.


Veja como ficaram os principais mercados financeiros nesta segunda-feira:

CÂMBIO - O dólar fechou a 1,7054 real, em leve queda de 0,06 por cento frente ao fechamento anterior.

BOVESPA - O Ibovespa caiu 1,06 por cento, para 65.241 pontos. O volume financeiro na bolsa foi de 5,804 bilhões de reais.

ADRs BRASILEIROS - O índice dos principais ADRs brasileiros caiu 0,53 por cento, a 34.368 pontos.

JUROS - No call das 16h, o DI janeiro de 2014 estava em 9,850 por cento ao ano, ante 9,770 por cento no ajuste anterior.

EURO - Às 19h06 (horário de Brasília), a moeda comum europeia era cotada a 1,3393 dólar, ante 1,3454 dólar no fechamento anterior nas operações norte-americanas.

GLOBAL 40 - O título de referência dos mercados emergentes, o Global 40, permanecia estável em 132,938 por cento do valor de face, oferecendo rendimento de 1,247 por cento ao ano.

RISCO-PAÍS - O risco Brasil subia 3 pontos, para 205 pontos-básicos. O EMBI+ avançava 4 pontos, a 328 pontos-básicos.

BOLSAS DOS EUA - O índice Dow Jones teve variação negativa de 0,01 por cento, a 12.981 pontos, o S&P 500 teve alta de 0,14 por cento, a x pontos, e o Nasdaq ganhou 0,08 por cento, aos 2.966 pontos.

PETRÓLEO - Na Nymex, o contrato de petróleo mais curto fechou em queda de 1,21 dólar, ou 1,1 por cento, a 108,56 dólares por barril.

TREASURIES DE 10 ANOS - O preço dos títulos do Tesouro norte-americano de 10 anos, referência do mercado, subia, oferecendo rendimento de 1,9255 por cento, frente a 1,977 por cento no fechamento anterior.

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