Evergrande escapa de calote – mas pode ser por pouco tempo
Economistas estão preocupados que o risco de implosão da iincorporadora possa ser impossível de controlar, derrubando pares do setor
Reuters
Publicado em 23 de outubro de 2021 às 15h06.
Investidores que têm assistido à crise no setor imobiliário da China nos últimos meses acabam de ter negado o "grand finale" da Evergrande , à medida que a mais endividada incorporadora do mundo escapou de dar um calote de 19 bilhões de dólares. Mas eles podem não ter que esperar muito.
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Os problemas do China Evergrande Group têm virado uma bola de neve por meses. Um caixa minguado diante de passivos de 2 trilhões de iuanes (305 bilhões de dólares) eliminou 80% do valor de mercado do conglomerado neste ano, e ainda há um fluxo de contas para ser pago.
Economistas estão preocupados que o risco de implosão da incorporadora possa ser impossível de controlar, derrubando pares do setor e transformando uma crise já marcante para China em um desastre completo.
Por enquanto, a decisão da Evergrande de transferir 83,5 milhões de dólares necessários para pagar um cupom de título vencido evitou o caos.
"Há um lado positivo nisso: eles não entraram em default", disse Himanshu Porwal, analista de crédito corporativo da Seaport Global, em Londres. "Mas eles não estão fora de perigo. É um enorme tique-taque de bomba-relógio formada por 37 bilhões de dólares em dívidas de curto prazo."
A Evergrande ainda precisa fazer pagamentos de cupom vencidos no valor de 195 milhões de dólares, com os próximos prazos cruciais para evitar inadimplência ficando para 29 de outubro e 10 de novembro.
Em seguida, tem mais 340 milhões de dólares em pagamentos de títulos no mercado internacional com vencimento neste ano e outro vencimento de 6,1 bilhões de dólares para o próximo ano, além de dezenas de bilhões em títulos locais e empréstimos bancários.