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Flutuações na taxa de câmbio devem impactar ações da Vale, avalia HSBC

Preço-alvo dos papéis foi reajustado por conta das novas estimativas para o câmbio e para o minério de ferro

Flutuações na taxa de câmbio devem impactar ações da Vale, avalia HSBC (Anderson Schneider/VEJA)

Flutuações na taxa de câmbio devem impactar ações da Vale, avalia HSBC (Anderson Schneider/VEJA)

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Da Redação

Publicado em 17 de fevereiro de 2011 às 13h14.

São Paulo – O banco de investimentos HSBC incorporou em suas previsões as estimativas para os preços do minério de ferro e para o câmbio, e optou por alterar o preço-alvo para as ações ordinárias (VALE3) e preferenciais de classe A (VALE5) da mineradora brasileira Vale.

A recomendação para ambos os papéis da companhia foi reiterada em overweight (alocação acima da média do mercado).

Em relatório enviado aos clientes, o analista Jonathan Brandt informa que o HSBC aumentou sua projeção para o preço do minério de ferro: a expectativa é que o valor irá girar em torno de 136 dólares (um aumento de 22,1%) por tonelada em 2011 e 110 dólares (+10%) em 2012. Para o ano seguinte, a projeção é de 95 dólares (+3,3%). No longo prazo, a premissa é de 65 dólares por cada tonelada.

“Prevemos um mercado equilibrado em 2011, retornando a um superávit em 2012. Esperamos que os preços do minério de ferro caiam a medida que a oferta transoceânica crescente, impulsionada, principalmente, pela produção do Brasil e da Austrália, e combinada com o término no embargo das exportações do estado indiano de Karnataka, supere as tendências da demanda”, declarou Brandt.

Câmbio

Com base nas novas projeções, o HSBC também alterou suas estimativas para as taxas de câmbio (R$/US$) no final de 2011, que foram revisadas de 1,87 real para 1,60. Neste sentido, o preço-alvo para os ADRs (American Depositary Receipts) ordinários da Vale foi ligeiramente ampliado, enquanto caíram as previsões para as ações locais da companhia.

O preço-alvo para os papéis ordinários foi reduzido de 76 reais para 67 reais. Já para as preferenciais de classe A (VALE5) a diminuição foi de 65 reais para 57,50 até o fim de 2011.

Riscos

“Os principais riscos de baixa, em nossa opinião, envolvem a demanda por produtos de minério de ferro, flutuações na taxa de câmbio R$/US$, e continuidade das preocupações econômicas globais”, explicou Jonathan Brandt.

Resultados

O banco espera que a Vale divulgue em 24 de fevereiro um lucro líquido de 5,5 bilhões de dólares, com receita líquida de 13,5 bilhões de dólares, referente ao quarto trimestre de 2010. “Não prevemos muitas surpresas nos resultados e na teleconferência (marcada para a próxima sexta-feira na bolsa de Nova York). Esperamos questões relacionadas a investimentos, preços do minério de ferro e níveis futuros de produção, especialmente em minério de ferro e níquel”, afirma Brandt.

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