Exigências da UE põem fusão NYSE/Deutsche Börse em perigo
Diretores da NYSE avisaram que as empresas não estão dispostas a fazerem mais concessões para receberem a aprovação das autoridades
Da Redação
Publicado em 13 de janeiro de 2012 às 16h33.
Bruxelas - A fusão da NYSE Euronext com o Deutsche Börse para formar a maior bolsa de valores do mundo está em perigo às vésperas da decisão da Comissão Europeia, que condiciona sua autorização à exigências que os interessados consideram inaceitáveis.
Em suas últimas declarações, dois responsáveis do NYSE Euronext, que administra os parques de Nova York, Paris, Bruxelas, Amsterdã ou Lisboa, demonstraram sua resignação para que não se efetue a operação.
"Não estamos mais dispostos a fazer novas concessões para satisfazer a Comissão", disse nesta sexta-feira Dominique Cerutti, diretor-geral adjunto da plataforma transatlântica, em uma entrevista ao jornal francês La Tribune. "Mais uma concessão ameaçaria a lógica industrial desta operação", completou.
Na quarta-feira, o diretor-geral, Duncan Niederauer, explicou em um vídeo dirigido aos empregados que as autoridades europeias poderiam vetar a operação.
A Comissão, que já abriu uma investigação exaustiva em agosto sobre esta fusão, se recusou a fazer comentários antes de anunciar sua decisão final, prevista para o dia 9 de fevereiro e que pode ser adiantada para 1 de fevereiro.
Contudo, segundo uma fonte próxima ao caso, a fusão é inaceitável no estado atual. O projeto, sob supervisão dos comissário da Competência, Joaquín Almunia, desperta "reservas" e "objeções" e "não está claro que a Comissão poderá aceitá-lo", disse a fonte à AFP.
Bruxelas está preocupada com o futuro grupo, que dominaria cerca de 90% do mercado dos produtos derivados na Europa e teria também o monopólio sobre as atividades de compensação, ou seja, a gestão integrada das ações negociadas em bolsa.
Cerca de 60% da holding pertenceria aos acionistas do Deutsche Börse e 40% aos da NYSE Euronext, e suas sinergias proporcionariam uma economia anual de 400 bilhões de euros por ano a partir de 2012.
Com a esperança de poder convencer as autoridades europeias, a NYSE Euronext e o Deutsche Börse estão dispostos a se separar das atividades os produtos derivados. Contudo, após alguns testes feitos no outono, a Comissão não ficou convencida.
Bruxelas - A fusão da NYSE Euronext com o Deutsche Börse para formar a maior bolsa de valores do mundo está em perigo às vésperas da decisão da Comissão Europeia, que condiciona sua autorização à exigências que os interessados consideram inaceitáveis.
Em suas últimas declarações, dois responsáveis do NYSE Euronext, que administra os parques de Nova York, Paris, Bruxelas, Amsterdã ou Lisboa, demonstraram sua resignação para que não se efetue a operação.
"Não estamos mais dispostos a fazer novas concessões para satisfazer a Comissão", disse nesta sexta-feira Dominique Cerutti, diretor-geral adjunto da plataforma transatlântica, em uma entrevista ao jornal francês La Tribune. "Mais uma concessão ameaçaria a lógica industrial desta operação", completou.
Na quarta-feira, o diretor-geral, Duncan Niederauer, explicou em um vídeo dirigido aos empregados que as autoridades europeias poderiam vetar a operação.
A Comissão, que já abriu uma investigação exaustiva em agosto sobre esta fusão, se recusou a fazer comentários antes de anunciar sua decisão final, prevista para o dia 9 de fevereiro e que pode ser adiantada para 1 de fevereiro.
Contudo, segundo uma fonte próxima ao caso, a fusão é inaceitável no estado atual. O projeto, sob supervisão dos comissário da Competência, Joaquín Almunia, desperta "reservas" e "objeções" e "não está claro que a Comissão poderá aceitá-lo", disse a fonte à AFP.
Bruxelas está preocupada com o futuro grupo, que dominaria cerca de 90% do mercado dos produtos derivados na Europa e teria também o monopólio sobre as atividades de compensação, ou seja, a gestão integrada das ações negociadas em bolsa.
Cerca de 60% da holding pertenceria aos acionistas do Deutsche Börse e 40% aos da NYSE Euronext, e suas sinergias proporcionariam uma economia anual de 400 bilhões de euros por ano a partir de 2012.
Com a esperança de poder convencer as autoridades europeias, a NYSE Euronext e o Deutsche Börse estão dispostos a se separar das atividades os produtos derivados. Contudo, após alguns testes feitos no outono, a Comissão não ficou convencida.