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Experian compra ClearSale (CLSA3), de prevenção a fraudes, por R$ 2,05 bilhões

Controladora da Serasa pagará R$ 2,05 bilhões para tirar a companhia da Bolsa, metade do valuation da época de IPO; ainda assim, prçeo de R$ 10,56 traz prêmio de 23,5% sobre o valor atual do papel

ClearSale: companhia está sendo adquirida por metade de seu valuation no IPO, mas ainda com um prêmio sobre o atual preço de tela (Cauê Diniz/Divulgação)
Raquel Brandão

Repórter Exame IN

Publicado em 4 de outubro de 2024 às 09h40.

Última atualização em 4 de outubro de 2024 às 13h14.

ClearSale divulgou hoje a assinatura de um acordo de aquisiçãocom a Serasa Experian, tirando da Bolsa a empresa de prevenção a fraudes. O valor do negócio totaliza R$ 2,05 bilhões.

De acordo com as companhias, o negócio reforça a posição das duas empresas como líderes nos setores de análise de crédito, inteligência de dados e prevenção à fraude.

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A Serasa vai pagar R$ 10,56 por ação da ClearSale, com um prêmio implícito de 23,5% ao preço de tela atual. Embora a ação tenha se valorizado 140% no ano, o papel acumula perda de 70% desde o IPO, em 2021 -- quando a compahia foi avaliada em R$ 4,7 bilhões.

Pelo acordo, a Serasa Experian incorporará todas as ações ordinárias da ClearSale, transformando-a em uma subsidiária integral.

Os acionistas da ClearSale terão a opção de trocar suas ações por ações preferenciais resgatáveis da Serasa Experian, com três modalidades de resgate.

Essas opções incluem pagamento à vista ou uma combinação de dinheiro e Brazilian Depositary Receipts (BDRs) — recibos de ações emitidas na Bolsa de Londres. O valor por ação resgatável varia, com ajustes previstos para refletir mudanças no caixa líquido e outros impactos financeiros.

Os mairoes acionistas da ClearSale são a Chiamulera, com 35,3% do capital, e a Innova Capital. Os acionistas controladores da ClearSale, que detêm cerca de 34,86% do capital social votante, já indicaram que escolherão a opção de resgate à vista.

Fundada em 1968, a Serasa é um dos principais bureaus de crédito do país, com mais de 60% do mercado. Faz parte do grupo britânico Experian desde 2007, quando foi comprada.

O foco da nova organização será oferecer um portfólio completo de serviços, desde a análise de crédito até a prevenção de fraudes, passando pela autenticação de identidades e pela melhoria na jornada digital dos consumidores.

A conclusão da operação depende, entre outros fatores, da aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE) e da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), além da aprovação em assembleias gerais de ambas as companhias.

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