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Fed boys, Focus, ata do Fomc, sabatina de Galípolo e dados da inflação dos EUA: o que move o mercado

Mercado repercute novas projeções macroeconômicas para o Brasil. BC ainda projeta uma Selic em 11,75% ao final de 2024

Radar: mercado aguarda dados da inflação americana ao longo da semana (Al Drago/Bloomberg)
Rebecca Crepaldi

Repórter de finanças

Publicado em 7 de outubro de 2024 às 08h42.

Última atualização em 7 de outubro de 2024 às 10h17.

Os mercados internacionais operam mistos na manhã desta segunda-feira, 7.O aumento das tensões no Oriente Médio durante o final de semana, pressionam tanto as bolsas da Europa, que recuam na abertura, quanto os futuros dos Estados Unidos, que também operam em baixa.

Já na Ásia, as bolsas fecharam em alta, com ganhos liderados pelo índice Nikkei, do Japão, após a alta de 4,4% nas ações da Nintendo com rumores de possível aumento de participação do fundo soberano da Arabia Saudita na empresa.

Veja também

Focus

O mercado avalia a divulgação do Boletim Focus desta semana.

O Banco Central (BC) voltou a elevar a projeção do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) para 2024, de 4,37% para 4,38%, mas manteve a projeção da inflação para 2025, 2026 e 2027 em: 3,97%, 3,60% e 3,50%, respectivamente.

A única estimativa para o Produto Interno Bruto (PIB) que foi alterada foi a de 2025, de 1,92% para 1,93%. Já as de 2024, 2026 e 2027 se mantiveram em: 3%, 2% e 2%, respectivamente.

O BC ainda projeta uma Selic em 11,75% ao final de 2024. Para 2025, 2026 e 2027, as projeções também se mantiveram inalteradas em: 10,75% (2025), 9,50% (2026) e 9% (2027).

Por fim, o câmbio de 2025 foi o único revisado para cima, de R$ 5,35 para R$ 5,39. Já nos demais anos, não houve alterações: R$ 5,40 (2024) e R$ 5,30 (2026 e 2027).

Fed boys

De olho na agenda dos executivos, diversos dirigentes do Federal Reserve (Fed, banco central americano) participam de eventos nesta segunda-feira. Confira:

Reunião com ministros do TCU

Já no Brasil, o principal destaque entre a programação de hoje é a reunião do presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o diretor de Política Monetária, Gabriel Galípolo, com ministros do Tribunal de Contas da União, às 15h.

Na semana: Galípolo, ata do Fomc e dados dos EUA

A semana ainda é marcada por uma série de movimentos que podem ditar o rumo da política monetária americana e brasileira, tanto na parte de gestão, quanto nas decisões.

Amanhã, na terça-feira, 8, o mercado acompanhará [grifar]a sabatina de Galípolo, indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para assumir a presidência do Banco Central. A sessão está marcada para às 10h, na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE). Caso aprovado, a nomeação segue para confirmação em plenário do Senado.

Já na quarta-feira, 9, haverá a divulgação da ata do Comitê de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) dos EUA. Os últimos movimentos, como fala do presidente do BC americano, Jerome Powell, e um payroll bem acima do esperado, aumentaram significativamente as apostas para um corte de apenas 0,25 pontos-percentuais (p.p.) na próxima reunião.

No mesmo dia, os números do Índice de Preços Amplo ao Consumidor (IPCA) serão conhecidos no Brasil. Nos EUA, as atenções se voltam para o Índice de Preços ao Consumidor (CPI, na sigla em inglês ) e o Índice de Preços ao Produtor (PPI, na sigla em inglês), que serão divulgados na quinta-feira, 10.

Também na quinta, é a vez da ata do Banco Central Europeu (BCE) ser divulgada, além do início da temporada de balanços de bancos, com Wells Fargo, JPMorgan e BlackRock dando a largada. Veja a agenda completa, segundo informações da Reuters:

Segunda-feira, 7 de outubro

Terça-feira, 8 de outubro

Quarta-feira, 9 de outubro

Quinta-feira, 10 de outubro

Sexta-feira, 11 de outubro

Na semana

Oriente Médio

Investidores também acompanham de perto a escalada do conflito no Oriente Médio. No sábado, 5, o exército de Israel realizou novos ataques no Líbano durante a madrugada.

As tensões se agravam ainda mais com as especulações sobre uma possível retaliação de Israel contra o Irã - apesar do presidente dos EUA, Joe Biden, desencorajar um ataque direto aos campos de petróleo iranianos.

Como consequência, a situação elevou as incertezas do mercado e os preços do petróleo dispararam. Nesta manhã, ambas as referências (Brent e WTI) sobem mais de 2,3% por volta das 7h15.

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