JANET YELLEN, PRESIDENTE DO FED: discurso deve trazer novas pistas sobre aumento da taxa de juros nos Estados Unidos / Alex Wong/ Getty Images (Getty Images)
Da Redação
Publicado em 2 de novembro de 2016 às 17h00.
Última atualização em 23 de junho de 2017 às 19h43.
Em sua última reunião antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, o Fed, banco central do país, decidiu novamente por manter as taxas de juros inalteradas. Elas estão entre 0,25% e 0,5% – o último aumento foi no fim do ano passado, o primeiro em uma década. Ainda assim, o conselho da instituição acredita que o cenário para uma alta “continua a se fortalecer”, sobretudo com os bons resultados do mercado de trabalho.
A decisão foi por oito votos a dois. Os votos contrários foram os da presidente do Fed de Kansas, Esther George, e da presidente do Fed de Cleveland, Loretta Mester, que desejavam uma elevação de 0,25 ponto porcentual. A próxima reunião do banco acontece em 13 e 14 de dezembro.
No documento publicado após o encontro, o Fed afirmou que um dos motivos que reforçam o possível aumento é o fato de a inflação estar caminhando para a meta de 2% estabelecida (quanto diferença da situação brasileira). Disse também que, para aumentar as taxas de fato, precisa apenas de mais algumas indicações da boa fase da economia americana, que avançou 2,9% no último trimestre.
Como esperado, o Fed ainda indicou que a turbulência provocada pelas eleições pode fazer com que o aumento seja adiado por mais uma reunião – ficaria, neste caso, para 2017. Neste caso, a decisão poderia ser tomada num cada vez mais possível governo de Donald Trump. Nas últimas semanas, o republicano tem criticado reiteradamente a demora do Fed em elevar as taxas, o que poderia estar alimentando uma bolha – que, segundo Trump, favorece a candidata democrata. Se com Obama no comando as reunião do Fed já ganharam jeito de novela mexicana, imagine com Trump.