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FMI alerta mercados para risco de correção após 2ª onda de coronavírus

Mercado de ativos de risco pode sofrer uma segunda grande queda se as paralisações forem retomadas por conta da pandemia de coronavírus

FIDCs: uma das poucas classes de fundos que sobreviveram à enxurrada de saques que afetou a indústria nos últimos anos (d3sign/Getty Images)
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Reuters

Publicado em 25 de junho de 2020 às 13h04.

Os mercados acionários e outros ativos de risco podem sofrer uma segunda quebra se a disseminação do coronavírus se ampliar, se as paralisações forem retomadas ou se as tensões comerciais aumentarem novamente, alertou o Fundo Monetário Internacional ( FMI ) nesta quinta-feira.

Os mercados de ações caíram em território baixista em tempo recorde no início deste ano, quando o vírus e os bloqueios relacionados à doença abalaram o sentimento dos investidores, mas já se recuperaram amplamente em relação a sua mínima de 23 de março.

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O S&P, que caiu 34% em apenas 23 dias de negociação, foi impulsionado por estímulos de bancos centrais e agora está cerca de 10% abaixo de sua máxima recorde. As ações, no entanto, despencaram na quarta-feira com o aumento de infecções em vários Estados norte-americanos.

"Surgiu uma desconexão entre o otimismo do mercado financeiro e a evolução da economia global", afirmou o FMI em sua Atualização de Estabilidade Financeira Global. A desconexão "aumenta o risco de outra correção nos preços dos ativos de risco", afirmou o FMI, acrescentando que as valorizações em muitos mercados de ações e títulos corporativos parecem "alongadas".

O alerta veio apenas um dia após o FMI reduzir ainda mais suas previsões econômicas globais para 2020.

Uma correção pode ser provocada por uma recessão mais profunda e mais longa do que a prevista atualmente, uma segunda onda do vírus, a retomada das medidas de contenção da doença ou um ressurgimento das tensões comerciais, disse o FMI.

Um aumento da agitação social global em resposta à desigualdade econômica também pode prejudicar o sentimento dos investidores, disse o FMI.

O FMI também apontou os riscos da dívida corporativa agregada em níveis historicamente altos em relação ao PIB e do aumento da dívida das famílias.

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